002 "𝑶 sequestro"

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𝐒𝐧 𝐒𝐦𝐢𝐭𝐡

Já fazia 40 minutos que eu estava esperando, quando eu escuto anunciarem o vôo.

Levanto com um pouco de dificuldade por estar sentada a muito tempo. Vou em direção a uma fila que estava se formando.

Chega minha vez na fila e eu do meu RG, CPF e o passaporte. A moça olha e me entrega de volta.

Entro no túnel em direção ao avião. Entro no avião e me sento na cadeira com o número que está na passagem, número 18.

Antes de me sentar observo todos daquela classe. Mas uma pessoa específica me chamou atenção. Ele é loiro, olhos castanhos estava todo de preto.

Provavelmente é acostumado receber olhares.


Ele percebeu meu olhar sobre si mesmo e me devolveu o mesmo olhar. Como se estivesse me analisando, eu diria.
mas foi algo rápido, ele não demonstrou vergonha ou algo do tipo. Muito pelo contrário.

Ele morde seus lábios de um jeito discreto e da um sorriso ladino, me seguro para não sorrir e corar.
Não costumo ser assim... Não sou muito de ficar com as pessoas, não tenho nem tempo para sair de casa quem dirá ser pegadora.

Viro minha cabeça para o outro lado e me sento na cadeira com o número 18.

Espero que em Los Angeles tenham homens bonitos para me ajudar na diversão. Brincadeira gente, sou virgem.

Jurei para mim mesma que irei aproveitar cada segundo.

Que droga! Esqueci de pegar o travesseiro de pescoço.
Já sei que a viajem vai ser longa, então me aconchego.

Logo que todos entram a aeromoça avisa para colocar os celulares em modo avião e fala tudo aquilo caso o avião "caia" ou precise fazer um pouso forçado no mar. Coloco o cinto e simbora Los Angeles!!!

Tiro meus óculos da cabeça e seguro ele no meu colo. Sinto um olhar sobre mim. Já tinha em mente quem poderia ser. Já estou acostumada a receber olhares, não me leve a mal ou me ache esnobe, mas desde nova estou"acostumada" a receber olhares e elogios. puxei a beleza da mamãe. ela era uma mulher linda, esbanjava beleza e delicadeza. Me viro lentamente e vejo o olhar do loiro sobre mim.

Que frio na barriga! Eu definitivamente não sei fazer troca de olhares, me dá tanta vergonha.

papai sempre foi muito protetor comigo, ainda mais depois que minha mãe se foi. Não aproveitei minha adolescência como a maioria dos jovens... eu não podia sair. minhas "amizades" era só no momento que pisava dentro da escola. não consiguia manter uma amizade, meu pai sempre teve medo de eu estar correndo perigo, eu não o culpo. eu também passei uma boa parte da minha adolescência com medo de algo acontecer com meu pai ou até mesmo comigo. Essa viagem está sendo algo desafiador, mas já me sinto muito orgulhosa de estar fazendo isso sozinha e sendo independente. mamãe deve estar super orgulhosa, assim eu espero!

Franzi as sobrancelhas e me encostei novamente no banco. Estou com um pouco de sono, acho que vou tentar dormir um pouco.

[...]

Já haviam se passado trinta minutos de vôo. Eu consegui tirar uns cochilos, mas acordei quando comecei a sentir uma movimentação meio estranha, olho para trás e o loiro não estava mais lá.
a

𝑶 𝒔𝒆𝒒𝒖𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐༄ - Vinnie HackerWhere stories live. Discover now