Friends will be friends

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Cobertos apenas com o lençol, descansávamos do momento de entrega em que ele me comparou a uma deusa e sentimos sensações há muito tempo não vividas. Os braços fortes de Jack envolviam o meu corpo e a sua mão brincava desleixadamente com um dedo na pele da minha barriga.

- Adorava ter-te conhecido quando chegaste a Inglaterra. – Falou com a voz rouca e suave.

- Conhecemo-nos no momento certo. – Respondi, de olhos fechados, a pensar na hipótese de nos termos cruzado noutro momento sem ser a corrida matinal. Talvez se nos tivéssemos conhecido antes as coisas não resultariam, seria tudo tão diferente...até podiam ter sido melhores, todavia não gosto muito de pensar nisso.

- Não podia concordar mais contigo. - Depositou um beijo no meu ombro.

- Era uma menina tão sonhadora...-Suspirei baixinho para não o preocupar. – E tanta coisa depois consegui tudo o que queria.

- Já eu sempre fui um totó que andava por aí.

Gargalhei com a sua expressão e vi-o sorrir.

- Um totó que andava por aí a ser um jeitoso todo giraço que se diverte com miúdas.- Virei-me para ele, ainda presa nos seus braços e de olhos fechados. Desta vez foi ele que riu, acabou por dar-me um beijo e fazer-me abrir os olhos. – Viste-me e pensaste 'olha que miúda jeitosa para eu dar umas voltas', tenho quase a certeza.

- Não eras uma miúda.

- Não desmentiste que era jeitosa para dar umas voltas! – Brinquei e ele sorriu de forma matreira.

- Continuas jeitosa para dar umas voltas! – Trincou-me o lábio depois de eu revirar os olhos e puxou-me mais para ele.- Não foste aquela rapariga que olha e pensa no quão feliz poderia ser com o bom homem que sou, foste a que olhou e mostrou que era feliz, e isso mudou-me! Não tens noção do quanto eu pensei...

- Que amoroso! – Dei-lhe um beijo no pescoço e coloquei uma perna em cima dele.

- Sabia que ias ser diferente, até porque és totalmente passada da cabeça.

- Eih!

- Já reparaste que tens uma arma em cima da secretária, força, reação e inteligência tudo combinado e mesmo assim continuas a ser a minha babygirl? – Os lábios de Jack encostaram a minha clavícula e só se soltaram depois do meu suspiro provocado pela pequena dor.

- Babygirl...-Sussurrei de olhos fechados e ele, com a mão na minha coxa, puxou-me mais para ele.

- Não sei como te resisto.- Todo o meu corpo contactava com o seu, pele com pele, e a sua respiração ia passando pelo meu corpo ao tempo que ele beijava o meu peito.

- Jack... -Suspirei com a cabeça para trás e senti o seu sorriso, o maravilhoso sorriso do meu namorado. – Tu não me ias querer conhecer. – Gargalhei assim que ele parou de beijar o meu corpo e me olhou confuso.

- Eras assim tão má? Gostava de ver fotos.- Falou com a sobrancelha arqueada e o corpo apoiado num cotovelo.

- Não sejas um idiota. – Empurrei-o, fazendo-o deitar-se, e coloquei-me em cima dele oferecendo-lhe um beijo no maxilar.

Meios enrolados nos lençóis, as mãos de Jack a deslizarem das minhas costas para o meu rabo e envolvidos em beijos permanecemos por mais um tempo. Se nos tivéssemos cruzado antes, ele não estaria com um sorriso e a olhar-me em contemplação, eu não estaria espontaneamente a contar uma história embaraçosa e a rir de forma desleixada, e, muito provavelmente, nem teríamos passado de algumas noites juntos.

Unforgettable 2Where stories live. Discover now