Capítulo 30 - ADMDA

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Leone Monteiro Fazzano.

Infelizmente nosso final de semana havia acabado e já estávamos em casa. Foi realmente dias agradáveis e aproveitei bastante com meus amigos e namorado. Já era domingo e dessa vez optei em ficar em minha casa ao lado de Henrique, que também dispensou o Marcelo e queríamos fazer algo que nunca mais fizemos antes, conversar.

Fernando e Marcelo já estavam em casa provavelmente descansando já que ambos estavam esgotados e também deixamos a Andrea no retorno da viagem na porta do edifício onde a mesma reside e ela deve estar descansando, também. Não estava tão tarde ainda era nove da noite e estávamos acomodados no estofado macio assistindo um desenho animado que amamos de paixão desde à nossa infância, Scooby Doo.

— Nossa, como é bom sentar neste sofá e ficar assistindo desenhos bobos que são ícones. — Henrique disse com um pedaço de bolo em mãos apoiado de um prato apropriado.

— Scooby Doo não é bobo, ele nos revela que os monstros são as próprias pessoas. — Rebati indignado com o comentário do melhor amigo.

— Que seja. — O mesmo deu de ombros e se concentrou novamente no bolo.

— Henri, eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida. Eu tenho amigos incríveis, um namorado maravilhoso, eu estou amando a minha vida atual. — Desabafo emocionado.

— Awn Léo, eu fico muito feliz por você. Eu sempre quis vê-lo assim, sorridente, apaixonado eu gosto muito do Fernando, ele é um ótimo cunhado. — Comentou Henrique com um brilho nos olhos.

— O único problema nisso tudo, é o Leandro. — Suspirei com as pálpebras dos olhos coladas ao citar o nome do diabo. — Ele faz de tudo para ter desavenças. Acredita que ele tentou jogar o Fernando contra mim? — Henrique automaticamente me olhou incrédulo.

— O que? Como assim? Que cara louco, por que esse idiota fez isso? — Indagou com um certo ranço em sua voz.

— O porque é simples, ele vivia dando em cima de mim quando era o meu chefe, mas eu sempre escapava, e mais, ele não aceita o meu relacionamento com o Fernando e disse para ele que eu era um secretário que sabia demais da empresa. Assuntos confidenciais no caso, mas o Nando acreditou em mim.

— E também era o mínimo que ele poderia fazer, não é? Leone, estou petrificado com o que você acabou de dizer, o filho da puta tá querendo foder sua vida lá dentro. É melhor tomar cuidado.

— Ah, e tem mais, ele me ameaçou quando eu estava indo no banheiro. Insinuando que eu estava querendo tirar da jogada, cara surtado depois fingi um enjoo para que Fernando não desconfiasse e não agisse de modo impiedoso dentro da empresa, mas quando chegamos em no apartamento dele eu disse tudo.

— E como ele reagiu?

— Ficou estressado no começo e colocou uma escolta de brutamontes na minha cola para minha segurança. — Revirei os olhos ao lembrar.

— Ele zela pela sua segurança, Léo. Eu até entendo ele, se o cara tá de cercando é necessário que você tenha uma escolta sim.

— Ninguém suporta o Leandro naquela empresa, fora que ele já tem a fama de assediador, só que ninguém funcionário tem coragem de bater de frente com ele. Ele assedia todos, tanto homens gays, quanto mulheres. Ele é bi.

— Que situação chata essa...

— Nem me fale. — Suspirei entediado fixando na animação que ainda estava sendo transmitida. — Mas e você e o Marcelo, como estão?

— Léo, ele é muito perfeito, real. Ele me trata super bem, ele me mima... só um pouco possessivo e controlador. Não é algo extremista e não é agressivo, você sabe como é.

— Entendo perfeitamente, o Fernando é igualzinho, possessivo e controlador, mas ele nunca fez algo para me machucar, nada mesmo. Quando estou com ele, é como se eu me sentisse no paraíso, é uma utopia tão incrível.

— Com o Marcelo é a mesma coisa, tivemos a sorte grande, hahaha.

