Capítulo 28

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Horas Depois...

Estávamos de volta ao prédio da Fundação Vida. Flash e Ben ficaram no quinjet enquanto que Peter, Ava, Amadeus e eu seguiamos Alissa para dentro. O mesmo segurança que havia nos barrado estava na entrada e o mesmo continuava me olhando com um ar desconfiado. Qual era a desse cara?

Passamos direto pela sala do Dr. Alan indo para o elevador, onde Alissa apertou o botão do subsolo.

— Alguém, com certeza, vai pra lá também — Comentou Ava.

— Sim, mas eu estive estudando a planta do prédio e achei uma câmara secreta no subsolo. Apenas Dr. Alan e eu sabemos da existência dela.

— E o Alan vai pra lá? — Perguntou Pete.

— Nunca o vi indo para o subsolo desde que trabalho aqui. Já faz um tempo.

— Nem ninguém mais?

Alissa negou, apertando novamente o botão do subsolo. Era nítido seu nervosismo, apesar de tentar se mostrar calma para nós. Quando chegamos ao andar, Alissa saiu apressada do elevador e nos guiu para a Câmara secreta. Ficava atrás de uma estante cheia de produtos químicos e era ativada quando Alissa girava e puxava um dos frascos. A estante se "soltou" da parede e Alissa a abriu como uma porta, revelando a tal sala secreta.

Com o tamanho de um quarto pequeno, a sala continha alguns produtos químicos, uma mesa com alguns papéis e um armário pequeno. Alissa foi até ele e o abriu, pegando o cilindro que continha o simbionte.

— Aqui está ele.

O simbionte era de uma cor violeta escuro e se remexia dentro do compartimento bem lentamente.

— Gwen, se você não quiser... — Peter tocou meu braço, me lançando um olhar preocupado.

— O Cookie precisa, Pete.

— Ok, quem vai ficar com o Cookie? — Perguntou Ava.

— Alguém que não vai participar dessa briga. Que vai ficar em um local seguro — Aconselhou Amadeus.

— Alissa.

Todos me olharam chocados.

— E-Eu?

— Sim, você. Conhece bem os simbiontes, não? Além disso, Cookie não vai te machucar.

— Mas eu nunca tive uma dessas coisas dentro de mim.

— Você não vai nem sentir.

— Ele não vai comer meus órgãos internos, vai?

— Se der batatinhas para ele, vai ficar bem.

— Vamos fazer isso logo — Pete disse em um tom firme — Alissa, vem aqui.

Alissa deu alguns passos curtos em nossa direção, ainda segurando o cilindro. Toquei seu ombro com minha mão livre e deixei que Cookie passasse de mim para seu corpo. Por um momento senti minhas pernas vacilarem e eu perder o equilíbrio, me sentindo fraca. Peter me segurou colocando um de seus braços em minha cintura e colocando um dos meus sobre seu ombro. Olhei para a marca em minha mão. Estava maior.

Alissa ficou um pouco assustada no começo, mas quando percebeu que Cookie não iria fazer nada tomou uma pose mais confiante e abriu a cápsula, colocando-a no chão. Peter me soltou com cuidado e se afastou de mim, com os outros. O simbionte violeta veio lentamente em minha direção e começou a subir pelas minhas pernas, desaparecendo por completo na altura do meu tronco.

Olhei para a marca.

Ela diminuiu lentamente até ficar do tamanho de uma amora.

— Como se sente? — Amadeus perguntou.

— Bem. Muito bem.

— Só eu acho esse plano meio furado? — Ava disse, chamando nossa atenção para ela — Ok, ganhamos tempo para a Gwen e para o Cookie. Mas ela ainda corre perigo por que, literalmente, ela continua com um simbionte dentro dela. Um simbionte que não sabemos nada.

— Vamos ser um pouco otimistas? — Alissa respondeu com um certo toque de raiva na voz — Talvez esse novo simbionte tenha alguma habilidade que não saibamos. E se, sei lá, Anti-Venom não puder matá-lo? É uma possibilidade, não?

— Acho difícil. — Ava cruzou os braços.

— Tem plano melhor?

— Chega! — Falei em um tom alto — Por enquanto é o que temos. Alissa, volte para a base aérea e fique por lá até termos certeza que o Anti-Venom não causará mais problemas.

Alissa assentiu, baixando os ombros.

— Alguém tem que ir com ela. Só por precaução — Ava recomendeu, cruzando os braços.

— Amadeus?

Olhei para ele. Amadeus fez um aceno de cabeça e segurou no braço de Alissa, levando-a para fora.

— Bom, vamos ver esse simbionte na sua verdadeira forma.

Ava e Pete se afastaram alguns passos. Deixando meu corpo totalmente relaxado, deixei que o simbionte violeta tomasse conta de meu corpo. Ele não assumiu sua forma verdadeira, mas ficou por cima de meu uniforme como Cookie faz em combate.

— Alguma diferença? — Perguntei vendo Pete e Ava me olharem de boca aberta.

— Você tem rabo agora — Ela aponta para algo atrás de mim.

— O quê?

Olhei para trás e vi que não passava de uma brincadeira.

— Muito engraçado, Ava.

Ela riu.

— Desculpe, não resisti.

— Vamos. Anti-Venom não vai ser impedido se ficarmos aqui.

Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora