Drunk in love

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O toque de um telefonema soou a meio da noite e eu, ainda ensonada, corri para o telemóvel. Era Jack.

- Fala – pronunciei.

- A tua voz é tão sexy – Jack falou do outro lado.

Dei uma quase gargalhada. Este rapaz é incrível!

- O que precisas Jack?

- Estás com sono amor? –voltou a soar após um curto silencio.

- Estava a dormir...

- Preciso de ti...

- E de dormir! –respondi imediatamente.

- Vais demorar a abrir a porta?

Pousei o telemóvel e fui abrir a porta da entrada. A chamada foi um pouco estranha, embora todas as nossas chamadas o sejam, mas talvez o facto de ele ter bebido demais justifique os seus atos.

Agarrou-me assim que me viu e o cheiro a álcool invadiu as minhas narinas. Beijou-me, sem permissão e sem qualquer enleio. As nossas línguas mexeram-se por pouco tempo, quebrei o beijo e encarei o apaixonado.

- Tequila! –declarei num sussurro e ele riu. –faz pouco barulho, a El e o Thomas estão a dormir. - Após me soltar dos seus braços, dei-lhe a mão e tentei guiá-lo para o quarto. Jack resistiu.

- Estão cansados? –inquiriu como um bêbado.

Assenti que sim e ele gargalhou. Mais um pensamento sem nexo! Sorri da sua figura e virei-me para ele, dando-lhe as duas mãos e puxando-o para o quarto.

- Estiveram a fazer bebés?! –gargalhou novamente ao dizer alto os seus pensamentos divertidos. Tapei-lhe a boca e evitei uma gargalhada com cara séria. –Sou um namorado fiel, controlei-me a noite toda!

Arregalei os olhos com a sua confissão, não de chateada mas sim de admirada. Nunca pensei ouvir Jack a dizer isto, contudo, também não pensei estar nesta situação na minha vida.

- Que foi? Há gajas tão boas e tão...hum –ele trincou o lábio –és tão apetecível! –agarrou-me novamente - Uma queria estar comigo...tu sabes...mas eu não quis! Disse-lhe que namorava para uma polícia e o William riu-se. Idiota!

Gargalhei das falas desordenadas de Jack e caminhei em direção ao quarto deixando-o no corredor. Logo correu atrás de mim e gritou em vitória. Isto devia de ser gravado!

- Estou a ver que queres brincadeira –deixei que o rapaz me beijasse o pescoço e assentisse que sim. –vai para o quarto, já vou lá ter sim?

- Não demores Jen...–depois de uma apalpadela lá se foi.

Encostei-me a parede e controlei a respiração. Fizemos demasiado barulho e talvez o casal já tenha acordado, todavia ele é tão giro e engraçado com álcool a mais que eu não consegui afirmar-me.

Quando cheguei ao quarto, Jack encontrava-se estendido nos lenços amarrotados apenas de boxers e a olhar-me sedutoramente. Fechei a porta, para abafar um pouco do som, e decidi entrar na brincadeira. Caminhei, o mais sensualmente e sem me rir que pude, e comecei por levantar a grande t-shirt que envergava. Ele voltou a trincar o lábio e agarrou o meu pulso, puxando-me para cima dele. Senti as suas mãos no meu rabo enquanto os seus lábios se aproximavam dos meus.

- Só depois de um banho –afastei-o com a mão no peito dele.

- Oh...a sério amor?- abanei a cabeça que sim –tu estás tão linda e...

- Não ias dizer que sou feia quando estávamos prestes a ter sexo –interrompi-o.

- Tens razão –meio tonto confirmou como se fosse óbvio e eu ri alto. Eu amo-o demais.

- Vai lá tomar banho, prometo que depois te compenso –dei-lhe um beijo no peito e sai de cima dele.

O moreno barafustou, agarrou-me já em pé e depositou um beijo no meu pescoço.

- Não te vais arrepender –sussurrou antes de ir.

(...)

Quando regressei ao quarto da ida à cozinha, encontrei Jack ternamente deitado na minha cama a dormir. Aproximei-me e deparei-me com a adorável – e não menos engraçada – figura do meu namorado a dormir de boca entreaberta. Procurei pelo meu telemóvel e apressei-me a tirar fotos, e até filmá-lo, para mais tarde brincar com ele. Era tentador, e como eu não gosto e resistir, coloquei o dedo na sua boca e registei o momento rindo em seguida.

- Shiu –ele resmungou ensonado levando-me a gargalhar ainda mais. O bêbado atrevido passou a ensonado com um banho quente e uma decisão minha.

O seu corpo moveu-se e, se não tivesse bons reflexos, teria sido apanhada pelos braços fortes de Jack. Merda, o flash e as gargalhadas denunciaram-me! Corri, de telemóvel na mão e a rir, para o quarto de Eleanor e saltei para a cama do casal querido que dorme agarrado.

- O que é que se passa? –Thomas questionou quando eu os abanei e lhes mostrei uma foto. –Ficaste tão bem Jack! –Falei para o rapaz que coçava os olhos ao entrar no quarto iluminado.

Eleanor deixou a cabeça cair na almofada depois de visualizar as imagens e suspirou com um sorriso brincalhão. Jack tentou alcançar-me falhando mais uma vez e Thomas gargalhou com o cenário demasiado energético e inesperado durante a noite.

- Jennifer, quando é que ganhas juízo? Estamos a meio da noite...-Eleanor falou e eu sentei-me na beira da cama sem deixar Jack pegar no telemóvel.

- A culpa é do Jack! É que ele...– Ri e não consegui explicar a situação. –Desculpem acordar-vos mas eram a minha salvação e isto merecia ser partilhado.

Estendi o telemóvel ao casal e Jack estendeu o braço. Bati-lhe e sorri.

- Jennifer Azevedo! –Jack afirmou com uma expressão pouco animada.

- Durmam bem! Amanhã conto tudo acerca do melhor bêbedo de todos os tempos –atirei-lhe um beijo, agarrei nos meus pertences –nomeadamente no Jack - e sai.

- Sim, porque depois de acordar com uma louca aos saltos na cama vamos mesmo dormir –ainda ouvi Thomas que nos fez gargalhar.

Segundos depois estávamos dentro do quarto, com o meu telemóvel bloqueado e as fotos devidamente guardadas.

- Fui um querido contigo e tu fazes-me isso...-Jack fez beicinho e olhou-me de braços cruzados.

Sorri apaixonada pelo homem á minha frente e pelos seus atos. Dei de ombros e fui até ao móvel pousar o telemóvel.

- É a nossa primeira noite...-Jack agarrou-me por trás na cintura e beijou o meu ombro.

- Tens de dormir Jack –falei ao girar e beijar-lhe o pescoço. – E sabes que não é a nossa primeira noite.

- Como namorados...posso sempre dormir depois, tu sabes- tentou persuadir-me com o seu nariz a roçar no meu pescoço e beijos delicados.

- Hum...

- E também sabes que me deixas louco –As suas mãos desceram das minhas costas para o meu rabo e apalparam-no.

Assenti que sim e percorri as suas costas despidas com as minhas mãos frias. A sua pele arrepiou-se e, orgulhosa do meu feito, toquei levemente no seu peito. O jogador de rugby sorriu embebido em pensamentos atordoados e beijou os meus lábios como uma necessidade. Deixei-me levar, por uns segundos, e um gemido saiu da boca do jeitoso levando-me a sorrir e a soltar-nos.

- Vamos para a cama. –indiquei ao sair dos braços musculados.

- Cama –Jack levantou as sobrancelhas e, com um sorriso maroto, fez-me gargalhar devido ao seu atrevimento e expressão.

- Pretendes dormir no chão?

- És tão chata amor...

Jack falou ao deitar-se de braços cruzados e eu permaneci a observá-lo e sorrir tão embriagada quanto ele.



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