Capítulo 23

376 49 24
                                    

— Com isto poderei fazer algumas pesquisas e saber o que fazer com a... Doença — Disse Dr. Alan tirando meu sangue com uma seringa.

— O mais provável é que usemos os anticorpos monoclonais — Ressaltou Kate.

— Anticorpos monoclonais?

— Eles tratam doenças e até alguns cânceres. É como uma ajuda para o seu sistema imunológico. Algo como...jogadores de time em banco reserva.

— Vamos torcer para que dê certo — Alan disse, retirando a seringa e colocando-a em uma bandeija.

Kate ficou para fazer alguns exames e também para fazer algumas perguntas. Quando Alan terminou de fazer os procedimentos, ela sentou ao meu lado e começou a fazer os testes, passando uma lanterna pelos meus olhos.

— Sente alguma tontura, enjoos ou dores?

— Por enquanto, não.

— Se sente sonolenta?

— Um pouco.

Kate guardou a lanterna no bolso de seu jaleco e pegou seu estetoscópio para medir meus batimentos cardíacos, mais uma vez.

— Problemas para respirar? De dia ou de noite?

— Não.

— Certo... Acho que vai demorar um pouco para os sintomas aparecerem. Seu simbionte é bem forte.

— Era para eu estar feliz com isso?

Kate guardou seu estetoscópio sem me olhar nos olhos.

— Eu não acho que você vá morrer, Gwen. Quem está lutando contra essa coisa é o Cookie e não você. Ele é quem será o mais prejudicado dessa história, você só vai sentir os sintomas porque ele está aí dentro.

— ... O Cookie pode morrer?

— Há uma boa chance de isso acontecer. Eu sugeri ao Dr. Alan os anticorpos monoclonais para que você não fosse tão prejudicada, mas não posso fazer nada em relação ao Cookie. Ele é um simbionte alienígena, muita coisa sobre seus corpo e DNA ainda são

um mistério. Eu sinto muito mesmo.

Me acostumei tanto ao Cookie, que não me imaginei algum dia sem ele.

— Uh... Eu vou deixar vocês a sós e falar com o Alan. Gwen, se isso te deixar mais "animada", pode andar pelo prédio e ver nossos projetos. Acho que fará bem a você caminhar um pouco. — Ela sorri, se levantando da cama e saindo do quarto logo após.

Levantei-me da cama e coloquei minha roupa, sem me importar com o olhar questionador de Peter sobre mim. Eu precisava sair daquele lugar.

— Acho que você não precisa trocar de roupa para andar por esses corredores... — Peter comentou.

— Eu vou embora daqui. Se eles não podem fazer nada pelo Cookie, então não tenho mais motivos para ficar.

— E eles vão deixar você sair assim?

— Sou uma prisioneira agora?

Peter abriu a boca para dizer algo, mas acabou desistindo. Ambos saímos da sala e começamos a andar pelos corredores rumo à saída. As pessoas que passavam por nós nos olhavam desconfiadas e curiosas, mas eu simplesmente passava por todas elas e não lhes dirigia se quer o olhar. Pete estava ao meu lado fazendo o mesmo.

Quando estávamos próximos a saída, ouvi alguém me chamar logo atrás de mim. Quando olhei, me deparei com Eddie. Ele parecia bem, apesar de sentir que tinha algo errado com ele.

— Eddie? O que você...

— Eu estou curado — Ele abre os braços com um sorriso.

— Como? Assim tão rápido?

— É, eu acho que sim.

— Colocaram outro simbionte nele? — Peter perguntou em um tom baixo, apenas para que eu ouvisse.

— Não sei, tem algo errado. Não é como se algum simbionte parecido com o Venom ou algum filho dele estivesse ali, é... Diferente.

— Diferente? — Pete elevou o tom de sua voz, assustado.

— O Cookie pode sentir a presença de outros simbiontes, mas eu nunca senti algo assim antes. É forte e violento.

Peter segurou minha mão e começou a me puxar prédio afora, dizendo para irmos embora. Quando estávamos lá fora, percebemos que Eddie não só havia nos seguido, como também estava com uma expressão diferente em seu rosto. Como se quisesse nos matar.

— Eddie, o que está fazendo?

— Eu vou curar você desse mal.

— .... O quê?

Eddie começou a caminhar em nossa direção com os punhos cerrados. Cookie revestiu minha roupa, de repente, e tomou sua forma de simbionte, mostrando seus dentes e garras para Eddie. Ele tentou um ataque direto contra Eddie, mas algo saí de dentro dele e atinge a mão de Cookie fazendo-o recuar de dor. Uma espuma branca começou a tomar conta do corpo de Eddie até formar outro simbionte, um pouco mais alto e mais forte que o Cookie. Seus olhos e o interior de sua boca eram vermelhos, e algumas partes de seu corpo eram pretas. O simbionte branco berrou para Cookie, como se estivesse chamando o para a briga.

— Cookie, não! Não pode enfrentar ele sozinho!

Cookie balançou a cabeça como se não concordasse, mas fez o que pedi e tirou Peter e eu de perto daquela coisa.



Ps: Kate na midia acima.

Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VIDonde viven las historias. Descúbrelo ahora