Capítulo 20

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Não conseguia acreditar que a minha própria mãe havia me traído, fugindo para seguir o ex-marido infiel, ignorando minhas tentativas de contato

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Não conseguia acreditar que a minha própria mãe havia me traído, fugindo para seguir o ex-marido infiel, ignorando minhas tentativas de contato. 

O desabafo em áudio de Isadora, com mais de cinco minutos, ecoava a mágoa profunda que compartilhávamos em relação à nossa mãe. Concordar com cada palavra de ódio era inevitável, dado o contexto de traição e abandono. 

A preocupação com o pagamento da escola de Isadora e com nossa sustentação financeira se intensificava, especialmente após ter recusado o apoio financeiro do Chorão.

Aproximando-se da hora da visita íntima, o aparecimento de GV à minha porta trouxe consigo a tensão de ter que revelar que algo havia dado errado. Suspirei fundo antes de iniciar a difícil conversa.

— Não vou poder ir hoje — informei e o GV me olhou confuso.

— Que marmita o Chorão vai comer hoje, Emília? Vai deixar teu macho passando fome? 

Soltei uma risada desprovida de qualquer traço de humor, sentindo o peso da situação. Meus olhos vagaram até Isadora, que estava absorta em seu celular, alheia à tensão que pairava no ar. Em seguida, retornei meu olhar para o homem tatuado diante de mim, preparando-me para o que estava por vir. 

— A minha mãe fez uma viagem de última hora e eu não posso deixar a Isadora sozinha. — Cruzei os braços sobre os meus peitos.

—:Ela pode ficar na casa da Gabriela ou eu pago pra alguém ficar com a sua irmã durante a noite — ele ofereceu as opções e deu uma olhadinha rápida para a Isadora. —Ou eu posso ficar com ela.

—;O GV pode me fazer companhia, Lia — Isadora se intrometeu e eu arregalei os olhos com a sua sugestão. — Me sinto mais segura com um traficante do que ficar com a sua amiga.

— Por mim, tá tranquilo! — GV lançou um sorriso alegre em direção à Isadora. — Você pode ir com a gente ao presídio e depois de lá, fazemos alguma coisa até ela terminar de dar pro Chorão. 

Rodei os olhos ao ouvir suas últimas palavras, uma incredulidade se instalando em mim. Será que alguém poderia ser mais inconveniente do que o GV? 

[...]

Eu ainda não tinha me convencido completamente sobre deixar a Isadora na companhia do GV. A ideia parecia estranha, até mesmo arriscada, mas a empolgação brilhante nos olhos de minha irmã caçula era inegável. Ela estava radiante com a perspectiva de passar tempo a sós com ele. Não queria ser a irmã chata que estragava os planos da garota, então respirei fundo e tomei a difícil decisão de confiar na intuição de Isadora, mesmo que isso significasse confiar em alguém tão improvável como o GV.

— Tem certeza que quer ficar sozinha com um homem perigoso como o GV, Isa? — questionei enquanto estávamos nos vestindo dentro do nosso quarto.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOWhere stories live. Discover now