Chapter 16: A Louca dos Donuts

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Podia sentir o coração pulsando em meu peito. Nem pensei direito no que eu fiz, para falar a verdade. Eu só agi e no caso a minha ação foi um tapa na cara do meu chefe... Futuro chefe... Ex-chefe... Ex futuro chefe... Eu nem sei mais!

Passei pelo corredor tão rápido que nem deu tempo de olhar para a "mulher da plaquinha de ferro". Pensei em descer de elevador até o meu andar, ou ex-andar... Enfim, lá onde minhas coisas estavam, mas fui de escada.

Sim, de escada.

Uma das coisas que eu aprendi no meu orfanato foi que as escadas nem sempre são tão ruins, ajudam a pensar e no meu caso a relaxar, o que eu estava precisando muito. A outra coisa que o lar me ensinou foi nunca, (nunquinha mesmo; sério, vou dar uma ênfase no nunca, tipo jamais!) esquecer a toalha no banheiro, principalmente se for o masculino. Eu juro que a minha toalha era creme e no outro dia ela estava marrom. Não me pergunte o que aconteceu, até hoje eu não sei e também nem quero saber.

Abri a porta da saída de emergência com um solavanco e quase caí de cara no chão. Maldita porta! Nunca entendi por que tão pesadas e difíceis de abrir, não era para ser "saída de emergência"? Devia ser algo mais fácil, porque para usá-la eu estaria em UMA EMERGÊNCIA; ou poderia pelo menos ter luz! Essas lampadazinhas idiotas sempre acendem quando eu já estou chegando ao próximo andar e "detectam" a minha presença quando eu já não estou mais presente.

Enfim, desci três andares de escada o que não foi tão ruim já que no lar desço quinze. Quando cheguei ao nono andar corri a minha mesa, peguei a bolsa, minha boneca havaiana e fui correndo até as escadas de novo. Não ia correr o risco de encontrar Sean no elevador querendo me esfolar.

Quando cheguei ao primeiro andar dei uma olhada na recepção, ainda estava bem movimentada, então aproveitei e me escondi atrás de um grupo de engravatados que saia do edifício. Não foi tão difícil, eles eram bem altos, estilo armário. Só que quando estava indo em direção a maldita porta giratória, ouço Gabe.

- Emma! – fingi que não o ouvi e continuei andando/correndo em direção à saída – Emma querida! Estão te chamando no...

Não fiquei para ouvir o resto, saí correndo.

Sean

Louca, completamente louca.

Era isso que se passava em minha mente enquanto acariciava meu rosto dolorido. Essa mulher sabe mesmo dar um tapa e infelizmente pude prová-lo não só uma, mas duas vezes. O pior de tudo é que eu aceitaria um terceiro, se fosse preciso, só para poder conversar com ela novamente. E sei que essa possibilidade era grande. Não de ter a conversa, mas de levar outro tapa.

Estou em pé no meio do meu escritório, totalmente desnorteado. Sei que talvez tenha sido um pouco prepotente, porém a proposta era verdadeira. Emma realmente é um diamante a ser lapidado, um bem afiado por sinal, mas que possui um grande potencial. Estaria mentindo se fala-se que essa promoção tem nada a ver com seus belos seios ou suas coxas tão magníficas. Sinto-me atraído e muito por ela, toda via não queria ofendê-la e nunca misturo trabalho com prazer. Emma apenas possui o pacote completo de beleza e inteligência, muito difícil de encontrar por aí. E é justamente disso que minha companhia precisa.

A Crawford Reaserch precisa de Emma.

E Confesso que eu também.

Mas sei que ter Emma ao meu lado em meu escritório é bem diferente de tê-la em minha cama. Eu só tinha uma pequena esperança de que isso fosse possível, mas é claro sem nenhuma extorsão, ameaça, ou qualquer uma dessas baixarias que muitos nojentos fazem por aí. Emma iria para minha cama por livre e espontânea vontade, pois ela iria querer isso.

Sempre sua Luce (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora