California Girl

25 - Are you seriously?

Eu não queria postar esse capítulo hoje porque, primeiro: quanto mais longe da fic terminar, melhor. Eu me apaguei muito à ela. E segundo: eu queria manter mistério por mais alguns dias mas aff eu simplesmente NÃO ME AGUENTEI. Tive que postar.

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Lauren's PoV.

Depois de uma longa viagem, parando em diversos hotéis, de diversas cidades, eu finalmente havia chegado em Nova Iorque. É incrível como cada lugar do mundo tem uma aura diferente, porque Los Angeles é o outro extremo do local onde eu morei a vida inteira. São duas ótimas cidades, parecidas em alguns aspectos e bastante diferentes em outros.

Eu havia acabado de acordar, finalmente na minha cama depois de um mês. Fui ao banheiro e tomei um banho demorado a fim de tentar lavar todo o cansaço que estava sentindo. De qualquer forma, eu estou mais disposta do que o normal. Parece meio contraditório, não é? Mas hoje eu vou conversar com meu pai e estou ansiosa para isso.

Vesti-me com uma calça colada preta, uma blusa social branca, e um salto mediano. Por fim, fiz uma leve maquiagem e prendi o cabelo em um coque. Peguei minha bolsa, joguei tudo o que precisaria dentro, e fui até o elevador. Chegando na minha garagem do condomínio, entrei no meu carro e dirigi até o edifício onde funciona a gerência de todos os hotéis e cruzeiros que meu pai tem espalhados pelo mundo.

Eu entrei no prédio da mesma forma que sempre entrava. Fazia questão de sorrir para todos ali, porque, desde pequena, eu aprendi que deveria ser simpática com todos. Meus pais diziam que um sorriso poderia ser capaz de mudar o dia de alguém.

A minha sala fica na cobertura, mais precisamente em frente a do meu pai. Eu entrei para guardar minhas coisas e bati duas vezes na porta da sala dele, não esperando resposta para entrar. Nós precisaríamos ter uma conversa o mais rápido possível.

— Filha! - levantou-se de sua cadeira para me receber com um abraço — Você chegou tarde ontem, desculpe-me não ter ido em seu apartamento.

— Está tudo bem, eu estava cansada de qualquer forma. - abracei-o — Você está bem, papa?

— Fora as dores no corpo, estou muito bem. - ele sorriu — Sua mãe quer lhe ver.

— Eu vou lá quando sair daqui. - assentiu — Pai, nós precisamos conversar.

— Ah, precisamos mesmo. - ele disse com certa firmeza, o que chegou a me intimidar — Sente-se. - indicou uma cadeira em frente a sua mesa e deu a volta para sentar na cadeira onde estava sentado antes.

— Eu ia falar uma coisa, mas creio que você queira falar primeiro.

— Sim, quero.

— Prossiga.

— Bom, basicamente, Daphne veio até aqui e fez um escândalo. Inclusive ela quase quebrou algumas taças com a voz. - meu pai riu — Mas, Lauren, eu pensei que todas aquelas conversas que tivemos quando você tinha 16 anos serviram para alguma coisa. - desviei o olhar do dele — Lembra do que eu lhe falei sobre traição?

— Lembro, pai, lembro sim. Não pense que eu me orgulho do que fiz. Sei que foi uma atitude errada e infantil, mas, por mais que eu tente explicar, você nunca vai entender a confusão inteira em que eu me meti.

— Ela vale a pena? - franzi o cenho.

— Ela quem?

— A garota, Lauren. Eu conheço você e sei que você não trairia sua namorada com qualquer pessoa. A menina teria que, no mínimo, te hipnotizar. - ri.