Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VI

Capítulo 14

Depois de algumas horas de viagem, finalmente chegamos em San Francisco. Peter, Flash, Carol e eu descemos do quinjet e fomos em direção a cidade, nos misturando com os habitantes locais.

— Que cidade fofinha — Falei enquanto observava as casas.

Carol concordou assentindo com a cabeça.

— Só você mesmo pra achar uma cidade fofa — Flash comentou.

— Fala sério, olha só essas casas. Em Nova York não vemos muito disso. Lá só tem prédios, um mais alto que o outro. Veja, tem até um bondinho. Pete, vamos andar nele quando essa missão acabar?

Peter assentiu com um sorriso doce. Flash revirou os olhos.

— É aqui — Disse Carol, parando em frente a um prédio de três andares — Ele mora no último.

— Peter e eu vamos na frente. Vocês dois ficam aqui caso ele tente fugir.

Não esperamos eles responderem e fomos entrando no prédio. Subimos as escadas e paramos em frente a um dos apartamentos que J.A.R.V.I.S. dissera ser do Brock. Batemos na porta.

Nada.

— Talvez ele não esteja — Comentou Peter em um tom baixo.

Mesmo assim eu peguei na maçaneta da porta e a girei, vendo que a mesma não estava trancada. Que cara mais largado.

Peter e eu adentramos o local. Estava bem desorganizado e mal cheiroso.

— Que chiqueiro — Falei enquanto observava uma plantinha morta perto da janela.

Havia algumas roupas espalhadas pelo chão e comida azeda em cima da pia.

— Como ele consegue viver assim? Isso aqui está imundo.

— Ele é solteiro e aparentemente não quer saber de namorada — Explicou Peter.

— Vou dar umas aulinhas de higiene a ele.

— Antes ou depois de dizer a ele que tem que regar a plantinha?

— Antes. Bem antes.

Peter e eu observamos mais um pouco seu apartamento, até que ouvimos alguém chegar. Eddie entrou no apartamento e nos olhou com uma expressão surpresa.

— É... Oi?

— Eddie.

— Tão fazendo o que no meu apartamento? Como conseguiram entrar?

— Deixou a porta aberta — Cruzei os braços, séria.

— E quem são vocês?

— Agentes da S.H.I.E.L.D.

Peter me olhou por um breve momento. Ok, não somos bem agentes, mas é quase isso.

— E o que agentes da S.H.I.E.L.D. estão fazendo no meu apartamento? Posso saber? — Ele diz elevando um pouco o tom de sua voz.

— O Diretor Fury quer falar com você.

— Diretor Fury? — Pergunta descrente — Ah, já sei. Eu bebi demais, deve ser isso. Vocês não estão aqui, é tudo da minha cabeça...

Ele não pode estar falando sério.

— Nós somos reais, acredite — Peter disse.

— Eddie, por favor, se entregue sem resistir.

Eddie nos olhou por um breve momento.

— Cala a boca!

Pete e eu nos entreolhamos.

— Foi mal, isso não foi pra vocês. Foi pro parasita dentro de mim — Eddie me olha com uma expressão curiosa — Espera... Você também tem um.

— Bom, eu...

— Eu posso sentir. Você tem um! — Ele sorri — Eu não sou o único.

— Na verdade, tem mais um e ele está lá fora — Comentou Pete.

— Mais um? Mas eu pensei que Venom fosse o único, já que os outros simbiontes morreram.

— Há mais deles na Fundação Vida. Todos devidamentes trancados e seguros.

— Se tem uma coisa em que não confio é na Fundação Vida — Murmurou.

— Não vamos perder mais tempo, Eddie — Eu disse me aproximando dele e segurando seu braço — Fury quer te ver. Agora.

Eddie passou seu olhar de meu rosto para minha mão em seu braço. Eu vi quando seus olhos mudaram de cor de um totalmente preto para castanhos escuros.

— Não vai lhe acontecer nada, eu prometo. Fury só quer fazer umas perguntas.

— Então, por que ele mesmo não veio?

— Ele não pôde.

Eddie me olhou incomodado. Mas eis que sua expressão muda para uma mais calma.

— Que tal fazermos uma troca?

Franzi o cenho.

— ... Uma troca?

— Se eu colaborar, você promete me levar a Fundação Vida?

— Disse que não confiava neles.

— E não confio. Eu só preciso ver uma coisa.

Os simbiontes, imagino.

— Verei o que posso fazer.

— Me prometa — Ele torna a elevar o tom de voz.

— Ok. Eu prometo. Agora vamos.

Eddie saiu do apartamento, deixando Peter e eu a sós.

— Você sabe que é uma péssima ideia, não sabe? — Peter perguntou.

— Prometi que iria levá-lo, mas não disse que iríamos sozinhos.