Mais informações. 11

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Dumbledore parecia pensativo quanto suas palavras, eu ja imaginava que ele não iria facilitar a história, mas saber o começo dela ja era o esperado, era minha chance.

- Escute Ellyna, eu quero pedir que você não os procure, não agora, é muito cedo - ele deu um leve suspiro - mas você precisa saber.

- Diga por favor professor - um misto de decepção é curiosidade me invadia.

- Nunca foi escondido e você sabe muito bem, que seus pais te adotaram com 2 anos de idade.

- Sim senhor - eu já tinha 2 anos.

- Mas seus pais verdadeiros estavam em guerra - ele me olhava fixamente.

- Você diz na primeira guerra? A que envolveu Harry? - pergunta besta que eu fiz.

- Sim senhorita, na guerra bruxa, mas em guerra entre eles também - ele começou a passear pelo escritório lentamente.

Foi um romance bonito o de seus pais, um dos mais encantadores que os corredores de Hogwarts ja viram, ate o 5° ano se não me falha a memória, quando sua mãe foi transferida para Beauxbatons.
Eles se formaram, Seu pai se casou, e algum tempo depois sua mãe voltou e aquele amor foi formado de novo.
Mas seu pai não lhe contou sobre seu casamento, eles não tinham mais contato, foi nesse tempo que você veio.

- Significa que eu sou fruto de uma traição? - eu me envolvi na cadeira inconscientemente.

- Prefiro usar um amor proibido senhorita - ele me olhou pelos óculos meia lua brilhantes - Seu pai não sabia o que fazer, pois sua esposa tambem esperava um bebe. Seu pai fez muito para proteger sua mãe as sombras, mas não foi suficiente, quando você completou seus 8 meses de vida, um comensal descobriu o segredo de seu pai, e quando ele chegou ja era tarde, sua mãe estava ao chão, e você chorava em um pequeno armario de cozinha. Não tinha mais ninguem na casa. E a ultima coisa que seu pai fez foi trazer você até mim. E por fim eu te entreguei a uma família, a sua familia, Natasha sua mãe adotiva, é irmã gêmea de Ekatherine, sua mãe biologica.

Meus labios estão combrimidos, quem olhasse não acharia nada para diferenciar em meu rosto. Meu coração eu não consigo nem mais sentir, minha cabeça gira e eu me sinto enjoada. Não me atrevi a interromper Dumbledor mais, era informação, informação de mais. Não consigo me pronunciar, nem se quer fazer qualquer barulho.

Meus pais, minha mãe se chamava Ekatherine e está morta, eu sou fruto de um amor, mas um amor proibido e falho de informações.
Meu pai, eu não sei seu nome ainda, não sei se esta vivo ou morto atualmente, mas acredito que não suporto mais informações por hoje, amanhã ou semanas.
Eu provavelmente tenho uma irmã ou um irmão, que talvez tenha minha idade.
E por ultimo, Ekaterine é Gêmea de Natasha, minha mãe uma bruxa obliviada assim como seu marido.

Lágrimas escorriam de meu rosto inconscientemente, Dumbledore não disse nada apenas me deixou chorar em sua companhia. Acho que ele sabe que palavras não mudariam nada nesse momento.

- Eu... professor?

- Sim Ellyna? - ele me observava calmamente.

- Eu... eu estou... confusa, quero ir para meu dormitório, o senhor me libera por hoje? - eu olhei para ele com olhos vermelhos de choro, ele acenou com a cabeça - Eu voltarei quando estiver.... melhor.

- Tenha uma boa tarde Srta. Ellyna. Me procure quando se sentir melhor.

- Sim senhor professor - minha voz era baixa e embargada, mas ainda estava decifravel.

Eu sai do escritorio do diretor e desci a gargula a passos lentos e desajeitados.
Palavras e as cenas do meu sonho se misturavam, meu estomago esta virado, eu não me sinto nada bem. Andei lentamente sem rumo pelos corredores e eu nem sei qual caminho peguei ou em que momento disse a senha para o retrato da mulher gorda, so voltei a mim quando senti um cheiro doce em minha volta e cabelos volumosos me envolverem, Hermione me abraçou, ela estava sozinha na comunal e não disse nada so me abraçou, sentamos no sofá, a lareira queimava bem menos, a tarde estava fria.
Eu encarei a Mione minutos depois, e soltei as palavras com mais lágrimas quentes.

- Dumbledore falou... meus pais biologicos... sobre sabe - me sentia perdida, eu mesma não entendia o que falava para Mione.

- Você precisa descansar, esta vermelha e com o corpo muito quente, ficar aqui vai te deixar resfiada - ela segurou minha mão - Venha vamos para o dormitório. Depois você me conta tudo - ela deu um sorriso de conforto.

Nós subimos e eu me deitei, minha cabeça latejava e não demorou muito para que o cansaço e estresse me fizesse apagar de sono. A noite caiu e foi uma das piores.

***Autora on.

Mesmo com a tempestade fria que se formou ao lado de fora, o corpo de Ellyna não parava de suar e tremer, ela não ficava quieta um segundo se quer em uma posiçao na cama, se debatia como se estivesse com dor.
As meninas no quarto estavam acordadas e assustadas com o estado de Ellyna. Lilá foi aos tropeços atrás da profa. McGonagall, a situação estava desesperadora.
Foi o tempo de a professora chegar ao dormitorio das meninas e conjurar uma maca e guia-la ate a ala hospitalar.
Madame Pomfrey ficou horas em preparos de poções em companhia com Prof. Snape mal humorado, mesmo assim a febre de Ellyna não abaixava, ela suava e se debatia e parecia sentir uma dor horrível a cada expressão fechada em seu rosto. Era visível que de alguma forma a garota estava sofrendo.

Mesmo pela manhã nada tinha mudado, Hermione, Rony e Harry visitaram ela pela manhã e se debatia menos, mas suava e arfava como se tivesse corrido todo campo de quadribol.
Mione segurou a mão esquerda de Ellyna e Harry a mão direita, enquanto Rony estava sentado em uma cadeira ao lado da cama apoiando sua cabeça em uma parede proxima.

- Eu não entendo, como ela não acordou ainda? - Harry se pronunciou acariciando discretamente a mão de Ellyna.

- Ontem ela chegou a tarde na comunal estava muito mal, chorava e dizia coisas sobre os pais verdadeiros, e durante a noite começou a ficar assim - disse Hermione prestes a chorar.

Rony esboçou uma careta e virou o rosto para ninguem olhar, mesmo que ninguem fosse lhe dar essa atenção no momento.
Ninguem notou, mas Draco Malfoy estava na porta, observando ela de Longe, sua respiração era pesada, mas não o suficiente para chamar atenção dos três. Antes que o trio saisse da ala hospitalar, Malfoy ja tinha virado um corredor, sumindo por ele.

***Ellyna POV.

Me sinto fria agora, são tantas cores que vejo, parece que minha boca esta amarga e eu estivesse afundando em um lago com a superfície congelada e não tem por onde eu sair, meu corpo doi.

Que sonho é esse que eu não consigo acordar?
Vejo pequenas cenas em terceira pessoa, será que eu morri?
Minha mãe e meu pai adotivos me abraçando antes de eu vir a hogwarts.
Algumas cenas no jantar.
Estou chegando em algum lugar. Estou cansada.
A não aquele dia novamente não.

Ellyna Mevel É Uma Bruxa.Where stories live. Discover now