— Mas mudando de assunto, eu achei a Andrea um tanto cabisbaixa quando estava com a gente na viagem, mas eu não entendi porque sempre estávamos com ela, até o Marcelo e o Fernando. — Repentinamente lembrei das vezes que Andrea estava agindo de maneira nada positivo.

— Eu até entendi como ela estava se sentindo, se sentiu deslocada, porque estávamos acompanhados dos nossos homens, ela se sentiu uma intrusa, porque não estava tendo companhia alguma. — Agora tudo fazia sentido... — questionei comigo mesmo enquanto o jovem discursava.

— Conversei com ela, e foi exatamente como eu te disse.

— Queria que ela se sentisse melhor, mas ao menos ela se divertiu. — Concluí. — Bem, preciso ir descansar amanhã acordo cedo para trabalhar, mas a tarde e a noite estarei livre, amo.

— Essas férias da faculdade vieram em boa hora, não é? — Henrique questionou.

— De fato! Até amanhã. — Levantei do estofado abandonando Henrique que provavelmente passaria a noite toda acordado, o que não é uma ideia ruim, mas tenho que trabalhar mesmo namorando o CEO.

— Boa noite! — Ele acenou e caminhei até o quarto.

Adentro no ambiente escuro, as cortinas cobriam a claridade do exterior e as luzes apagadas, caminhei até a cama me atirando na mesma, apanhando o celular que estava na bancada de mármore ao lado, respondendo algumas mensagens e é claro, o boa noite do meu namorado que não estava mais online. Logo, respondida todas as mensagens, bloqueio o aparelho, devolvendo-o para à bancada indo dormir.

***

Na manhã seguinte, eu já estava acordado de banho tomado e pronto para o trabalho, Fernando insistiu em me buscar mesmo eu dizendo que não havia necessidade, mas eu não poderia fazer nada, afinal, a última palavra é a dele e acabei aceitando à oferta.

Henrique ainda dormia, só pode ter madrugado fazendo maratonas de filmes para estar em sono solto, mas não o julgo, gostaria de estar na mesma posição que ele, ainda mais que estamos de férias da faculdade. Mas pelo menos tenho a tarde inteira livre. Apanho meus pertences de trabalho, e saio do apartamento o trancando, e sigo até o elevador para o térreo no intuito de esperar Fernando.

Minutos depois o mesmo aparece em seu veículo, abaixando o vidro e sorrindo bobo para mim. Awn, como eu o amava. Fui até o maior, entrando no veículo ao seu lado.

— Bom dia, baixinho. — Ele ergueu seu corpo para selarmos um beijo doce, nada ousado.

— Bom dia, grandão. — Sorrio para o maior.

— Senti sua falta na minha cama, hoje você vai dormir comigo. — Fernando deu partida no veículo e seguimos até à empresa.

— E por acaso você me pediu? — Questionei incrédulo com a ordem do mais velho.

— Não, mas você vai mesmo assim. Por favor, bebê. — Ele me encarou com semblante de pidão.

— Tudo bem, eu irei.

Chegamos na empresa, ele estacionou o veículo e abandonamos o mesmo, entrando pela porta principal como sempre e notamos que havia uma animação, ali. Ficamos sem entender o motivo de tantos risos e felicidade.

— Senhor, senhor! — Um funcionário da empresa vem até nós um tanto eufórico.

— Sim, Felipe? — Questionou Fernando. — Que agitação é essa?

— Senhor, temos a melhor notícia, me desculpe pela audácia, mas é muito importante. O senhor Leandro, se demitiu e alegou no RH que não quer mais sociade com a sua empresa. Não é maravilhoso?

Fernando e eu nos entreolhamos surpresos, de imediato, o maior abriu um sorriso e agradeceu ao funcionário pela notícia época.

— Estamos livres daquele maldito, que bom começar o trabalho com uma ótima notícia. Mas estranho ele não ter me dito nada, mas não importa.

Eu não sei o que era, mas essa decisão repentina do Leandro, me dá medo.

Continua...














A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora