Eu finalmente sai da ala hospitalar, e neste exato momento estou na sala de Dumbledore, acredito que só ele possa me ajudar a organizar e absorver as informações recentes.
- Vamos por partes então professor - disse eu balançando as pernas por não alcançar totalmente o chão.
- Pode começar Ellyna - ele me incentiva.
- Minha mãe morreu para me salvar, e meu pai ainda esta vivo, o qual não teve coragem de me criar.
- Eu não diria assim - ele ponderou.
- Ele foi covarde professor - disse tranquilamente - Pelo menos ele me entregou a alguem de confiança.
- Agradeço o elogio - eu sorri sem querer.
- Tá, Natasha é minha tia por lei assim como Erick .... E eles me criaram por um pedido seu. Porém uns dias depois fomos atacados e tivemos as memórias bloqueadas. Por um selo que está/estava ligado a mim.
- Exatamente, e hoje o ministro da magia entende que não adiantaria continuar tentando reverter as memórias, pois não foram apagadas e sim bloqueadas.
- O ministério vai descobrir quem fez? - perguntei nervosa.
- Com toda a certeza, ainda mais com as testemunhas que são seus pais.
Ja que o selo foi rompido será muito mais fácil, assim como suas memórias virão, a deles tambem voltará.- Entendi. Parando pra pensar, foi uma magia bem forte que fizeram certo? Um Bruxo das trevas professor?
- Precisamente.
- Entendo. Eu futuramente vou saber quem é meu pai professor Dumbledore?
- Futuramente. Olha veja a hora, talvez você ainda consiga participar do almoço com seus amigos, eles devem estar sentindo sua falta - ele piscou para mim.
- Vai ser ótimo, estou com fome e vou comer que nem o Rony hoje - eu ri e Dumbledore esboçou um sorriso divertido.
- Nos vemos amanhã Srta. Mevel.
- Ate mais professor Dumbledore.
***
Cheguei ao salão principal estava começando a se encher, não vi meus amigos nesse meio, sentei em um lugar visível na grande mesa e fui surpreendida por mãos em meus ombros por um Fred e um Jorge.
- Ate que enfim apareceu a margarida... - Fred.
- Achamos que ia ficar naquela cama para sempre... - Jorge.
- E iamos ter a incrivel visão de um Potter e um Malfoy em rios de lágrimas... - Fred
- E não esqueçamos de Rony que parecia atordoado... - Jorge
- Que comeu tão pouco nesse tempo - Fred.
- Taaa, vocês exageram muito, ate parece que Rony ia parar de comer - eu ri.
- Ela tem Razão - Rony chegou ja comentando e me abraçou apoiando seu queixo em minha cabeça, senti imediatamente meu rosto queimar.
- Não tem não - Mione se juntou e sentou ao meu lado me abraçando - Ele definitivamente recusou a sobremesa.
- Ah Mione não enche!! - ele tinha as orelhas da cor dos cabelos, eu sorri para Rony.
- Oi - Harry se sentou ao meu lado, parecia levemente emburrado.
- Oi Harry - eu sorri, mas parece que isso não o animou muito. Olhei de Rony para Mione - Aconteceu alguma coisa? - disse sem som.
Os dois deram de ombros.
Foi assim o almoço, Harry não dizia muitas coisas.
Quando chegamos ao salao comunal, Mione subiu correndo para o dormitório, Rony ficou la no Salão principal com Fred e Jorge, eu me joguei na poltrona perto da lareira, estava louca para me esquentar, e Harry sentou no sofa ao meu lado.- Harry - chamei sua atenção - Aconteceu alguma coisa?
- Não - ele respondeu como quem não quer nada.
- Amm, só você não me abraçou hoje... - aahh não era pra ter falado isso
- Ah é, humm - ele levantou e eu repeti o movimento automaticamente.
- Humm - aah - Vai me abraçar?
- Vou - ele se aproximou e me deu um abraço quente - queria ter sido o primeiro a fazer isso, Rony fez primeiro - nos soltamos.
- Você estava emburrado por causa disso?
- Hum é - ele chacoalhou os ombros.
- Que bobo, todos podem me abraçar, não vai ser menos especial ser o segundo menino.
- Eu sei ... - as bochechas dele ganharam uma cor rosada.
- Vou por uma roupa mais quente, vamos la fora, ai você me conta as novidades?
- Ok.
***
Estava uma tarde fria, mas não ventava. Nos nos aproximamos do lago e nos sentamos em baixo de uma arvore.
- Obrigada por sempre ir me visitar na ala hospitalar Harry - eu estava encolhidinha - Eu fiquei muito feliz.
- Não tinha como não ir - ele estava com as bochechas coradas, imagino que não seja só o frio - Você é uma de minhas melhores amigas, eu fiquei preocupado.
- Mas tem tanta coisa acontecendo, não precisava ir todos os dias.
- Precisava sim, e eu fui - ele pareceu emburrar, fofo.
- Bem mas vocês conseguiram descobrir?... - Me juntei mais perto - Sabe, sobre a pedra e o professor - cochichei para ele.
- Sim, nos temos um plano, mas Mione sabe explicar melhor - ele estendeu o braço para eu abraçar - E... Rony tambem quer te contar.
- Entendi.
- Me conte o que aconteceu afinal?
- hum, descobri sobre os meus pais. Tinha um tipo de selo em mim que bloqueava nossas memórias.
Minha mãe morreu, e meu pai está vivo e não me criou, ainda não sei quem é.
Minha mãe adotiva é irmã gêmea da minha mãe verdadeira, ou seja, ela é minha tia.
Olha só, moro com meus tios que nem você.- Seus "tios" são legais, os meus teriam ficado felizes se não conseguissem me salvar, jamais eles viriam aqui.
E você não tem um primo como o Duda.- Tem razão não tenho, mas não precisa me atacar assim - olhei pra ele chateada.
- Eu não quis dizer dessa forma, me desculpa Ellyna - ele soltou um ar pesado.
- Tudo bem, imagino como deve ser ruim pra você com seus tios - uma ideia passou pela minha cabeça - Mas se você não gosta de lá, passa as ferias na minha casa, mamãe e papai vão adorar conhecer você - eu sorri.
- É tentador - ele riu - vou tentar ir nas férias.
Ficamos mais alguns minutinhos batendo papo.
- Ellyna, acho melhor nós irmos para dentro - ele pareceu chateado - alem de estar frio, eu tenho aula ainda hoje e você muita lição pra fazer.
- Eu tinha esquecido, Hermione vai me matar - levantei em um salto, quando Harry se levantou segurei a mão dele e o puxei ate o castelo - Vamos.
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Ellyna Mevel É Uma Bruxa.
FanfictionEu sempre soube que fui adotada, apesar de todos dizerem que eu poderia tranquilamente falar que não, pois eu me pareço com ela. Eu não sabia sobre mim mesma, descobri a pouco, não estou brava nem nada, acho que é muita coisa para processar em tão p...