Capítulo 23 - ADMDA

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Luís Fernando dos Santos Bianchi.

Passaram-se algumas semanas, era terça feira e o relógio apontava para às dez e vinte da manhã. Eu estava controlando melhor à alimentação de Leone, o fiz ir ao nutricionista para ter novos hábitos alimentares, mesmo ele não sendo gordinho, o que fosse não teria problema algum, iria amá-lo do mesmo jeito, mas ele insistia em dizer que estava engordando. É claro que havia ganhado mais massa muscular devido ao excesso de exercício para membros inferiores, ele estava gostoso demais, com belas pernas e uma enorme e avantajada bunda que eu fazia questão de estapear.

Eu estava analisando algumas novas mercadorias que deveriam chegar em breve, quando o mesmo entra em minha sala, estava sério, e provavelmente iria falar sobre algo relacionado ao trabalho.

— Desculpe por não bater na porta, mas não tenho boas notícias, senhor. — Nós já havíamos conversado sobre ele me chamar de "senhor", vindo da parte dele, eu detestava. Eu só o seu senhor na cama, rs.

— Leone, já conversamos sobre isto! Não quero me chame assim, só quando estivermos transando. — Disse ríspido, o que resultou num olhar de espanto dele.

— Tudo bem, se quer assim...

— Desculpa pequeno, mas não me chame assim, por favor. — Ele sorri se aproximando e se acomodando na poltrona estofada na mesma direção que eu. — O que houve?

Ele suspira fundo com um olhar de preocupação. — Acabo de receber uma ligação do seu sócio, e advinhe?

— Não...

— Sim... ele chegará na sexta feira à noite, e fez questão de dizer que ficará por tempo indeterminado.

Filho da puta! — Ergo meu corpo da poltrona enraivado. — O que aquele miserável vem fazer aqui?

— Bem, ele já havia avisado que voltaria, mas não esperava que fosse tão cedo. E tem mais, como não escondo nada de você, ele ainda se engraçou comigo pelo telefone.

— O quê? O que ele disse? — Meu tom já não estava mais calmo e moderado.

— Disse que estava louco para me encontrar, que estava com saudades e disse que faz questão que eu vá buscá-lo no aeroporto como representante da empresa.

— Você sabe que você não vai, não é?

— Cabe a você decidir isso, Nando. Ele sabe que estamos juntos, você cansa de postar fotos comigo nas redes sociais... ele faz para provocar, porque sabe que eu vou te comunicar.

— Leone, quanto mais você se afastar dele, melhor será. Não sabemos a intenção dele com você, sinceramente não sabemos. Minha sala é ampla, vou mandar providenciar uma mesa para você trabalhar do meu lado.

— Mas...

— Sem mas, Leone! O problema não é você, mas sim, ele. Não quero te vigiar porque confio em você, só quero te proteger para que ele não faça nada com você, entende? — Toco em seu rosto, trazendo seu olhar para o meu, o vendo concordar.

— Tudo bem, eu concordo, me sentiria mais seguro ao seu lado com ele estando por perto. Já fiz a reserva dele no Wish Hotel como ele pediu, já que esses assuntos sou eu quem preciso resolver.

— Ótimo, não quero ele na minha casa. Ah, e detalhe, se precisar falar com ele sobre alguma coisa referente à empresa, passe as informações para mim que eu mesmo direi, não quero você próximo à ele.

— Certo, vou fazer isso.

— E a faculdade também, vou te levar e buscar, nunca se sabe... ou posso até contratar seguranças para você.

— Não, Fernando! Isso já é o cúmulo do exagero, sem seguranças.

— Okay, mas se eu notar que situação está se agravando eu vou tomar essa medida e contratar sim!

O vejo revirar os olhos e suspirar fundo, impaciente. O puxo para mim e o abraço.

— É tudo pela sua proteção...

**

Infelizmente já era sexta feira, e teria de buscar o Leandro no aeroporto, não permiti que Leone fosse por motivos óbvios, daquele lixo. Eu tinha uma outra visão sobre meu sócio, na verdade, depois que Leone me contou sobre os assédios, só sinto nojo e arrependimento por formar uma sociedade com ele. Havia sim, boatos que ele era um homem assediador, mas só caí na real, porque ouvi do próprio Leone.

Já estava na estrada indo até o aeroporto, e Leone estava na faculdade, já que ele precisou ter uma aula extra hoje pela manhã, o que foi até bom, pelo menos ele não iria ver o mau caráter do Leandro, pelo menos, não hoje.

Chegando no aeroporto, estacionei meu carro, e adentrei no local. Fiquei por volta de dez minutos esperando Leandro chegar, já que a chegada do vôo estava previsto para às onze e vinte da manhã.

Depois de alguns minutos é notável, um homem alto, forte, de pele preta, com corte baixo na máquina um, saindo do desembarque, apesar do nojo que eu já sentia por ele, ele era um homem bastante bonito.

— Meu sócio! — Disse ele, esboçando seus dentes brancos com um sorriso falso. — Quanto tempo! — Ele me abraçou com um leve tapas nas costas.

— Como tem passado, Leandro? — Nos afastamos.

— Muito bem, ganhando muito dinheiro, comendo alguns passivos que amam ser minhas putinhas, vivendo bem.

— Você não muda mesmo, não é? — Disse virando o rosto indo até o estacionamento do aeroporto, enquanto ele puxava sua mala.

— Ah, vai me dizer que você não gosta de ter uma putinha submissa à você, eles gostam de ser tratados assim.

Bufei ignorando o comentário tosco do meu ex amigo e futuro ex sócio. Esperei ele pôr a sua bagagem na mala do carro e dei partida.

— Ah, respondendo a sua pergunta, eu não tenho uma putinha, eu tenho um menino lindo, que mudou a minha vida e é muito decidido no que faz.

— Tá apaixonado? Tá amarelando, pô?

— Interprete como você quiser, mas sim, estou apaixonado.

— Por quem? — Ele finge não saber, era nítido pelo seu tom de voz.

— Pelo Leone, seu ex funcionário, e o meu atual assistente e namorado.

— Uau, o Leone... por essa eu não esperava.

— Ah, é? Por quê? — Indago o provocando.

— Ah, ele dizia que não curtia muito relacionamentos. — Dei um sorriso de canto notando sua raiva interior.

— Bem, as pessoas mudam quando encontram alguém de verdade, concorda?

— Sim...

Vitorioso, novamente, dei um sorriso de canto. Esse filho da puta não perde por esperar.

Continua...













A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now