Em momento de ponderação Roberto comenta:
— Uma vez alguém me disse: "A vida é cheia de alegrias e tristezas. Delicada como a casca de um ovo, ela se resume a apreciações simples que nos são ofertadas por dádivas fabricadas pelo homem e pela natureza (que outras entidades nos dão). Olhos atentos nos vigiam e nos guiam por destinos que nos conduzem a caminhos vastos de aventuras, curiosidades, medos e entusiasmos.
Sonhamos acordados com vidas plenas de felicidades e amores sem fim, nunca querendo seus malefícios. Imaginamo-nos donos de nossos próprios destinos. Mas eis que chega um vendaval de novos acontecimentos, que nos envolve com seu toque funesto de lágrimas e dores. Logo a vida se quebra e espalha todos os sonhos, esperanças, amores e alegrias.
A morte é essa ação involuntária que nos captura em sua trama tão bem armada e nos acorda para a vida verdadeira. Ela nos oferta um novo destino cheio de propósitos e inovações. Uma vida inteiramente nova que conduzimos com outros sentimentos, com outras ansiedades e, claro, novos sonhos. Pois nunca deixamos de sonhar. Não importa o quanto a morte venha nos assustar e nos trazer para a vida real". O nome dele é Daniel de Santana Pelotti. Eu o vi uma vez e nunca mais esqueci suas palavras.
ESTÁ A LER
Sob os olhos da Morte
Mystery / ThrillerQuando se tem a vida de uma pessoa em suas mãos, a única coisa que se passa em sua cabeça é a de não deixar que ela escape. Assim é a vida de Roberto. Um cardiologista que após assistir a morte da sua esposa jurou jamais deixar que outra pessoa morr...