BAIRRO ALTO

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Ecos sobejos dançavam entre as ruas congestionadas do fa‑ moso bairro de Lisboa largando um calor humano eletrizante. Pedaços de sombras manchavam as paredes brancas na mistura de vultos entusiasmados com o final de semana. A confusão entre os bares e as canecas de cervejas era imensa, alguns entusiasmavam‑se rasgando as camisas revelando pitadas de nudismo para policia ver e reprovar.

Daniel repousava apreciando o ar quente da cidade pela primeira vez ao ritimo da sua caipirinha tentando fisgar alguma mulher interessante. Acendou um cigarro e percorria a mesa numa ansiedade tentando encaixar‑se naquela adrenalina que embrigava os jovens.

‑ Por favor uma vodka preta para começar – A morena de lábios deliciosos chamou‑lhe atenção.

‑ Eu quero outra dose de caipirinha para acompanhar esta mulher bonita – A moça sorriu e baixou o rosto consentindo o elogio.

‑ É novo por essas bandas creio e muito obrigada pelo elo‑ gio! – A portuguesa entrou na conversa piscando os olhos para o latino extasiado com toda classe.

‑ Sim sou novato por aqui me mostra Portugal e seus encan‑ tos? – Daniel atirou‑se na ressaca por companhia.

‑ Hum... Não sei, nem sequer o conheço bem, quem me garan‑ te que não é um bandido e que vai me fazer mal?

‑ És um placer conhecer uma ninã tão hermosa, nunca me passaria fazer‑te mal, me chamo Daniel e procuro novas aventu‑ ras aqui em Portugal, soy empresário.

‑ Muito interessante, Catarina. Eu gosto de aproveitar esta energia da cidade passear por ai e conhecer novas pessoas, novas culturas enfim, sou uma cidadã do mundo. Bem‑ Vindo a Portugal, negocios então?

‑ Sí, na verdade é que estou de férias. És modelo?

Catarina soltou um pequeno sorriso encarando aquelas pa‑ lavras como uma provocação. Era verdade que exibia um corpo


bonito tinha algum charme e boa conversa, mas Daniel estava longe de saber o que ela realmente era, mas Catarina apressou‑

‑se em revelar‑se para dar mais fogo aquela conversa que os separava no meio metro. Descruzou as pernas revelando a nu‑ dez por baixo da saia e timidamente passou a mãos pelos longos cabelos, sorrriu e depois olhou‑o com algum deleite medindo a consequencia da sua provocação e encarrou‑lhe seriamente. O latino então entendeu o recado entusiasmando‑se para a sua in‑ vestida final. Ligou subitamente seus olhos assassinos que ainda não tinham sido encarados com seriedade por Catarina.

‑ Então você é uma pessoa disponivel...

‑ Como podes ver ofereço companhia a pessoas solitárias principlamente aos estrangeiros – Catarina saboriou a sua bebi‑ da com muita sensualidade.

‑ Disponivel... O que acha de mim?

o assassino de corações - Falsa SubmissãoWhere stories live. Discover now