FESTA

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ANNA.

Já falei que vou Nat

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Já falei que vou Nat... sim seu motorista ja me mandou mensagem... sim, vai me aguardar algumas ruas antes da entrada da favela... eu ja vou Nat!— eu ri do desespero dela, parecia uma criança prestes a ganhar  doce, sei que ela não tem muitos amigos na faculdade, ela é toda alegre e empolgada e muitas pessoas não gostava de ficar perto dela, mas ela parecia que só tinha eu de amiga, uma pessoa rica como ela devia ter varias amigas, mesmo que falsas, mas deveria ter.

  Fiquei pensando no tamanho que seria essa festa, ja que se ela for mesmo rica do jeito que falam, vai ter até repórteres eu aposto. Olhei meu vestido era rosa tomara que caia, a Nat pediu para eu ir de rosa  e era bem colado no corpo todo franzidinho e acima dos joelhos, serei a mais mal vestida não tenho duvidas, eu peguei minha mini bolsa e sai.

      — Onde vai gata assim, minha deusa?— Coringa perguntou saindo da sua casa com seus fiéis soldados.

      — Oi, Vitor, vou na festa de aniversário de uma amiga da faculdade!— eu falei sorrindo.

     — Quer que eu te levo?

      — Não valeu, o motorista dela está me esperando!

      — Xiii patricinha é?

   
      — Ela é legal! Tchau  Vitor!

  Me despedi e fui em direção a entrada da favela, peguei o ônibus e desci para encontrar o tal motorista.

    Quando entrei no carro, parecia muito com o carro dos malucos, e logo fiquei pensando neles, isso já estava ficando chato, toda hora eu ficava pensando neles, parecia quatro pragas tomando conta da minha mente, principalmente o Nico, fico preocupada de ele regredir e alguém machuca lo e o cavalo do Nasser matar e ir preso.

      — Ai, Anna pare de pensar nesses quatro!— eu me ordenei furiosa comigo mesmo.

        — Disse algo, senhorita?— o motorista perguntou.

       — Não senhor!— eu falei envergonhada, agora devo estar parecendo louca falando sozinha.

  Após algumas horas chegamos ao luxuoso bairro e só a entrada era a favela inteira e Paraísopolis era a segunda maior favela de São Paulo, o portão de ferro preto com uma letra L enorme no meio foi aberto e no caminho haviam várias luzes de lado rosa iluminando o caminho, a entrada da casa parecia de filmes. A porta gigantesca, não entendia para que tão grande, era de madeira antiga a casa era antiga da era vitoriana, parecia um castelo de tão grande, um pouco assustadora, mas bonita.

   Quando o carro parou no estacionamento no subsolo, vi uma quantidade absurda de motos e carros, será que era de convidados, porque eram muitos mesmos e a maioria era carro e moto antigos.

        — Oiiiiieee, Anna!— Nat desceu a rampa correndo e pulou em mim, quase caímos.

        — Vamos nos sujar sua doidinha!— eu falei.

APENAS NOSSAWhere stories live. Discover now