08~Fazenda

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Elizabeth Grimes.
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Carl havia levado um tiro e estava dasacordado naquele quarto a horas. Eu já havia visto esse filme, e não gostei nem um pouco.

Shane havia saido com Otis, o atirador,  em busca de equipamentos para operar Carl. Maggie, filha mais velha de Hershel, dono da fazenda que estávamos, havia buscado Lori na estrada e avisado o resto do grupo.

Eu andava de um lado para o outro com Glenn e Pietro me observando, T-Dog estava sentado em uma das poltronas comendo algo que Patrícia, esposa de Otis, havia le dado.

-Você vai fazer um buraco no chão.—T-Dog falou me olhando.

-Eu vou fazer um buraco na testa do Shane, isso sim.—Falei irritada. Por que estavam demorando tanto?!

-Lolla se acalma ou você vai ter um ataque, sem contar com o tanto de sangue que você já doou, precisa comer e descansar ou vai desmaiar.—Pietro falou aquilo pela terceira ou decima vez só nessa noite.

-Eu estou bem, precisamos focar no Carl.—Falei roendo minha unha do polegar.

-Ele acordou!—Patrícia falou saindo do quarto.

Entrei no quarto correndo vendo Carl acordado, me aproximei agachando ao lado da cama.

-Tia... você viu o cervo não é, viu como ele era lindo.

-Eu vi sim meu amor.

-Ei carinha.—Pietro falou se aproximando.— Você me deu um susto sabia, estão todos preocupados com você e–

A fala de Pietro foi cortada com Carl apagando novamente.

-Carl...

O garoto começou a se contocer me deixando deseperada, tentei segura-lo mas Pietro me afastou rapidamente.

-É uma crise epiléptica.—Harshel falou vendo nossas reações.

-O que podemos fazer?—Lori perguntou.

-Esperar passar...

Apenas deixei Pietro me tirar do quarto, eu não aguentaria ficar vendo aquilo, meu pirralho estava sofrendo. Abraçei Pietro escondendo meu rosto no seu pescoço, e lá estava ele, ao meu lado novamente em um momento difícil.

Me afastei dele esfregando meu rosto com as mãos, me virei rapidamente para a porta que havia sido aberta, mas não vi quem era, minha visão virou um borrão.

Dei um passo para trás me sentindo tonta, quando tudo ficou preto derrepente, senti alguém me segurar e escutei uma porta abrindo. O som estava abafado como se eu usasse fones de ouvido.

Ela comeu despois da doação?. Uma voz conhecida perguntou.

Não, ela estava preocupada demais e ignorou todos os meus pedidos. Outra voz soou ao meu lado.

Os batimentos estão fracos.

Eu não sentia nada, meu corpo estava em uma dormencia inexplicável. Então tudo parou...

[...]

Era macio, eu estava em uma superfice macia. Senti também algo quente na minha mão.

Tentei abrir os olhos mas a claridade me cegou. Forcei minha mente a lembrar de algo. Era como um véu, eu via algumas coisas mas o maldito véu dificutava minhas tentativas.

Então cirenes apitaram na minha cabeça, me fazendo sentar em um pulo. Carl...

Olhei ao redor percebendo que estava em um quarto com paredes de cor gelo, passei a mão pelo cabelo sentindo meus fios que estavam soltos agora, minha mão direita tinha um esparadrapo que protegia o tubo do soro pendurado na cabeceira, me preparei para levantar quando a porta abriu me parando.

Love Between Arrows-Daryl DixonWhere stories live. Discover now