Universidade St. Juniper

1.07: Décima segunda badalada

Universidade St. Juniper, Nova Orleans, Estados Unidos

23 de agosto de 2025

Faltava apenas uma hora para a meia-noite, e a festa estava longe de acabar. Não com o próprio deus do Vinho em pessoa prestigiando a festa dos seus descendentes.

— Escuta aqui rapaziada, quem for embora antes do nascer do sol vai enfrentar a fúria da minha maldição! Ametista lá na Grécia Antiga foi embora mais cedo de uma festa e deu no que deu.

— Você mandou as suas feras estraçalharem Ametista no templo da minha irmã porque estava puto com ela! E nem consigo lembrar qual foi a treta.

— Apolo, meu anjo de luz, não fode as ameaças do tio, tá bom?

— Dionísio, eles têm aula amanhã! Nós deveríamos ser os adultos responsá...

— Você já provou essa bebida aqui? Foi o meu filho quem fez, experimenta!

O deus do Vinho jogou um copo de Morte Rubra para dentro da garganta de Apolo, que deixou de lado a postura ponderada e se jogou na festa. Dionísio estranhou o surto de responsabilidade de Apolo, mas não o bastante para se importar com isso.

Enquanto isso, Helena e Sebastian dançavam na pista formada na clareira, próxima à piscina e à mesa dos drinques escarlates. A morena balançava ao ritmo da música, aproveitando o momento que abria a nova fase da sua vida. Ao seu lado, o filho de Zeus dançava um tanto desengonçado, e curiosamente protetor.

[Ten Feet Tall – Afrojack feat. Wrabel]

Sou desajeitado

Sim, minha cabeça é uma bagunça

Porque você me faz crescer mais todo dia

Somos gigantes

Em um mundo de pessoas pequenas

Meu coração está bombando tanto que pode estourar

— Não precisa ficar acoplado em mim, sabe?! — ela precisou elevar a voz para se fazer ouvida, mas conseguiu chamar a atenção de Sebastian, que inclinou o corpo para ficar mais próximo do rosto dela.

— Estou te protegendo dos predadores.

— Temos monstros na festa ou caras parecidos com você?

— Você ainda está chateada comigo, eu sei, e já te pedi desculpas.

— Tudo bem, só estou te enchendo, besta!

O loiro puxou a garota para o seu peito, e ela o abraçou. Apesar de odiar o temperamento explosivo e prepotente do filho de Zeus, Helena estava tão feliz em o ter por perto que preferia deixar de lado o ocorrido por ora.

Tenho tentado tanto não demonstrar

Mas você me deixa sentindo como se

Estivesse pisando sobre prédios, carros e barcos

Juro que poderia tocar o céu

Estou a dez pés de altura

Estou a dez pés de altura

Enquanto observava a multidão, os seus olhos azuis captaram a imagem de uma garota entre os jovens, e pela forma como ela olhava a dupla, deixou Helena curiosa. Fitou a garota discretamente, e depois de uma breve análise, ela se convenceu de que não estava enganada.