[18] O DILEMA DOS CORAÇÕES PARTIDOS

578 104 42
                                    

Relacionamento  Abusivo:

Relacionamento amoroso, familiar ou de amizade no qual uma das partes abusa da outra, sexual, psicológica, física ou emocionalmente.

— ISABELLA RITTIR MONTEIRO, SE VOCÊ NÃO ABRIR A DROGA DESSA PORTA AGORA EU VOU FAZER O QUE APRENDI EM KUNG FU PANDA E DERRUBAR TUDO!

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


— ISABELLA RITTIR MONTEIRO, SE VOCÊ NÃO ABRIR A DROGA DESSA PORTA AGORA EU VOU FAZER O QUE APRENDI EM KUNG FU PANDA E DERRUBAR TUDO!

Acordo atordoada e pisco várias vezes para entender o que está acontecendo. Até que ouço os gritos mais uma vez e corro para abrir a porta.

— Finalmente! O que você pensa que está fazendo trancada nesse escuro e sem atender minhas ligações? – Jullie pergunta.

Esfrego as mãos no rosto e me arrasto novamente para minha cama.

— Acho que peguei uma gripe – murmuro.

Ela me encara e depois vai até as janelas, puxa a cortina, deixando a claridade entrar, o que me faz gemer e meus olhos arderem.

— Você é cruel – digo.

— Eu? Você ainda não viu nada. – Ela sorri. – Anda, levanta essa bunda branca da cama, vamos sair.

— Não mesmo!

— Tudo bem, então vou indo... Aproveito e dou uma passadinha no apartamento de um tal de Henrique e acabo com ele...

— Jullie! Não ouse.

— O que você quer que eu faça? Não aguento mais te ver se machucando desse jeito por conta daquele babaca. Isso é ridículo!

— Eu não estou...

— Jura? Jura que você não ficou uma semana sem ir para aula e trancada nesse quarto por conta do que descobrimos? A Vênus me disse como encontrou você da última vez.

Mordo o lábio e puxo a coberta para cima do meu rosto.

— Não se esconda.

Ela se joga em cima de mim e tenta tirar o lençol, o que me faz gemer em desespero.

— Vamos... Está acontecendo um movimento bem legal na praça, todo mundo está lá.

Penso em algum argumento, mas Jullie me encara de forma feroz e sei que não vou conseguir vencê-la. Reviro os olhos e saio da cama, o que a faz abrir um sorriso enorme. Sigo para o banheiro e tomo um banho, sei que meu aspecto está repugnante, não sei quantos dias permaneci jogada na cama sem sair para nada.

Visto uma calça moletom e uma blusa simples. Jullie guarda o celular e me encara, sinto-me a bruxa Ursula da pequena Sereia e penso em lhe ignorar e ficar em casa.

Enquanto descemos as escadas, ela me conta tudo o que aconteceu enquanto estava reclusa. Uma professora está deixando a UFBelo, uma colega da nossa sala descobriu que está grávida e Jullie ficou com um ex peguete de engenharia.

DespadronizadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora