Todas as Memorias. 12

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Me sinto quente, as cores giram, estou com sede, minha boca esta mais amarga e respirar dói. Sinto que estou perto do fogo, ouço meus amigos falarem meu nome, mas não consigo se quer fazer força, me sinto espaçosa, como se eu fosse uma cama inteira ocupando espaço.

Esta sendo assim, não consigo acordar, estou com dor e quero vomitar, mas meu corpo não me obedece mais, sinto minha magia ser usada de alguma forma. Alguem me ajuda, alguem me faz melhorar, so consigo sonhar com tempestades e raios, e o mesmo sonho sobre minha mãe e o armário.

Por fim, ouço bem de longe a voz de meu pai, chamando por mim e eu não consigo responder. Se eu continuar lúcida e neste estado eu vou enlouquecer.

*** autora POV.

Duas semanas se passaram e com muito esforço de madame Pomfrey e os professores, Ellyna não morreu em colapso. A magia dela empurrava as pessoas que chegavam perto dela e algumas vezes apenas tinha uma pequena explosão de energia a sua volta.

Hoje é o segundo dia que a febre esta baixa o suficiente para não ter riscos.

*** Ellyna POV.

Eu abri meus olhos lentamente, não havia muita claridade, só um por do sol baixo, minha cabeça esta pesada e minha visão não foca, mas consigo reconhecer a ala hospitalar, vejo que tem alguem sentado na cadeira ao lado da minha cama, estou tentando distinguir.

- Gruff - foi o som que saiu da minha garganta.

- Elly, você acordou - era Harry, ele segurou minha mão - Como se sente?

- ... - não consegui responder, as palavras não processavam, mas eu tentava focar em seu rosto.

- Vou chamar a Madame Pomfrey - ele soltou minha mão e saiu.

Eu fiquei quieta aguardando eles. Eu não consegui responder nada para madame Pomfrey.

- Ela ainda esta delirando - NÃO, NÃO ESTOU - Vou trazer uma poção para ela descansar bem agora, ela teve tempos difíceis. Sr. Potter peço que suba para sua sala comunal, deixe-a descansar.

- Só mais cinco minutos Madame Pomfrey, assim que ela adormecer eu vou - ela o olhou fixamente - Eu prometo.

- Certo, cinco minutos Sr. Potter - eu ouvi seus passos se afastando.

- Eu espero que você esteja melhor amanhã - ele estava em pé me olhando - Temos tantas coisas pra te contar - ele deu um sorrisinho divertido e eu tambem movimentei meu rosto.

Eu fui adormecendo e senti a mão quente dele sobre minha cabeça e um murmuro de "descanse, eu volto ama..."

***

Eu acordei, consigo enxergar direito agora, me sinto exausta e dolorida, mas finalmente consigo me mexer.
Tem alguém apoiado na minha cama.

- Mãe?

- Elly, minha querida, até que enfim você acordou - ela me abraçou delicadamente - Pensei que não ia mais acordar.

- Eu não estou entendendo Mãe - minha cabeça doía só de pensar - Como... como a senhora está aqui? - eu me esforcei para sentar.

- É uma longa historia minha querida - eu a olhei chateada - Mas vou te contar assim que sair dessa cama.

- Cadê o papai? - perguntei quando olhei ao meu redor e não o vi.

- Ele teve que resolver muitas coisas com o ministério - ela suspirou pesadamente.

- Com o ministério ... com o ministro da magia?

- Você sempre consegue informações ne? - ela soltou uma risada.

- Isso significa que vocês... vocês recuperaram as memorias obliviadas?

- Bem sim, mas vamos explicar depois, quero que você descanse ok? - ela acariciou meus cabelos - Seu pai e eu vamos cuidar disso agora.

- Ta bem...

- Seus amigos estão loucos para te ver, posso deixar eles entrarem? - eu concordei.

Alguns minutos depois que ela saiu, Harry, Rony e Hermione entraram e ficaram a minha volta na cama.

- Elly! Até que enfim você acordou - Mione me abraçou delicadamente, Rony parou ao meu lado colocando algo na cabeceira da cama, Harry por fim segurou minha mão.

- Temos tantas coisas para te contar - diz Rony empolgado.

- Calma Rony ela acabou de acordar - Mione o olha ameaçador.

- Mas ela tem que saber o que descobrimos - ele quase cochichou.

- Ta bom crianças, essa menina teve tempos difíceis e precisa de descanso - disse madame ponfrey

- Mas acabamos de chegar e ela acabou de acordar - Exclamou Rony indignado.

- Depois vocês podem vê-la de novo, vamos andem, vocês tem aulas pra assistir - insistiu ela.

- Vão, vejo vocês amanhã, venham mais cedo - eu sorri um pouco forçado.

Eles se foram e a Madame Pomfrey me deixou ficar um pouco sentada na cama, mas eu tive o que fazer, olhei para o lado, na mesinha do lado da cama, tinha uma carta, e era de Draco.

" Oi, desculpa não ir te ver, todos os momentos que eu tento ir ja tem seus amigos por perto, você sabe que não me dou bem com eles né?

Enfim eu não consigo entender nada do que aconteceu com você, só ouço coisas irrelevantes pelos outros, e ninguem me explica nada, tentei perguntar ao Potter, mas aquele Weasleyzinho atrapalhou, se bem que não acho que o testa rachada fosse dizer algo util.

Quero te desejar melhoras e que você possa sair logo da ala hospitalar, quando puder me mande uma coruja, quero saber sobre você, de você mesma.

Um por um, Draco Malfoy. "

Como Draco consegue ser tão frio e fofo ao mesmo tempo, isso é um dom que deve ser investigado.
E ainda ganhei um sapo de chocolate, se não estivesse tão confusa, diria que esse sapo de chocolate melhorou meus problemas.

Ficar acordada me deu tempo para organizar um pouco meus pensamentos.
Eles ficaram vagando em como meus pais chegaram aqui em Hogwarts e como já tinham tirado aquela magia deles. Por que minha mae ja não me esclareceu a história?

Madame Pomfrey veio me verificar e me dar uma poção de energia. E eu consegui perguntar o que tinha acontecido.
Ela me explicou que emoçoes fortes podem nos deixar doentes mais rápido do que parece.
Eu contei a ela sobre as cores que via enquanto estive dormindo. Ela me contou sobre minhas explosões acidentais de magia e que todas aquelas cores são parte da nossa magia interna, em crianças elas são bagunçadas, sempre vão variar conforme as emoções, mas quando concentrados, conseguimos ver nossa áurea mágica e qual o nosso núcleo mágico.

Ellyna Mevel É Uma Bruxa.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora