Capítulo 08

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Eu preciso fumar, sai do palco correndo e passei reto por todas as fileiras escutando apenas a voz do apresentador se distanciando. Chegando do lado de fora da barraca tirei um cigarro do bolso de trás da calça, colocando-o na boca e o acendendo, sentindo a nicotina entrar em meus pulmões sinto que agora eu posso surtar... QUE PORRA ACABOU DE ACONTECER?? QUEM ERA AQUELE CARA??? QUEM DIABOS É PSIQUÊ???? E COMO ASSIM "NOS VEMOS DAQUI A ALGUNS DIAS"????... solto um suspiro cansado por não ter as respostas que eu quero, quem ele acha que é para me dar um apelido ridículo desses? Se eu ficasse lá mais um pouquinho eu iria arrebentar a cara dele, eu em. Sai dos meus pensamentos com a voz preocupada do David.

-Você está bem?? Porque saiu de lá daquele jeito??? Nos ficamos preocupados- ele disse quase histericamente.

-Calma paquita malvada, eu estou bem só precisava fumar- eu falei dando mais uma tragada.- vamos embora?- eu perguntei e nesse momento percebi que atrás da Maya na porta da tenda aquele homem me olhava de uma forma ameaçadora parecendo irritado com minha pergunta, além do olhar ameaçador seu maxilar estava trincado.

-Vamos sim amiga- ela disse sorrindo- só vou perguntar se aquele menino é comprometido e já volto- ela falou indo em direção ao outro lado da rua e parando ao lado de um grupo de 5 meninos e falando com um menino moreno. Soltei a bituca no chão pisando em cima, suspirando frustrada, ela sempre faz isso.

-As vezes minha vontade é de deixar ela aqui- David disse me fazendo gargalhar alto. - Eu preciso falar com você- ele ficou sério de repente e se aproximando devagar, eu fui indo para trás e acabei batendo as costas na pilastra que tinha ali perto,ele aproximou mais o rosto do meu, me deixando nervosa.

- David... eu acho que você está um pouco perto de mais- eu falei engolindo em seco.

-Sabe Mia, eu sempre tive vontade de ficar com você, mas não quero estragar a nossa amizade, oque você acha de ficar só para matar a vontade?- ele disse, mas eu estava mais focada em sentir sua respiração quente em minha pele. Sua mão direita foi até a minha cintura e a outra foi até minha nuca, me deixando arrepiada.

-Promete que isso não vai estragar nossa amizade?- eu falei quase cedendo.

-Prometo Mia- ele disse e me beijou, o beijo é calmo, sua mão esquerda fazia carinho em minha nuca e puxava meu cabelo com carinho pra não machucar, paramos o beijo, mas ele continuou o beijo indo para o meu pescoço, me fazendo suspirar.

-Caralho, cheguei na hora da putaria?- a Maya falou interrompendo a gente.

- Sério Maya tinha que ser agora??- ele falou se fingindo de bravo.

-Depois vocês se comem, agora eu quero ir para casa.- ela disse e foi em direção ao carro.

-Vamos- ele me deu um selinho e foi atrás da Maya, eu suspirei e quando olhei para a porta da tenda ele ainda estava lá, observando tudo, mas em nenhum momento ele veio até mim, apenas me encarava de longe com ódio.
Desviei o olhar e fui pro carro, na volta escutamos mais músicas com o acompanhamento das vozes horríveis dos meus amigos, chegando em casa me despedi deles tomei um banho e fui dormir com aquele homem em meus pensamentos.

 Show de horrores - dark romance Where stories live. Discover now