Epílogo

218 31 11
                                    

O céu estava fechado há muito tempo, Londres afinal, seu céu sempre reflete as almas dos londrinos conformados com as asas da peste e da praga que sempre pairam sobre eles.

Duas crianças estavam paradas em frente a um mausoléu branco, que diferia das almas enterradas ali.

Velavam em silêncio um corpo invisível.

A placa de bronze exibia um garoto de cabelos claros sorrindo, o que era estranho para um epitáfio, nenhum sobrenome, apenas o primeiro.

O garoto que encarava o epitáfio era baixo de ombros finos, usava calças, o que era estranho para sua idade, em suas mãos uma única e pequena flor roxa de muitas pétalas, uma pequena flor estrelada de doces sonhos.

Ao seu lado uma garotinha vestida de preto como o luto que carregava, não era muito menor que o garoto, os cabelos cortados rente ao ombro, e um buquê de flores brancas, pequenas e numerosas, mas únicas em seu coração.

A garoa fina começou a cair. Juntos depositaram as flores abaixo da placa, não rezavam pelas almas ali guardadas, só rezavam por suas próprias almas e pelo que iriam enfrentar.

Cain suspirou e estendeu sua mão enluvada entrelaçando-a aos dedos de Lilith, seus olhos roxos estavam focados no céu, com a mão livre Lilith cobriu o rosto com o véu escuro e juntos se viraram.

Foi uma batalha perdida e uma guerra iniciada, porque o inferno estava apenas começando.


The Ripper - Saga Maurêveilles - Livro umOnde as histórias ganham vida. Descobre agora