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27 de novembro de 2023São Paulo, Brasil

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27 de novembro de 2023
São Paulo, Brasil

Ladrão.

Piquerez, além de roubar meu coração, tá roubando minha irmã.

Joaco e Maju não paravam de conversar sobre o filme que a gente assistia.

Eu estou surtando pelo simples fato que a minha cabeça estava apoiada em seu ombro. Eu sentia que a gente era um casal naquele momento.

Eu obviamente já tinha colocado uma calcinha e um short curto preto, não iria ficar praticamente pelada aí, né?

A mão de Piquerez foi para minha coxa, a alisando e apertando. Como se respira?

- Vou no banheiro. Segura aqui, Lana. - Jogou o seu ursinho em meu colo, se levantou e foi ao banheiro.

Olhei aquele ursinho, ele era uma fofura. Eu que o dei a Maju, eu não o queria mais e tinha que dar alguma coisa para ela, já que era o seu aniversário.

- Gostei dela. - Pique falou enquanto me encarava.

- Quando ela começar a te perturbar, você vai desgostar rapidinho! - Afirmei pausando o filme, Maria Júlia ia odiar se a gente assistir sem ela.

- Eu acho que não... - Joaco disse agarrando minha nuca e me beijando.

Mãe, não sou viciada em droga, mas sou viciada no beijo de Joaquín Piquerez.

O beijo era lento, é diferente de todos os outros. A única coisa que é igual é que me deixa com tesão.

Escutamos um barulho da porta do banheiro se fechando, o que fez a gente se afastar.

- Sua boca está cada vez mais gostosa a cada beijo. - Revirei os olhos enquanto ria.

- Tirou o dia para me envergonhar? - Perguntei.

- Eu? - Perguntou de volta.

- Você! - Respondi sorrindo que nem uma boba.

- Lana, o que é isso? - Maju me perguntou.

Assim que olhei para trás, meu instinto era
pular da janela, mas não fiz isso, até para enterrar tá caro, credo.

Maju segurava a porra de uma camisinha na mão, a porra de uma camisinha que eu nem sabia que tinha aqui.

E outra, nem me lembro de comprar isso! Sem contar que nem uso, né? Comecei a usar por causa do abençoado ao meu lado.

Daqui a pouco esse abençoado vai achar que eu sou a transuda, ou que eu sou a prevenida, ou sei lá!

Alguma coisa ele vai achar.

- Onde você achou isso, garota? - Me levantei depressa e peguei aquilo da mão dela.

- Estava debaixo da sua cama! - Deu de ombros.

- Por que você estava em meu quarto?

O único banheiro que tinha aqui era no final do corredor, achei um absurdo, tenho maior preguiça de ir lá.

- Fui roubar mais um ursinho seu. - Sentou ao lado de Joaquín, enquanto eu fui jogar esse caralho no lixo.

- Por que olhou debaixo da minha cama? - Continuei perguntando.

- Quantas perguntas, Alana, relaxa! - Piquerez disse.

Ia roubar meu urso e ainda vai roubar o meu marido?

Não pedi isso!

- Relaxar? Você sabe muito bem o que é isso e ela é uma criança! - Coloquei as mãos na minha cintura enquanto o encarava.

- Você deve ter esquecido de guardar...

- Eu nem uso isso! - Cruzei os braços.

- Então se não foi você, foi quem? - Perguntou.

Eu sabia quem era, essa pessoa tinha nome e sobrenome:

Ana Clara Borges.

Essa piranha além de sempre estar com macho, tem a chave da minha casa e com certeza trouxe alguém aqui.

- Minha amiga, certeza! - Me sentei ao seu lado, dando o controle para Maju.

- Aquela que foi lá em casa? - E eu assenti.

Voltamos a assistir o filme, mais conhecido com Shrek. Eu estava sentindo como se a gente fosse uma família, meu sonho!

Quando o filme acabou, Piquerez teve que ir embora. Não vou negar, fiquei triste, estava gostando dele aqui!

Acho que o principal ele já fez, conquistou essa criança chata que não gosta de quase ninguém, nem do pessoal da nossa família ela não gosta.

Maju disse que são chatos e muito rígidos, qualquer ironia reclamam. E eu concordo, é minha família, mas não gosto muito deles não.

- Gostei dele, tá aprovado! - Maju afirmou procurando outro filme para a gente assistir.

- E você tem que aprovar algo? - Brinquei enquanto me levantava.

- Tenho!

- Eu vou ali na casa da mamãe, tá? Fica longe da cozinha! - E sai do meu apartamento, indo para o de minha mãe.

Dali saía meu pai, aparentemente furioso e carregava uma mala enorme. Meu Deus!

Eu tentei chama-lo, mas ele me ignorou. Puta que pariu, então foi sério!

Assim que entrei lá em casa, minha mãe limpava o chão, que estava cheio de cacos de vidro.

- Ninguém se machucou não, né? - Perguntei preocupada.

- Apesar que era o meu desejo... Não! - Minha mãe negou largando a vassoura.

- O que aconteceu? - Perguntei me sentando ao seu lado.

- Seu pai está com outra!

Nem todo homem, mas sempre um homem.

Vivendo uma fanfic | Joaco PiquerezTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon