O Amor de Uma Deusa - Tom Riddle

Natal

  Abro meus olhos com dificuldade, tentando me lembrar do que aconteceu, olho ao meu redor e vejo Tom sentado em uma poltrona ao lado da cama, dormindo como um anjo, o anjo que ele é para mim, o meu anjo.

Me levanto devagar e minha cabeça lateja de dor, muita dor, mas o meu homem, o meu homem precisa de mim nesse momento e eu não posso ser fraca agora.

- Tom, amor, venha dormir na cama, querido - falo ao fazer carinho em seu belo rosto, ele abre os olhos lentamente e só então seus olhos ficam aflitos, ele se levanta tão rápido que mal consegui acompanhar seus movimentos.

- Amor, minha deusa - ele me pega no colo e me coloca deitada novamente na cama - por favor, por favor, fique aqui, não saía daqui, no saía do meu lado - ele está desesperado, eu deixei o meu amor desesperado.

- Está tudo bem, querido, venha - abro meus braços para ele vir se deitar comigo, o que ele prontamente faz e eu puxo sua cabeça para deitar em meu peito - eu te amo, está tudo bem - faço carinhos em seus cabelos, os cabelos mais sedosos e cheirosos, porque tudo que é de Tom, ah, é o melhor do mundo.

- Não está tudo bem...- ele suspira cansado - desde quando? Desde quando você está me deixando? - ele pergunta com suas lágrimas molhando minha roupa que ele havia trocado.

- Desde a nossa primeira vez - sussurro com medo de ele ficar bravo comigo.

- Dois meses? - ele segura minha cintura a enlaçando com seus braços - eu...amor, me diz o que tenho que fazer, por favor me diga, me diga o que eu tenho que fazer para você viver comigo - sua voz é abafada pela minha roupa, Tom chorava, e eu choro junto, pois nada, nada me faria viver.

- Eu preciso que me deixe ama-lo muito, Tom, me deixe ama-lo em todos os momentos que eu ainda posso ter com você - falo beijando sua cabeça com carinho e fazendo carinhos em sua mão.

Ele levanta sua cabeça e então eu vejo seus olhos inchados e seu rosto cansado, ele estava cansado, cansado de cuidar de mim.

- Eu te amo, eu te amo mais do qualquer coisa no mundo, mais do que a mim mesmo, mais do que amo a minha vida - beija meus lábios com ternura.

- Eu te amo, Tom - falo acariciando sua bochecha com carinho - vamos dormir, meu amor - falo tentando sorrir para ele, mas, minha cabeça doía demais, meu corpo doía demais.

- Eu não quero dormir, eu não quero acordar e você...você não estar mais viva, você não sorrir lindamente mais para mim de manhã como você faz todos os dias - ele chora novamente, e eu me deito com cuidado o puxando para deitar em mim.

- Fique calmo meu amor, eu prometo me esforçar para lhe acordar sorrindo todos os dias que pudermos passar juntos - falo ao prometer para mim mesma que eu lutarei pela minha vida até que ela tenha que me pegar a força.

   [...]

- Tom, venha, os nossos convidados já chegaram, amor - grito para o homem que estava fazendo alguma coisa no andar de cima.

   Hoje era Natal, e eu decidi passar com Tom e nossos amigos/aliados para Tom, nossa relação está nas alturas como sempre, eu disse para Tom que tudo estava sob controle, que eu conseguia lidar com as coisas, ele me ajudava em algumas coisas como nas vezes que eu vomitava, ele sempre me ajudava nesses momentos, escovava meus dentes e me ajudava a tomar banho, sempre dizendo o quanto me amava e cuidaria de mim até o fim.

Eu me sentia mais morta a cada dia que se passava, minha magia tinha ido embora e ainda não falei isso para Tom, é vergonhoso, uma deusa sem poder e sem honra, mas eu estou me esforçando para continuar até o aniversário de Tom, ele merece muito mais do que uma namorada morta no dia do seu aniversário...na verdade, ele merecia muito mais do que qualquer coisa eu podia oferece-lo no momento.

- Sejam bem-vindos, Feliz Natal, eu estava morrendo de saudade de vocês - falo ao abraçar cada um com todo o carinho do mundo, pois seria nossa última vez, eu sentia eu sei que seria.

- Como você está magnífica, Dea... Feliz Natal - Alphard fala ao me girar.

- Amiga, estava com tanta saudade - Mafalda fala ao me abraçar com força - venha Evan, deixa de ser um bundão...ele está bravo porque você mandou um convite compartilhado, e não um só para ele - ela fala do namorado ao revirar os olhos.

- Eu queria um amo você e não um amo vocês - ele fala com falsa tristeza.

- Eu amo você, seu bobo - falo ao abraça-lo do qual o mesmo me abraça com força.

- Solte a minha mulher Rosier, você e a sua namorada não cansam de apertar a minha Dea? - Tom aparece o olhando sugestivo me puxando com delicadeza para perto dele.

- Você é um chato, Riddle...credo, eu tenho uma vagina, poxa - Mafalda bate o pé e o encara brava.

- Não me importo, isso não impede ninguém, venha minha deusinha - ele me leva para a nossa mesa de jantar, do qual eu e ele passamos horas fazendo cada prato, mas Tom jamais confessaria tal verdade.

- Rosier...você me chama de gatinha...aí fala sério - Mafalda bate no peito do namorado indo na frente o deixando para trás resmungando alguma coisa como: Riddle idiota, como essa mulher é difícil.

Eu e Tom caímos na risada junto a todos os nossos amigos presentes, até Walburga estava aqui com Órion, eles se acertaram e resolveram se darem uma chance, Abraxas estava todo engomado, uma gracinha.

  [...]

Nosso jantar de Natal foi perfeito eu não trocaria por nada, eram as pessoas que eu amo.

Agora estou com Tom, sentada no nosso jardim em uma toalha azul, vendo as estrelas.

- Dea, eu ainda não dei o meu presente de Natal para você - Tom fala ao pegar alguma coisa atrás de nós, e eu me viro para ele confusa.

Ele se levanta e ao se ajoelhar em minha frente com um lindo anel de diamantes, profere as palavras mais lindas e profundas que alguém pode falar para alguém que ama e que verdadeiramente deseja:

- Dea Néfus, minha deusa, minha mulher, minha vida, minha razão de viver e de amar...você aceita se casar comigo dia 31 de dezembro de 1942?