Capítulo 11

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  Eu já estava acordada à uns 7 minutos, meus olhos continuam fechados, por que? Porque eu estou fingindo estar dormindo para estudar esse lugar, até agora só descobri que estou em um galpão, nessa sala tem 2 homens que estão jogando truco na minha frente do meu lado direito, eu estou com as mãos e pés amarradas com uma corrente grossa, a sala tem pouca iluminação, me mexo um pouco e vejo que eles pegaram meu cigarro, também percebo que havia deixado minhas facas em casa. Puta merda, eu estou fodida pra caralho, como é que eu vou sair daqui? Abro meus olhos um pouquinho, sem mexer a minha cabeça que estava jogada para o lado esquerdo e um pouco baixa, olho em volta bem devagar, eu estava certa havia dois homens na sala mesmo, só que eles não estavam tão perto como eu imaginava, eles estavam perto da porta e encostados em uma parede mofada, meu Jesus, essa sala está decadente, está caindo aos pedaços, tem lascas das paredes por todo o chão, a luz é amarelada, os homens eram altos, um era calvo e o outro careca, no pouco tempo que passei aqui descobri que o calvo tem um apelido, montanha e o outro eu ainda não descobri, os dois usavam roupas pretas, fechei meus olhos novamente e fiquei só escutando.

- ...Montanha, você tá roubando seu filho de uma puta- o cabeça de lâmpada disse irritado por perder de novo.

-Não estou não, vamos guardar essa merda antes que o chefe chegue - o Montanha respondeu dando risada e pegando o dinheiro de cima da mesa, que por sinal já estava caindo aos pedaços.

- Sério que você está com medo do Kháos?- a bola de cristal humana falou debochada.

-Na...- antes que o Montanha respondesse, a porta se abriu com um baque ensurdecedor, assustando os dois homens. Escutei o barulho de passos e pelo visto era mais de uma pessoa, no máximo umas três... também senti respirações ficando pesadas, aposto que era dos homens que estavam "cuidando" de mim.

-Oque vocês estão fazendo?-Uma voz grossa perguntou, eu conheço essa voz...eu só não lembro de quem era.

-Nada senhor- a bola de cristal disse engolindo em seco e com a voz falhando.

-Eu falei "-Fiquem de olho de olho na menina-", mas eu em momento algum falei "-JOGUEM A PORRA DE UM JOGO DE TRUCO AO INVÉS DE CUIDAREM DELA-" - ele falou completamente irritado, a voz dele parecia um trovão.

-Me desculpe senhor- o Montanha disse com a voz carregada de arrependimento- não vai mais acontecer.

- Mais um deslize e eu mato os dois- a voz falou, escutei os passos se aproximando de mim -porque ela está dormindo ainda?- perguntou aos homens.

- Nos não sabemos senhor, ela está dormindo desde que a pegamos- o Montanha disse.

- Interessante, 4 horas dormindo querida? - ele se aproximou de mim e passou sua mão áspera em uma mecha do meu cabelo, o colocando para trás da minha orelha, seguindo pelo meu queixo até minha bochecha- Pode parar de fingir, mea dea.- pelo menos um inteligente, eu só não entendi a última parte.

Abri os olhos lentamente e levantei minha cabeça devagar, olhando fixamente para ele, FILHO DA PUTA, ELE QUE ME SEQUESTROU???? ELE TEM PROBLEMA? QUE GRANDE FILHO DA PUTA. Ele me olhava com um olhar arrogante e o sorriso dele expressava a mesma coisa, babaca arrogante. eu podia ver seu rosto mesmo que a luz da sala estivesse em completa decadência, sua pele é branca, mas é não tão  branca  seus olhos e cabelos eram pretos, sobrancelhas bem desenhadas, maxilar marcado, desci um pouco meu olhar, ele era enorme, podia chegar a uns 2 metros de altura fácil, corpo musculoso principalmente com a camisa, calça e sapato social, a camisa parecia que ia deixava seus músculos em evidência e a calça deixava suas coxas torneadas também em evidência. Percebi que fiquei tempo demais o encarando e quando subi o olhar ele estava me encarando com um sorriso sacana... canalha desgraçado.

- Gostou da visão amor? Posso virar se quiser continuar a sua inspeção minuciosa- ele disse irônico

- Vá se fuder seu filho da puta, arrogante, descarado, demente, desengonçado, me sequestrou porque? Se for dinheiro já vou logo te avisando, eu não tenho... Se for me vender para algum bordel, eu não sei ser striper, e se for me vender a algum velho rico, eu não gosto de velhos.- eu falei já imaginando o cenário na minha cabeça, imagina? Deus que me livre, tá repreendido, de repente escutei umas risadinhas baixas, olhei para as pessoas e eram o montanha e o cabeça de microfone. - Tão rindo do que? Em cabeça de microfone do caralho?- eu falei irritada.

-CABEÇA DE MICROFONE? me respeite mocinha, eu sou mais velho que você- o pau no cu disse irritado e debochado.

-Oh meu Deus, rapazes, por favor peguem uma cadeira pro idoso se sentar, coitadinho, a artrite dele deve o estar matando- eu disse irônica, ele ficou completamente vermelho enquanto vinha na minha direção.

-Se der mais um passo eu te mato- ele foi enterrompido pelo homem gigante que até agora não sei o nome.

-E você em grandão? Até agora não me respondeu, oque. Você. Quer. Comigo?- eu falei devagar e completamente irritada.

-Oque eu quero? Eu quero que você seja minha. - eu não aguentei e comecei a gargalhar, puta que pariu, isso é muito engraçado, mas quando olhei para ele, ele estava sério, e com uma expressão confusa, ele não podia estar falando sério. NEM MORTA.

- Você bebeu? Tá maluco cara? Você nem me conhece, eu nem sei seu nome seu lunático. -eu falei incrédula.

- Você mea dea, é Mia D'adore, 18 anos, pai e mãe mortos, eu não irei falar o motivo, amigos são Maya laviw e David Enrico fontana, inimigos inexistente, mas não gosta da Angelina e de um tal de Douglas, e se você pedir amor eu os mato... continuando, gosta de ler e de fumar, ama leões ou qualquer tipo de predador desse tipo, cores favoritas preto e vermelho e você também ama sua kawazaki Z1000, e também gosta de adrenalina, por isso com 17 você fazia algumas lutas e corridas ilegais, conhecida como A Morte, mas isso nem seus amigos sabem, não é?- eu tô em choque, COMO ESSE FILHO DA PUTA SABE SOBRE ISSO?-Quer que eu continue mea dea?- ele pergunta.

-Não é necessário...- eu falo furiosa e tentando não demonstrar.

-Não fique assim psiquê, eu não irei contar a ninguém- psiquê... O PALHAÇO, EU NÃO ACREDITO.

 Show de horrores - dark romance Where stories live. Discover now