capítulo um

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É difícil dizer quando uma amizade começa. Na maioria das vezes você descobre que tem algo em comum com outra pessoa e num passe de mágica percebe que está passando o Natal na casa dela. Outras vezes, o caminho da confiança é tortuoso e cheio de espinhos. Se tem algo que aprendi nos meus muitos anos de vida é que nenhuma amizade é igual a outra que e todas guardam uma história peculiar.

A que estou prestes a te contar é sobre a amizade mais poderosa e pura já registrada entre cinco pessoas. Tão fenomenal que senti a necessidade de escrever sobre ela, mesmo sabendo que eu poderia escrever sobre qualquer outra coisa ou até não escrever mais nada. Ninguém culpa os velhos que não fazem nada.

E, acredite ou não, essa amizade começou com um soco na cara.

Juliana e Maria conversavam no corredor do colégio onde estudavam. Falavam baixinho, como se não quisessem que os outros alunos ouvissem. Quando Gabriel tentou passar por elas sentiu a mão firme da Juliana segurando o seu peito:

— Gabriel, cara, nós precisamos conversar! Urgentemente! — ela disse.

— Uau! É a primeira vez que isso acontece desde a quinta série! — Gabriel provocou. E ele estava certo, apesar de se conhecerem desde crianças, os dois nunca foram muito de interagir.

— Não foi legal o que você fez com o garoto novo — ela disse, séria.

— Está falando da postagem?

— Do que mais seria?

— Relaxa! Foi só uma brincadeira!

— O cara nem é seu amigo! Que tipo de brincadeira é essa?

— Ele não conversa com ninguém! Talvez isso sirva para o cara quebrar o gelo e fazer novos amigos. Estou ajudando o rapaz! Você concorda comigo, Maria? — Completou virando o rosto para a menina baixinha de cabelos loiros que acompanhava a conversa sem falar nada.

— Aah... — Maria não era acostumada a opinar sobre as coisas e aquela situação a pegou desprevenida.

— Viu? Maria concorda comigo!

Juliana suspirou:

— Eu só estou dizendo para você não ficar arrumando confusão com um garoto que nem tem amigos na escola...

— Relaxa, Ju. O que ele pode fazer? — Disse rindo. — Por acaso vai me bater?

— SEU PLAYBOY DE MERDA!

O grito veio do outro lado do corredor, onde era possível enxergar um garoto de moletom e calça jeans andando a passos largos, com os punhos cerrados e olhos cheios de raiva. Era o garoto novo. E ele estava muito puto.

Antes que Gabriel conseguisse falar alguma coisa ou reagir, um soco atingiu o seu rosto com força o fazendo cair no chão na frente de dezenas de outros alunos. Foi a primeira vez que Maria via uma agressão de perto e aquilo fez o seu coração disparar.

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É? — O garoto perguntou olhando para o chão onde o Gabriel se contorcia tentando entender a dor e o que acabara de acontecer.

Ok, agora acho que preciso contar a história por trás do soco e o que ele gerou. Mas, se você vai mesmo acompanhar estes jovens, saiba que terá que ler a história até o final. Afinal, estou prestes a te contar um segredo. O segredo do...

 O segredo do

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O CLUBE DOS JOVENS QUEBRADOSWhere stories live. Discover now