Ellyna Mevel É Uma Bruxa.

Problemas. 19

Acordei com Mione me balançando e me chamando baixinho para que eu não assustasse, estávamos chegando e precisavamos por os uniformes.

Quando o trem finalmente parou na estação de Hogsmeade, nós caminhamos até as carroagens e subimos, não vimos os meninos em lugar algum, então encontrariamos eles no salão principal, era o que Mione repetia pelo caminho.

- Eu acho que sua amiga está nervosa com o sumiço deles - disse Conan entre meus cabelos.

- Tambem acho e não só ela - Mione nem se quer prestou atenção em mim.

Fizemos o caminho direto até a mesa da grifinória, ficamos em um lugar visível, quase não tinhamos esperança deles aparecerem.

- Rony não ia perder a seleção da Gina - disse Mione, pensando se ia comer ou não.

- Ai esquece Mione, se aconteceu alguma coisa vamos saber logo - eu ponderei - Eu só espero que não seja nada... Digamos, algo louco.

- Bem, aqueles dois juntos eu duvido - ela suspirou - Eles com certeza subiriam em uma vassoura e viriam voando - nós rimos.

- Certo, agora estou muito preocupada - a comida apareceu - Vamos comer, não vou morrer de fome por causa deles.

Mione riu da minha cara emburrada e também começou a comer.
Nós subimos para a torre da grifinória, e assim que chegamos, nos deparamos com os dois sentados nos esperando. Nós os olhamos furiosas e imediatamente começaram a tentar se explicar.

- Vocês fizeram o que? - gritei brava.

- Vieram com o carro, ficaram loucos? - completou Mione.

- Vocês dois tem algum cérebro? Você tem a droga de uma Coruja pra quê Harry? - eu sacudi Harry com raiva - Ficamos preocupadas com vocês esse tempo todo, sorte que vocês estão vivos... Quer saber eu vou dormir, ótima noite pra vocês dois - subi as escadas como se elas fossem o meu problema. Ainda ouvi Mione dizer "ela tem razão, Lyna me espera".

Acordei bem cedo, cedo o suficiente pra Mione estar dormindo ainda. Tomei um banho frio, me arrumei e desci para sala comunal.
Olhei ao redor, Harry estava dormindo em uma das poltronas de frente a lareira já apagada, eu suspirei.

- Harry - chamei ele calmamente - Harry? - toquei em seu braço gelado, esse idiota passou frio a noite toda? - Acorda Harry - eu o balancei, e ele abriu os olhos.

- Lyna? - ele ajeitou os óculos.

- Não o fantasma da mulher pálida - falei meio brincalhona - Você dormiu aqui na sala comunal, vá por uma roupa quente, você está muito gelado.

- Eu ahh, eu tava te esperando - ele se espreguiçou - Eu quero te pedir desculpas, não quero você brava comigo.

- E passou frio por isso - coloquei minha mão na testa - Você tinha o dia inteiro pra falar comigo Harry.

- Tinha - ele encolheu os ombros sem se importar.

- Vá trocar de roupa, se quiser descer comigo para o salão principal eu te espero, mas ainda da pra dormir um pouco.

- Não, eu já desço - ele correu escada acima.

Me joguei na poltrona que o mesmo estava, ele não precisava fazer isso, não é tão importante assim. Por mais que eu pense isso, fico feliz que ele tenha se importado, e ao mesmo tempo quero que ele crie juizo nessa cabeça de vento. Suspirei mais uma vez e ri sozinha.

- Ta rindo de que -  ele apareceu já trocado ao lado da poltrona e eu nem percebi. Me fez saltar.

- Ai garoto que susto - eu senti minha bochecha queimar - V-Vamos, preciso levar Conan para fora.

- Ok - ele me seguiu pelo buraco do retrato.

O dia foi uma bagunça, o assunto do momento foi os dois que chegaram na escola em um carro trouxa voador. Eu achava que não ia piorar, e claro me enganei, na hora do almoço Rony recebeu uma carta, nada mais nada menos que um berrador. Ele olhou aterrorizado para aquele envelope vermelho, eu entendi o porque logo em seguida.

- RONALD WEASLEY COMO VOCÊ SE ATREVEU A ROUBAR AQUELE CARRO, ESTOU TOTALMENTE DESGOSTOSA, SEU PAI ESTA ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO E A CULPA É TODA SUA. É claro que não foi sua culpa Harry querido.

Estava um silêncio mortal no salão enquanto aquilo gritava, tive a sensação que Snape sorriu com aquilo, se ele mostrasse outra reação alem de ódio e desprezo, eu com certeza acreditaria.
Rony não chorou mas estava mais vermelho que tudo, Harry estava de cabeça baixa quase encostava em seu prato de comida.

Depois que aquilo terminou de gritar com a voz da Sra. Weasley, o papel pegou fogo, deixando so as cinzas e as pessoas nos olhando. Hermione olhou das cinzas para Rony, mas se manteve em erguer as sobrancelhas e entortar a boca em um "bem feito" , eu apenas acenei com a varinha para limpar a sujeira, mas não olhei para ninguém.

O final das aulas foram pura fofoca sobre o berrador, Rony quase não abriu a boca.
Ele falou apenas para se despedir quando eles iam para a detenção.

- Bem, nos vemos no jantar - Harry confirmou com a cabeça e assim eles seguiram caminhos diferentes. E eu e Mione fomos até a comunal guardar nossas coisas e esperar o jantar.

Depois de algum tempo Harry não apreceu no jantar, estavamos esperando Rony terminar de comer para procura-lo na sala de Lockhart.

- Matar - Eu ouvi alguem sussurar.

- O que disse Mione? - eu olhei para ela sem entender.

- Que Harry não comeu nada, ja vai acabar o horario - ela pensou.

- Vamos guardar um prato... - eu não acabei a frase.

- Deixe-me Matar - Mione apenas concordou com a cabeça e começou a preparar alguma coisa.

- Você ouviu?

-  O que? - ela perguntou sem olhar para mim.

- Eu acho que ouvi...

- Acabei, vamos buscar o Harry - Rony me interrompeu se levantando.

- Ok - eu levantei também.

Corremos ate o encontro de Harry que parecia assustado, a voz continuou, e Harry pareceu ouvir tambem.

- Vocês estão ouvindo? - ele perguntou olhando para os lados. Eu concordei, mas Hermione e Rony pareceram não entender.

- Ouvindo o que Harry? - eles se entreolharam.

- Essa voz - ele completou me olhando.

- Não tem voz nenhuma Harry - ela olhou pra mim também.

- Você ouviu né Lyna? - ele perguntou apreensivo.

- Ouvi, parece que vai matar alguém.

- Mas a gente não ouviu nada - Rony disse um pouco assustado.

- Sinto cheiro de sangue - eu e harry nos viramos para a parede.

Harry começou a seguir a voz se encostando nas paredes, para ver se encontrava o dono. Foi a pior coisa que podíamos ter feito naquela noite.