017

5.6K 453 38
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.




30 de novembro de 2023
São Paulo, Brasil

Eu nunca comi tanto igual eu estou comendo agora.

O melhor momento no encontro entre a família é a parte da comida!

Juro, acho que vou sair daqui com alguns quilinhos a mais!

Eu e minha mãe dançávamos. Mesmo após o término com meu pai, ela estava normal, brincava, dançava, bebia e se divertia!

Depois de um tempo eu cansei de dançar e fui me sentar, mas logo veio minha irmãzinha com um rostinho inocente. Tá querendo alguma coisa, certeza.

- Compra um sorvete para mim! - Pediu.

- Agora de noite, Maria Júlia? - Perguntei a encarando.

- Sim, ué! Mamãe tá bêbada, nem vai perceber! - Me abraçou.

- Mesmo assim! Se você ficar resfriada? - Perguntei bebendo um refri que a bonita trouxe para mim.

- Eu me responsabilizo! - Colocou as mãos na cintura e empinou o nariz.

- Olha a sua idade, criatura! Não vou comprar nada! - Neguei.

- Te odeio! - E saiu com um bicão na boca.

Se ela ficar gripada, minha mãe me mata!

Fiquei me balançando ao ritmo da música enquanto bebia o refri - que eu prometi a mim mesma que não iria beber mais. -.

- Já cansou, filha? - Minha mãe perguntou suada.

Não se foi porque estava dançando ou a meno-pausa.

- Já! - Respondi.

- Nossa, nem parece que tem 23 anos! - Se sentou ao meu lado enquanto se abanava.

- Meno-pausa chega para todas, né? - Brinquei.

- Vai chegar também a minha mão no meio da sua cara! - Minha mãe ameaçou.

- Que agressividade com sua filha favorita! - Fingi que estava ofendida.

- Você não tem 8 anos! - Ok, agora estou ofendida! - Estou brincado, não tenho favorita! As duas me estressam na mesma quantidade!

Nossa, eu estresso ela? Logo eu, um anjinho!

- Tô sabendo, dona Fernanda! - Vi minha tia se aproximando com um sorriso no rosto.

- E os namoradinhos, Alana? - Minha ria perguntou.

Na casa do caralho!

- Por aí, tia! E seu marido? - Acabei soltando.

Todo mundo sabe que ele trai ela, até ela sabe, mas ainda continua com ele.

- Preferiu ficar em casa! - Disse séria, logo se retirando.

Eu achei que iria levar um sermão da minha mãe, mas não, ela riu.

- Você viu a cara dela? - Minha mãe falou.

Eu e minha mãe fofocamos sobre a situação da minha tia. Ela também não gostava da minha tia Helena, motivo? Não faço ideia!

Não demorou muito para umas 5 crianças virem na minha direção me chamando para brincar, e eu fui, né? Se não iriam ficar me infernizando até eu ir.

Na minha infância eu ficava parecendo uma velha assistindo novelas de tarde junto com minha mãe, enquanto minhas amigas estavam na rua!

Óbvio que eu brincava também, mas 70% da minha infância foi assistindo novelas e os 30% eu brincava.

Quando eu brincava na rua eu voltava para casa toda ralada, minha mãe ria e dizia que era normal, já meu pai ficava desesperado!

Falando nele, ainda não o vi, ele me mandava algumas mensagens para saber se estava tudo bem e só.

Queria vê-lo, sabe? Conversar sobre o que aconteceu e saber que era a mulher que ele estava, provavelmente deve ser uma prostituta que fica na rua.

Senti algo batendo na minha cabeça e vi que era a chupeta da minha prima Alice, de 1 ano. Fiz uma careta de dor e olhei para a mesma, que estava chorando.

- Desculpe! - Minha tia mais nova se desculpou.

Ela era a mais legal, eu a via mais como uma amiga, sempre conversava com ela sobre tudo, tipo, tudo mesmo!

- Tudo bem! - Fui até a minha prima e deixei um beijo na testa.

Por que bebês são tão cheirosos?

Escutei algumas batidas na porta, preferi poupar a voz da minha mãe e fui atender.

Eu achei que era algum parente meu que chegou atrasado, mas especificamente meu tio.

Mas não vou negar que fiquei surpresa ao ver quem era do outro lado da porta.

- Piquerez? O que está fazendo aqui? - Perguntei.

Ele usava uma regata laranja - que destacava bastante seus músculos - e uma bermuda preta.

- Vim entregar o sorvete da sua irmã! - Respondeu.

Mentira que essa menina pediu para ele!

- Não acredito que ela pediu para você trazer o sorvete dela! - Passei a mão pelo meu cabelo, o ajeitando.

- Você poderia ter comprado para ela. -Fez um biquinho fofo.

Um anjinho...

- Ela pode ficar gripada, sabia? - Toquei em seu braço.

- Uma vez na vida não faz mal! - Me puxou pela minha cintura enquanto encarava meus lábios.

- Faz sim! - Afirmei passando meus braços em volta de seu pescoço.

Joaco fez um barulho para eu ficar em silêncio e me beijou. Meus amigos e minhas amigas, que beijo!

Um beijo normal já é uma delícia, agora o beijo de Joaquín Piquerez é inexplicável

- Você veio! - Escutei a voz de Maju.

Me separei de Joaco e olhamos para Maria Júlia, que tinha um sorrisão no rosto.

- Vim e trouxe o seu sorvete! - Piquerez esticou a caixinha, vi Maju abri a caixa rapidamente e pegar um pote de sorvete.

- Obrigada! Vem, vou te apresentar para a minha mãe! - E puxou Piquerez até onde minha mãe estava, com as minhas tias...

Fudeu.

Vivendo uma fanfic | Joaco PiquerezWhere stories live. Discover now