Capítulo 16

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— Você sente que estamos indo rápido demais? — perguntei a Isadora, enquanto estávamos sozinhas em um cômodo do prédio que o Chorão pretendia comprar para mim

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— Você sente que estamos indo rápido demais? — perguntei a Isadora, enquanto estávamos sozinhas em um cômodo do prédio que o Chorão pretendia comprar para mim.

— Pra gente, sim — ela respondeu, sorrindo na minha direção. — Mas parece que o Chorão já planejava isso desde que te conheceu, Emília." Ela deu uma olhada entusiasmada ao redor.— Se alguém descobrir, eu tô ferrada!

— Qual é o trato de vocês? — Isadora me encarou com curiosidade. — Vocês só fazem sexo virtual?

Soltei uma gargalhada envergonhada ao lembrar do flagra que ela deu quando eu estava falando que queria sentir o pau do Chorão.

— Não, eu tô indo fazer visita íntima pra ele.

— O quê?! — A minha irmã abriu a boca em surpresa. — Desde quando?

— Só fui uma vez até agora.

— Eu achei que você só ia fazer uns corres com a Gabi.

— O corre tem sido pagar boquete pro chefe da FDM — zombei e ela soltou uma risadinha nervosa.

— Você ficou chateada que ele me deu um iPhone? — Ela encolheu os ombros, parecendo receosa.

— Claro que não, mas não sei se me sinto confortável com a ideia de ver você perto do Chorão. — Minha preocupação era evidente.

— Mas quem foi me entregar o iPhone foi o GV. — A garota arrumou seus cabelos castanhos em um coque elegante, tentando dissipar o desconforto.

— Vocês conversam muito? — Ergui a minha sobrancelha, querendo entender melhor a situação.

— Só um pouco, Emília. Nada demais, ele faz piadas e eu rio... Apenas isso! — Ela tentava minimizar a importância da conversa dos dois.

— E você não acha estranho o Chorão querer te presentear? — Minha suspeita era clara.

— O Chorão não é uma má pessoa, Emília. — Isadora o defendeu com firmeza.

— Ele nos fez refém por três dias, Isa.

— Porque ele tava sendo acusado injustamente de matar o filho de um delegado e se não tivesse exigido a presença da mídia, estaria morto. — Ela tenta justificar as ações dele.

— Será que ele é mesmo inocente?

— Ele me deu um iPhone, minha querida. A palavra dele é lei pra mim.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOWhere stories live. Discover now