1.15: A Marca de Judas

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Universidade St. Juniper, Nova Orleans, Estados Unidos

01 de novembro de 2025

Henrik contatou os professores que lideravam os esquadrões ao longo da ilha, avisando sobre o fim do ritual. E dadas as condições, que se preparassem para uma terceira fase, pois ele temia o que havia sido libertado nas catacumbas da Eta Kappa Chi.

Um pouco antes, Daphnée relatou sobre o resgate bem-sucedido de Virginia, e que estavam em busca de Têmis, Diké e Psiquê. Depois disso não tiveram mais retorno, e a situação permanecia crítica.

De início, os Cath Palug continuavam surgindo das sombras, e a cada minuto, as baixas de semideuses aumentava. Muitos estudantes procuraram abrigo nas irmandades e prédios administrativos, e essas foram as primeiras vítimas. Como os monstros celtas se locomovem pelas sombras, poucos lugares eram realmente seguros.

Os grupos que se organizaram ao longo da ilha para combater os felinos sombrios tiveram maior sucesso, mas, ainda assim, não era o bastante. Os oponentes diminuíram seu ritmo, porém, não sumiram por completo.

Até um determinado momento em que eles pararam de atacar, um pouco depois de Henrik romper o ritual do Vraie Magie. De início, os Cath Palug ficaram mais lentos e vulneráveis, abrindo uma brecha aos semideuses. E então, de uma hora para a outra, pararam de atacar. Isso garantiu aos batalhões de defesa que avançassem sobre os monstros, virando o placar para St. Juniper pela primeira vez.

A frente do esquadrão que defendia a Ala Sul, Scott liderava os semideuses, obliterando os Cath Palug com sua magia invernal. Ao lado deles, Victoria e Candice atiravam flechas, e ambas vibraram com os discentes quando os monstros recuaram para as sombras, desaparecendo das ruas.

A filha de Bóreas soltou um grito de alegria.

— Estamos finalmente livres?! Nós vencemos?!

— Nem acredito nisso! — Victoria abraçou Candy. — Vencemos!

As garotas se beijaram em comemoração, o que deixou Scott um pouco constrangido ao assistir a cena. Os demais semideuses também deixaram as emoções transbordarem pelo alívio ao ver os monstros recuando para as sombras, certos de que enfim haviam vencido.

O professor Gallahan, por outro lado, não estava tão seguro assim. Sua intuição não era tão otimista, afinal, quando Henrik desfez o ritual do Vraie Magie, os Cath Palug deveriam ter desaparecido de imediato em vez de recuar.

Ele conhecia os rituais celtas, e por isso sabia que havia algo de errado, sobretudo quando o professor Folkestad citou que o selo na catacumba era de aprisionamento, não de invocação. Aquilo não se encaixava, dessa forma, não achou prudente baixar a guarda.

— Pessoal, olhem isso!

Scott ouviu uma aluna e se virou na direção dela, apontando para as sombras no chão, que se alongavam por baixo deles sobre o asfalto. Ao observar com atenção, o filho de Despina notou que mais sombras vinham de outras direções, unindo-se em um ponto logo à frente.

Instintivamente, o homem abriu seus braços e sinalizou aos alunos para que ficassem atrás dele, preparando-se para a terceira fase. E não demorou até uma criatura gigantesca emergir das sombras, ainda mais imensa do que todos os monstros que enfrentaram. Sua aparência era difusa, um aglomerado de sombras, fogo e fumaça sem uma forma definida, apenas projetava garras retorcidas, tentáculos e rostos com traços bestiais e, ao mesmo tempo, antropomórficos.

No entanto, isso não a tornava menos ameaçadora.

Alcançando cerca de dez metros de altura, o gigante deformado e se espalhava por todas as direções, soltando um guincho agonizante que derrubou a maior parte dos semideuses na rua, tanto pela onda de choque quanto pela sensação aterrorizante que sua presença causava.

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⏰ Last updated: Feb 10 ⏰

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