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23 de janeiro de 2024São Paulo, Brasil

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23 de janeiro de 2024
São Paulo, Brasil

Eu estava me arrumando para ir na casa de Piquerez, já que ele vai fazer um almoço na qual irá reunir as nossas famílias.

Eu escolhi um short verde que é 5 dedos acima do joelho, um cropped verde com manga longa e que tinha um decote simples.

Eu estava ansiosa e esperava bastante que minha mãe não fosse com nenhuma roupa relacionada ao São Paulo e meu pai com nenhuma roupa relacionada ao Corinthians.

Quando contei para o meu pai sobre a gravidez, ele surtou no começo, mas depois comemorou junto comigo. Hoje ele queria ir também para conhecer Piquerez melhor, já que na cabeça dele Piquerez é insuportável pelo fato de ser palmeirense.

— Vamos logo, Alana!  — Minha mãe gritou.

Vim me arrumar aqui no apartamento da minha mãe porque Maju tinha pedido. Ela já terminou de se arrumar enquanto eu estava aqui ainda.

— Já vou!   — Terminei de arrumar o meu cabelo e sai do quarto de Maju, que antes era meu.

Volta vida.

Quando cheguei na sala, minha mãe não estava com a camisa do São Paulo, mas o meu pai...

— É sério isso, pai?  — Perguntei encarando com desgosto a camisa do Corinthians.

— Seríssimo! Coloca lá sua camisa do São Paulo.  — Meu pai falou com minha mãe.

— Pela primeira vez falou algo que preste!  — Se levantou e foi para o seu quarto.

— Pelo amor de Deus!  — Cruzei os braços.

— Jorge e Mateus!  — Maju disse balançando seus pés enquanto assistia alguma coisa no celular do meu pai.

— Cala a boca, Maria Júlia!  — Encarei Maju que apenas me deu língua e eu obviamente devolvi.

— Pronto, vamos?  — Minha mãe disse voltando com a camisa do São Paulo.

O que eu fiz para merecer isso?

Entramos no carro do meu pai e o resto do caminho foi resumido em: minha mãe e meu pai trocando farpas e eu e Maju cantando os pagodes que tocavam no rádio.

Ela dizia que estava sofrendo por exatamente ninguém, eu era assim antes.

Quando chegamos no apartamento de Piquerez, minha mãe quase caiu para trás e disse que se recusava a pisar ali, porque iria ser humilhada até a última geração dela.

Fomos até a porta do apartamento de Piquerez, já que a minha entrada já estava liberada. A porta se abriu assim quando eu bati nela na segunda vez.

— Oi!  — Nos cumprimentou, com um pouco de receio do meu pai pela cara dela.

Piquerez deu espaço para a família buscapé entrar, eu fui a última para pelo menos conseguir beija-lo.

— Oi, amor!  — O cumprimentei colocando meus braços em volta do seu pescoço.

— Oi.  — Me deu um beijo e toda vez que ele me beija, parece que é a primeira vez.  — Seu pai vai me matar?  — Perguntou fazendo um carinho em minha cintura.

— Não, relaxa!   — Lhe dei um selinho e logo entramos.

A primeira coisa que eu vi foi meu pai e o pai de Piquerez discutindo. Um com a camisa do Corinthians e o outro com a do Palmeiras.

Relajarse! (Relaxa!)  — Piquerez disse.

Eles conversaram mais algumas coisas na língua deles e logo fomos para a cozinha. Me sentei ao lado de Piquerez, sentindo sua mão em minha coxa apertando várias vezes.

Y el bebé?  — Daniel me perguntou na tentativa de mudar aquele climão que estava na cozinha.

— Ah, está bem!  — Respondi com um sorrisinho de lado.

El periodo de embarazo es complicado, ¿verdad? (O período de gravidez é complicado né?) — A minha sogra falou.

— Muito!  — Confirmei, sentindo o aperto em minha coxa se intensificar.

— Quero comer você.  — Escutei a voz de Piquerez em meu ouvido.

Credo, que delícia.

— Querer não é poder, já te falaram isso?  — O encarei.

— Nem parece que me ama.  — Começou o drama.

— Você foi na minha casa às 2 da manhã porque estava com tesão.  — Falei baixo, vendo o bico do meu namorado.

— Não iria conseguir esperar.  — Beijou meu ombro, mas se arrependeu após meu pai fuzila-lo com os olhos.

Miga, a gente briga mas se ama.

Me lembrei dessa música quando vi meu pai e o pai de Piquerez conversando, nem parece que tinham discutido assim quando chegamos.

Y qué crees que será? (E você acha que vai ser o quê?)  — Camila perguntou se referindo ao sexo do bebê.

— Menino.  — Respondi enquanto sorria.

Nacerá hermoso entonces! ( Vai nascer lindo então!)  — Assenti, concordando.

— Puxando esses dois vai ser lindo mesmo!   — Minha mãe disse, fazendo a gente concordar.

Minhas aulas de Espanhol no Duolingo está fazendo efeito, graças a Deus!

Minha mãe e a mãe de Piquerez ficaram conversando, meu namorado se juntou ao pai dele e o meu e eu fiquei com Maju e Camila conversando. Na verdade, Maju ficou comendo mesmo.

Fiquei feliz ao ver eles assim, se dando bem, isso é ótimo!

Já estava meio que na cara que minha mãe e a mãe de Joaquín iriam se dar bem, o mesmo gosto  — tirando o time  — e também as mesmas opiniões.

Meu pai e o pai dele eu estava desconfiada, já que meu pai é corinthiano roxo e odeia qualquer coisa relacionado ao Palmeiras  — menos eu e a Maju  — e na minha cabeça, não se dariam bem e iriam ficar um ignorando o outro ou iria ficar discutindo.

Realmente não se deram bem no começo, mas agora estão se dando bem.

E que continuem assim, amém!

Vivendo uma fanfic | Joaco PiquerezWhere stories live. Discover now