Amor Real 3 - Confiar

Capítulo 28

Não garanto capítulo para semana que vem (dia das mães com muita ocupação por aqui) e não me responsabilizo por qualquer nível de ansiedade ocasionado pelo que você vai ler e enquanto espera o próximo hahahahaha!

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As duas semanas e meia em Kent foram providenciais não só para que eu conseguisse me acalmar, mas também para que Edwin processasse melhor sobre o seu desentendimento com Elliot. O Senhor foi trabalhando em meu coração, para descansar nEle e confiar em sua soberania, e no do meu marido, para perdoar e ser luz na vida do irmão.

Quando retornamos para Hawis, as coisas continuavam iguais, mas eu e Edwin estávamos bem mais leves. E também mais unidos. Querendo ou não, Kent era o que eu tinha mais próximo de um lar e essa atmosfera, aliada à presença de Samovier, que não mediu esforços em me mimar, foram um bálsamo para uma alma cansada.

Mesmo mantendo uma agenda oficial, inclusive com algumas idas à Hawis para reuniões, Edwin também se esforçou a passar mais tempo comigo. Inclusive nós discutimos, pela primeira vez, ideias de nomes para o bebê. Embora não tenhamos chegado em nenhum consenso, foi um momento muito especial e divertido. Nessas horas tão singulares eu percebia a beleza que era de partilhar a vida com alguém. E meu amor por Edwin parecia aumentar um pouco a cada dia.

Voltamos para Hawis no sábado, já que segunda seria aniversário do meu marido. Com nossa popularidade em alta, a Assessoria de Comunicação e Relações Públicas da Família Real aconselhou a usar a data para nos aproximarmos mais da população. Diferente de Esra, que teve seu brunch especial cheio de lindas mulheres da sociedade, Edwin celebraria seu dia em uma aparição pública comigo ao seu lado, como era comum acontecer em dias especiais.

É claro que teríamos uma comemoração particular também. Eu não perderia a oportunidade de fazer algo especial no primeiro aniversário dele que passaríamos juntos. Com a ajuda de Margareth, que aproveitou a oportunidade para me ensinar detalhes práticos sobre a administração do palácio, organizei um jantar surpresa, apenas com a família e pessoas muito próximas a Edwin.

Para a primeira ocasião, Rachel havia sugerido um macacão longo de alfaiataria lilás e eu concordei, achando a cor muito propícia. Arrumei meus cabelos em um penteado que deixava algumas partes presas e outras soltas, coloquei um salto baixo e com a maquiagem pronta voltei para o nosso quarto para me encontrar com Edwin, carregando nas minhas mãos um presente especial.

Edwin estava sentado na poltrona com Duque deitado aos seus pés. Embora meu marido ainda não tivesse muita paciência com o cãozinho, ele havia conseguido dominar os impulsos do animal ensinando-o a se comportar em sua presença. E o filhote parecia gostar mesmo do "pai".

Sorri quando o olhar do Príncipe encontrou o meu.

— Uau! — ele exclamou. Duque pareceu entender a quem o som era direcionado, pois levantou a cabeça e passou a balançar o rabinho de pompom para lá e pra cá. — Que Princesa!

Fiz uma reverência de brincadeira e Edwin se levantou. O terno que usava era azul-marinho. Vestia o paletó aberto, mostrando a camisa branca de algodão. Não havia gravata dessa vez, ao invés disso, o colarinho da camisa não estava abotoado, dando um toque de informalidade ao traje. Ele estava lindo, como sempre.

— Que Príncipe! — soltei e caminhei até ele.

Prevendo uma série de saltos de Duque, que já demonstrava felicidade em me ver, Edwin o repreendeu, forçando-o a ficar quietinho. E ele obedeceu. Não me importei porque eu queria mesmo era a atenção de Edwin toda para mim naquele momento. Dei um beijo nele antes de entregar o presente.