Capítulo 73

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  Oi amores,

   Mês corrido, mas cheguei. Vou tentar postar essa semana todos os dias, para recompensar vocês 💗

Queria agradecer vocês por tudo e principalmente pela paciência kkkk. Estamos quase chegando a 100k de visualizações. É surreal!
   Obrigada mesmo 🤗💝

...

- Eu vi um fragmento de alma pela janela e eu o segui.

O Peter olha para mim visivelmente irritado com o meu comportamento irresponsável. E ele não está errado.

- Mas, o que te deu na cabeça de sair no meio da noite, Laura? Isso foi totalmente irresponsável!

- Eu tenho um dom, Peter, eu vejo seres de outro mundo! É normal que eu tente entender e exercitar minhas habilidades!

- Talvez, mas é muito perigoso, ainda mais essa hora da noite!

Eu respiro fundo e não respondo. Não vamos a lugar nenhum com essa discussão.

- Se você não se importar me diz... você viu um fantasma que me conhecia?

Eu o tranquilizo.

- Não, eu prometi a você que não iria mais procurar em seu passado, não vou fazer isso de novo.

...

Agora eu estava dentro da sala de aula aprendendo mais sobre o Lobisomem. É um assunto que me interessa, mas hoje incrivelmente não consegui prestar atenção.

Hoje o Peter prometeu voltar para casa comigo. Mas ultimamente ele anda um pouco distante.

Assim que a aula acaba saio correndo, na esperança de encontrá-lo no corredor.

Eu verifico meu celular para ver se ele me mandou alguma mensagem, mas não tem nada...

Os minutos se passam e nada ainda do Peter.

Estou começando a me preocupar, geralmente ele está sempre me esperando sorridente.

Vejo o Drogo vindo em minha direção em passos lentos.

- Você parece preocupada coitadinha, aconteceu alguma coisa?

- Eu estou procurando pelo Peter, nós deveríamos nos encontra aqui... Você não o viu por acaso?

- Hum, não, mas acho que o ouvi tocando na sala de música, achei que reconhecia o estilo dele...

Eu franzo a testa. É estranho, o Peter não tinha me dito que praticaria piano hoje.

E as palavras sala de música associadas ao Peter me fazem pensar em uma coisa: Dorothy.

O Drogo começa a rir fazendo-me franzir a testa novamente.

- Bem, se você quer saber, ele estava em boa companhia.

Meu rosto instantaneamente distorce. Eu sabia!

- Você está bem, coitadinha, o que eu disse?...

- Idiota...

Murmuro e saio andando até a sala de música.

Acabo esbarrando em um aluno cheio de livros na mão e eu o ajudo a pegar todos.

Perdida em minha tarefa, quase perco o Peter e a Dorothy saindo juntos da sala de música. Eles estão em plena discussão.

Eu imediatamente me encosto em um dos armários e pego um livro que estava de baixo do meu braço para evitar que eles me vejam.

Na verdade, ambos estão concentrados demais em sua conversa para prestar atenção em mim.

O Peter não parece nem um pouco preocupado em me deixar esperando, muito pelo contrário.

Observo eles se afastando, lado a lado.

Quando eles estão totalmente fora de vista, viro para a sala de música.

De repente eu vejo um fragmento de alma, parado, diante de mim.

Ele olha para mim antes de ir para o piano, então sinaliza para eu segui-lo.

Eu já vi ele antes, é o mesmo do jardim de uns dias atrás.

O que ele quer?

Eu me vejo de frente do piano cheio de partituras e cadernos.

O Peter e  Dorothy provavelmente voltaram a qualquer momento.

O fantasma sorri para mim e sem uma palavra, se inclina e aponta para a bolsa de couro ao lado do piano.

- Por que eu deveria confiar em você?

Seu sorriso se alarga ainda mais e estranhamente me lembro do sorriso do Peter.

- Acho que eu não me apresentei... Prazer, sou Stelian. O irmão mais novo do seu amado Peter.

Meu queixo cai no chão e eu me seguro no piano para não cair.

- O-o que?

Ele aponta novamente para a bolsa de couro e simplesmente desaparece no ar.

O irmão tinha um irmão...

Eu olho para a bolsa jogada e reconheço que ela é da Dorothy.

O que ele estava tentando me mostrar?

Intrigada eu me aproximo, verificando várias vezes que ninguém está prestes a entrar na sala.

Sinto-me intoxicada pela curiosidade, embora tenha um pouco de medo.

Mas não importa, eu preciso saber o que o Stelian queria me mostrar.

Eu abro a bolsa e vejo várias velhas partituras. Vários até tem data dos anos 1801, 1804, 1806...

O que eu poderia encontrar aqui? Esta linguagem não faz sentido para mim. Eu não entendo nada.

Neste exato momento, me arrependo de não ter feito teoria musical.

Um nome em uma das partituras chamam minha atenção. Stelian Rokoczy.

É como se ele quisesse mostrar alguma coisa. Pode-se dizer que é graças a ele que eu estou nessa situação, embora eu tenha que admitir que isso é bem a minha cara.

Minhas costas estão doendo, mas eu encontrei alguma coisa. Essa informação é crucial, embora eu precise pesquisar mais um pouco.

Mas eu preciso de ajuda. Eu gostaria de falar com o Peter, ele deve saber me explicar por que o irmão dele e a Dorothy tem o mesmo sobrenome.

Eu abro minha bolsa para guardar a partitura, pronta para sair dessa posição desconfortável.

Paro de me mover quando vejo a porta se abrindo.

Mas na minha pressão, o conteúdo da minha bolsa cai no chão.

Não há mais nada a fazer além de me levantar. Não a nada mais idiota do que ser pega de quatro no chão.

Levanto-me um pouco envergonhada, com um sorriso no rosto.

- Desculpe, eu estava me sentindo um pouco cansada, esta sala estava em silêncio e eu adormeci...

Eu acho que esta é a pior mentira que eu já contei.

- É a babá da sua irmã, certo?

Eu gostaria de acrescentar: e namorada também, mas dada as circunstâncias é melhor eu não falar nada.

Desço os degraus e vou até a porta.

Eu evito os olhos deles porque não me sinto muito orgulhosa de mim mesma.

O Peter parece incrédulo, mas bastante divertido.

- Você é estranha...

Paro de andar no momento que escuto a Dorothy fala isso.

- Acredite, há garotas mais estranhas do que eu por aqui.

Is it love? PeterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora