Sempre sua Luce (Concluído)

Chapter 7 : Um erro muito bom

As mãos de Sean continuavam em mim, puxando meu corpo de encontro ao seu. Quando percebeu que meu celular continuava tocando suas mãos me soltaram de leve. Parou de me beijar e ainda ofegante olhou com raiva para o lado do passageiro onde estava a minha bolsa, juro que pude ouvi-lo resmungar algo. Eu estava agarrando seus cabelos com uma mão e a outra estava tocando seu peito por cima de sua camiseta. Minha respiração ainda estava rápida por causa dos seus beijos.

- Des-desculpa. Eu preciso atender - disse olhando em seus olhos me desculpando.

Sean assentiu com a cabeça e assim me levantei de seu colo apoiando em seus ombros, pude senti-lo retorcendo-se por isso e por dentro também me senti por nossa separação. Queria ficar em cima desse homem a noite toda se pudesse, com suas mãos por todo meu o corpo. Sean me ajudou me levando até meu banco ao seu lado. Abri minha bolsa e peguei meu celular.

Celular idiota.

- Alô? - disse meio a contragosto.

- Alô?! Alô merda nenhuma, onde você tá flor? Te procurei no bairro todo! Não me diga que ainda está nessa empresa idiota. Eles não te pagam por isso aí não mulher, você rala demais - Jason gritou do outro lado da linha.

- Oi Jason, desculpa, acabei perdendo a hora. Oque foi? – digo observando Sean desviar o olhar quando começo a conversar com Jay.

- Ah nada, só queria me desculpar por ter te deixado na mão hoje de manhã, foi mal. Você sabe a Kate me persegue. – Parece realmente chateado por isso. Jason vivia tomando decisões contraditórias, mas era um bom homem e odiava me deixar na mão ou me magoar por qualquer coisa.

- Aham, você nem gosta dessa perseguição não é mesmo. – Brinco – Tudo bem, Jay, de verdade. Agora você está me devendo uma, de novo. Quando eu chegar em casa te aviso, ok?

- Tudo bem, boa noite Flor. – diz carinhoso.

Desliguei o celular e encarei seu visor. Não sabia o que iria dizer a Sean. Há um minuto eu estava em seu colo, agarrando seus cabelos e o beijando loucamente. Até gemendo eu estava, eu acho. Deus onde é que eu estava com a cabeça? Eu sei no que, em nada. Que vergonha! Nesse pouco tempo que estive com Sean percebi que perto dele eu perdia totalmente os meus sentidos. Não conseguia controlar meu corpo, era como se ele fosse um imã me puxando cada vez mais e isso era ridículo.

- Me desculpe por isso Sean e por... você sabe. Não sei o que deu em mim, isso foi um erro – um erro... muito bom – sinto muito. Você pode me levar para casa agora? – digo olhando ainda para a tela do meu celular, não conseguia encará-lo, estava muito envergonhada. Estava me odiando no momento.

Não queria ter dito aquilo, porém queria acabar com isso antes que ele o fizesse. Sean parecia ser um homem bom, mas eu nem o conhecia direito e me entreguei de um jeito que nunca fiz a homem algum. E vamos cair na real, Sean era um empresário e pelo seu terno e sua bela postura se vê que é bem sucedido além de ser divinamente lindo e quem sou eu? Uma, literalmente, pobre órfã que nem tem seu próprio teto e que possui uma beleza aceitável. Além de ser uma mera secretária que conseguiu emprego não por ser boa no que faz ou pelo bom currículo, mas porque o Senhor Maxon teve pena e me contratou.

Não podia me iludir no momento, provavelmente eu seria somente mais uma aventura para ele. Não podia me submeter a isso. Posso não ser a altura, mas ainda tinha um pouco de dignidade. Não ia ser mais uma ficada em sua lista.

Sean estava quieto. Vi de canto de olho que estava sério com a cabeça encostada no descanso de cabeça do seu banco, olhando para o teto do carro. Deu um suspiro bem forte e voltou sua mão no volante. Olhou para mim de relance, e voltou seu olhar para frente.

- Eu não sinto. - Por fim disse e começou a dirigir.