Último Capítulo

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Leone Monteiro Fazzano.

Henrique ainda estava na cabine do banheiro e Leandro parado em minha frente encapuzado provavelmente com o intuito de não ser reconhecido.

- Eu te disse que tudo iria ter volta, não disse? - Ele apontava uma arma para mim.

- Você ficou louco? Se você atirar vão vir atrás de você. - Tentei manter a calma.

- Errou de novo, Leone. Essa arma é uma silenciadora, ou seja, ninguém vai saber que eu atirei em você. - Ele disse e no exato momento Henrique sai da cabine vendo toda a cena. Ele não deu um passo, mas nos entreolhava e a Leandro apontava a arma para sua face agora.

- Você vai para o lado dele, agora!

- Por favor, não nos mate! - Henrique suplicava chorando.

- Não o envolva nisso, Leandro. Essa conversa é entre eu e você. - Ele me fitou com a arma ainda apontada para o Henrique.

- Anda caralho, eu mandei você ir para o lado dele! - Disse alterado e Henrique cedeu a ordem do meliante, ficando ao meu lado. - E você, Leone, não vai ter conversa. Mas olha só que gracinha, duas putinhas com certeza submissas para me satisfazer. Talvez eu não mate vocês, mas que tal se eu sequestrar vocês dois? Hum?

- Eu poderia ser o dominador de vocês, dar o que vocês tanto merecem. Que é isso aqui. - O rapaz apontou para seu pênis que já estava alterado com suas insanas fantasias sexuais.

- Você está louco, Leandro. Por favor, nos deixa ir embora. - Peço e recebo um tapa no rosto que me fez escapar uma lágrima.

- Não me interrompa! - Ele fitou a porta do banheiro e foi até a mesma trancando-a. - Prontinho, agora somos só nós três.

Henrique não parava de chorar e tremer, segurei firme a mão do meu melhor amigo demonstrando confiança.

- Por que está fazendo isso, Leandro? Não percebe que isso é uma atitude de um lunático?

- É uma pergunta simples, Leone. Eu sempre quis você, sempre. Desde o dia que você colocou os pés na empresa que deveria ser minha. Antes de você trabalhar para aquele merda do Luís Fernando, você trabalhava para mim.

- Você era a pessoa ideal para mim. Educado, doce, inteligente, dedicado... e aquele lixo tirou você de mim, e você concordou com isso. Quando soube que você estava namorando ele eu tinha um plano de matar ele, ficar com você e a empresa e seríamos felizes juntos, mas não. Você preferiu ele à mim.

- Eu sempre te achei um excelente profissional, Leone, sempre trabalhando duro e dando melhor de si. Isso foi o que me atraiu em você, fora o seu belo corpinho. Você era muito vulnerável. Quando te entrevistei eu só te contratei porque te achei lindo, gostoso e que você poderia retribuir tudo isso na cama.

- Depois notei que você tinha outras qualidades e a partir daí quis ter você de um modo diferente.

Eu e Henrique firmamos nos olhos dele, estávamos com medo. Leandro estava cego e cheio de vingança.

- Eu sempre fui muito grato por você ter cedido aquela vaga de emprego para mim, mas não queria nenhuma outra relação contigo a não ser profissional, fora que você é um assediador barato. Não queria ficar com um homem assim.

Ele me encara com fúria e aperta meu pescoço e Henrique fecha os olhos com a mão no rosto tremendo. - Olha como você fala comigo, eu dou um tiro nessa sua cara de puta e ainda estupro seu amiguinho, é melhor colaborar.

Não, por favor. Ele não quis dizer isso! -Henrique suplicava com lágrimas para que não o fizesse mal alguém. - Nos deixe sair daqui, por favor.

- Cala boca, porra! Eu já disse que vocês só irão sair comigo! - O cano da arma já sinalizava na cabeça de Henrique. Logo, no momento ouvimos barulho da porta do lado de fora.

- Leone, Henrique? Vocês estão aqui? - Era o Luís Fernando, a voz ecoava fora do ambiente.

- Quem está aí com vocês? - Dessa vez Marcelo indagou.

- Fiquem quietos os dois. - Ordenou Leandro. - Vão para o chão. - Disse e ele seguiu até a porta do banheiro que ainda estava trancada.

- Veio salvar a princesa, Fernando?

- Leandro? - Sua voz parecia alterada. - O que está fazendo com eles aí dentro?

- Ele nos trancou! E ele está armado. - Gritei.

- Eu mandei você falar alguma coisa? - Ele em fúria se aproximou de mim e acertou um tapa em meu rosto.

- Não toque nele seu desgraçado! - Luís Fernando gritou do exterior provavelmente ouviu o som do tapa.

Quando menos espero Henrique me abraça e ouço um tombo forte vindo atrás da porta e Marcelo e Fernando correm rapidamente em direção a Leandro para golpeá-lo sem mesmo dar uma tática para o mesmo poder atirar. Fernando o segura com força enquanto Marcelo soca seu rosto e tira o revólver de sua mão.

Logo depois os seguranças do lugar adentram no banheiro e explicamos tudo que havia acontecido e como eles tinham acesso às câmeras por onde Leandro passaria como provas. Acionaram a polícia que o levaram e Marcelo entregou a arma aos policias como prova.

Fernando vem até a mim e a Henrique e nos abraça forte, em seguida Marcelo também nos abraça.

- Tive tanto medo de perder você, baixinho. - Fernando diz com os olhos tomados pelas lágrimas.

- Eu também, meu amor. Obrigado por me salvar, obrigado aos dois, você e ao Marcelo.

- Eu nem sei do que seria de nossas vidas sem vocês dois. - Henrique interfere nos braços de Marcelo.

- Agora está tudo bem, vamos embora. - Fernando diz.

Anos depois.

Eu já estava casado com o Fernando que por sinal, estava um pouco mais velho e um pouco grisalho e o melhor de tudo, Já estava tendo e vivendo dos meus sonhos, já havia me tornado um artista musical.

Já tinha feito vários shows públicos e privados, e era muito bom. Eu aproveitava cada um deles ao lado do meu marido e dos meus amigos e também, dos meus filhos. Pois é, eu e Fernando adotamos três crianças, duas meninas e um menino. A Alyssa, Ângela e o Aaron.

Henrique havia abandonado o curso de direito e estava trabalhando como modelo e Andréa havia se formado em psicologia e também estava casada, assim como Henrique também estava casado com o Marcelo.

- Você não quer fazer um show privado para mim, não? - Fernando dizia com malícia.

- Luís Fernando! Olha as crianças! - Repreendi.

- O que é um show privado, papai? O senhor dança para ele? - Aaron indagou com inocência.

- Não, meu amor. Eu só faço cantar, agora volte à se alimentar. Vou conversar com seu pai. Fernando poderia vir aqui. - O mesmo me acompanha.

- Eita, vai levar uma bronca. - Alyssa comenta.

- O que já falei com você sobre esses assuntos na frente das crianças?

- Ah Léo, elas não entendem.

- Elas não entendem? Aaron começa a encher de perguntas, não é difícil para eles, okay? Eles conseguem ligar os pontos.

- Você fala demais, Leone. - Ele me puxou por um beijo prolongado e demorado.

- Hm, dessa vez passa. - Digo.

- Eu te amo, Léo. Obrigado por aparecer e mudar a minha vida e ter me dado uma família.

- Eu também te amo, Nando. Obrigado por existir...

E assim ficamos, unidos, felizes e juntos.

Fim...










A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now