2 - Camila Cabello.

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— E então? O que achou do hotel? - perguntei para Daphne no momento em que parei o carro.

— Hm... - ela colocou o óculos na cabeça e analisou o lugar — Já vi melhores. - revirei os olhos.

É sempre assim. Ela sempre arruma um jeito de rebaixar tudo o que eu faço.

— É o hotel mais caro de Los Angeles. - abri a porta do carro e saí, esperando Daphne fazer o mesmo.

— É? Não parece. - ela debochou e seguiu em direção a porta de entrada.

— Ei, espera! - chamei-a.

— Sim?

— Você não vai me ajudar com as nossas malas? - perguntei.

— Não pode trazê-las sozinhas? - olhei-a indignada — Ou chama alguém pra pega-las. Tem gente aqui que é paga pra isso.

— Podemos poupar o trabalho de alguém. - resmunguei, indo até o bagageiro.

— Então poupe o meu. - ela disse e por fim entrou no hotel, deixando-me sozinha.

Isso não é nem uma amostra do que está acontecendo entre nós. Daphne sempre foi uma garota muito mimada pelos pais, e por isso ela é um pouco metida, chata, egoísta, egocêntrica, teimosa, e de difícil convivência. Eu não sei como estou aguentando esses dois anos com ela. Talvez seja por causa da dúvida que eu tenho. Eu simplesmente não sei se ainda a amo, é isso.

Fechei o bagageiro com força e guardei o carro no estacionamento do hotel, depois subi com as malas até a suíte da cobertura, onde Daphne já estava muito bem alojada.

Tirei algumas coisas da minha mala e fui para o banheiro tomar um banho rápido, depois vesti um short jeans curto, uma blusa branca frouxa e sem mangas, e coloquei uma sandália. Por fim, escovei os dentes e peguei minha câmera fotográfica e um boné azul.

— Não me diga que já vai fotografar, Lauren.

— Vou sim. Quer vir comigo?

— Por onde você vai?

— Não sei ainda, mas acho que vou aproveitar que Santa Mônica é aqui perto.

— Urgh, detesto praias. Odeio o vento batendo no meu cabelo e a areia arranhando meus pés. Você sabe o quanto eu pago pra ter pés perfeitos.

Eu juro que tive que juntar forças para não explodir com ela.

— Tudo bem, Daphne. Eu vou sozinha, mas lembre-se que essa viagem é para aproveitarmos juntas.

— E nós iremos, meu amor. - ela passou os braços pelo meu pescoço e me deu um rápido beijo — Mas do meu jeito. Eu tenho passatempos bem mais divertidos do que os seus. - sorriu, fazendo-me abrir um sorriso forçado — Agora vá, mas volte logo.

Daphne e eu somos completamente o oposto uma da outra, mas eu nunca acreditei muito naquela frase que diz que "os opostos se atraem". Pra mim, quanto mais assunto eu tenho com alguém, melhor. Mas isso é algo pessoal e varia de pessoa pra pessoa.

Ela é patricinha demais, e eu sou o oposto. Ela é mais extrovertida, arruma amigos por onde vai, e eu sou mais quieta. É basicamente isso.

Passei alguns minutos andando até chegar no famoso Píer de Santa Mônica. Aproveitei então para tirar a primeira foto, e não ficou nada mal. É um lugar maravilhoso.

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