Não Posso

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Fico o olhando surpresa com suas palavras e ao ver que ele estava começando a se arrepender do que disse, simplesmente ajo sem pensar e o puxo pela sua gravata verde e prata, iniciando um beijo cheio de malícia e selvageria, enquanto Tom segura minha cintura possesivamente e levanta minha perna em sua cintura, a acariciando por debaixo da saia.

Nossas línguas se fundem e batalham pela dominância, para ver quem tem mais o outro.

Tom nos guia até a mesa na janela e me põe sentada sobre a mesma, abrindo minhas pernas para ficar no meio delas.

Paramos nosso delicioso beijo por conta do ar ou da total falta dele no momento, ficamos nos olhando intensamente, até que passo meus braços em seu pescoço e o abraço.

Tom demora a corresponder e quando o faz é totalmente desengonçado, quando ele pensa em se afastar, o prendo mais forte em meus braços e viro meu rosto para o seu, vendo um Tom Riddle totalmente confuso. Encaro a cena com o meu melhor sorriso e encho seu rostos de pequenos beijos.

Ele nada faz apenas me aperta mais forte, como se eu fosse fugir dele a qualquer momento. O que eu com certeza não consigo fazer.

- Tom? - o chamo ficando com meu rosto grudado no dele.

- Sim, Dea - ele responde fraco, me olhando cansado.

- Se eu sou sua, você também tem que ser meu - falo acariciando seu lindo rosto.

- Eu... eu não sei... se deveria ter dito aquilo... você me enfeitiçou, é isso...não posso me sentir assim de verdade, maldita bruxa - ele pega em meu rosto e continua - malditamente divina, o que você fez comigo, Dea? -
Fico em choque e falo:

- eu não fiz nada, Tom.

Ele se afasta de mim como se eu o desse choque em seu corpo e diz nervoso:

- Você fez sim, eu não faço isso, eu não sou irracional, desfaça o que quer que tenha feito... fique longe de mim, Dea Néfus. - ele se afasta saindo da biblioteca como o furacão que é.

Pela primeira vez em minha vida, me senti vazia. Como se algo falta-se, EU não deveria sentir isso. Tenho certeza que isso tem o dedo da minha tia e da minha mãe. Já estive com outros, mas nenhum foi capaz de me deixar triste por se afastar. Nenhum até, Tom Riddle.

Arrumo minhas vestes e decido ir até minha primeira aula do dia, Poções.

Me direciono até a sala do professor chamado Horácio Slughorn.

Entro na mesma e vejo que ela já está com todos os alunos sentados em duplas.

- Oh, olá senhorita Néfus...já ouvi falar de sua beleza divina, mas contempla- lá é outra coisa...venha entre e sente- se aqui com o jovem Tom Riddle - quando ele fala sobre Tom, meus pelos se arrepiam e eu encaro onde o homem está apontando. O menino de costas para mim na primeira mesa.

Aceno para o professor e vou até onde Riddle está, que não se move um centímetro para o meu lado.

- Certo, vamos iniciar a aula de hoje... quem arriscaria me dizer que poção é está - Slughorn fala.

Nem levanto a cabeça para olhar qual era só pelo cheiro já sei identificar.

- Senhorita Néfus, me diga.

- A Poção Esmeralda, também conhecida como a Bebida do Desespero, é uma misteriosa poção que induz o medo, o delírio, e sede excessiva. Ela só pode ser drenada através do ato de beber. Embora seus efeitos não sejam completamente conhecidos, atua tanto como um veneno como quanto antídoto. A poção parece fazer com que o bebedor sinta dor intensa, seguido por forçá-los a experimentar coisas terríveis, muito provavelmente as suas piores lembranças e medos, seguido finalmente por extrema sede depois de beber todo o conteúdo. É uma poção totalmente das trevas senhor - finalizo sorridente e feliz.

Enquanto a sala fica em um estranho silêncio e até Riddle está me encarando estranhamente.

- Por Merlin, isso foi...perfeito, muito perfeito... trinta pontos para Sonserina, por dar uma explicação tão detalhada que nem mesmo eu saberia dar - O velho fala ao me olhar com o que penso ser adimiração- Bom hoje vamos fazer uma poção simples, porque creio que não é permitido fazer a poção do desespero, eu só quis os mostrar minha aquisição. Vamos realizar a poção embelezadora. Rápido, darei 20 pontos a quem a entregar primeiro. - termina dizendo e indo se sentar.

Tom e eu trabalhamos em completo silêncio. O que estava me deixando cada vez mais necessitada por seu contato ou por ouvir sua voz.

- Tom? - o chamo baixinho para apenas ele ouvir.

Ele nada responde então resolvo apelar e ao ver sua mão esquerda parada sobre o livro eu apoio minha direita na mesma, passando meus dedos no seu, e quando vejo que ele nada faz, apenas usa sua mão direita para continuar mexendo a poção.

Entrelaço nossos dedos e continuo acariciando sua enorme mão.

Tom me olha intensamente e de forma delicada solta nossas mãos me censurando com o olhar e levanta sua mão para o professor.

- Oh meus jovens, vejo que já terminaram...são esplêndidos juntos, com toda certeza uma bela dupla - ele fala sorrindo em aprovação- 20 pontos para cada um e por terminarem em apenas 40 minutos podem se retirar.

Agradecemos e saímos da sala, dessa vez não vou atrás de Tom, apenas decido me sentar em uma árvore e pensar sobre tudo.

Um corvo vem até mim e pousa em meu braço, sei que é provavelmente mensagem da minha tia e tiro o papel que estava em sua pata.

Agradeço o mesmo o acariciando e ele voa para longe me deixando sozinha novamente.

" Olá sobrinha.
Eu e sua mãe acabamos esquecendo de um breve detalhe, como eu disse, o Tom Riddle só poderá amar você e bem, a intensidade de seu poder, a partir do momento que você sentir algo por ele, pode vir a sofrer alterações.
Bom, me desculpe por isso. Mas sabíamos que você não aceitaria se soube-se disso.
Amo você e se cuide, querida Amare.
Senhora Morte"

Fico em estado de choque por um breve momento, como assim meu poder pode depender do meus sentimentos? Eu sou o amor, não posso depender do que eu dou pros outros para viver.

Estou ferrada, Amare você está ferrada.

Me levanto indo em direção a próxima aula que ficava na outra extremidade do castelo.

Não percebendo que alguém estive-se me observando de longe o tempo todo.

[...]

O dia passou estranho, tentei me afastar de Riddle o máximo que conseguia, tentei não olha-lo, não escuta-lo e nem ficar no mesmo lugar que ele muito tempo.

Não posso me apaixonar, ele tem que me amar, não eu o ama-lo. Eu sou uma deusa e não uma bruxinha qualquer, por que é então que estou parecendo uma agora?

Estou muito irritada, muito pilhada com tudo, e com isso quando a última aula acaba vou direto ao dormitório deixando para trás meus amigos confusos. Me perdoem mas eu só preciso dormir, e foi exatamente isso que fiz, dormi.

O Amor de Uma Deusa - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora