17. minha garota

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MALU


Eu odeio hospitais.

Graças a Deus minha irmã estava de plantão e eu fui atendida mais rapidamente.

Enquanto outra enfermeira enfaixava meu braço depois que eu passei no médico, eu podia ouvir minha irmã gritando pro Eros o quanto ele era irresponsável e como eu sempre acabava machucada quando ele estava por perto.

Eu não sei o que ele falou pra ela mas pareceu acalma-la de tal forma que ela entrou me dizendo que ele estava lá fora esperando pra me levar pra casa. Eu fui sem reclamar ou falar nada, eu estou muito cansada pra qualquer coisa que não seja dormir.

Nem parece que os nossos vizinhos se mudaram a poucos meses. O Eros realmente é um furacão e eu não estava prepara pra isso. Me sinto cansada de todo esse drama.

- Onde está o Henrique? - pergunto enquanto caminhamos e direção do carro.

- A mãe dele ligou.. ele teve que ir, mas disse que te ligava mais tarde.

- Ok - digo e entro na parte de trás do carro. Vejo que é o Paco que veio nos buscar.

- Tão pouco tempo e ele já te fez parar no hospital - o Paco fala rindo quando o Eros entra e senta no banco do passageiro.

- Cala a boca e dirige - acho que o Paco entende o recado do Eros porque não abre a boca durante o trajeto do hospital até em casa.

- Obrigada Paco - falo já descendo do carro

- Por nada, gatinha. Sabe que pode contar comigo pra tudo né? - ele pergunta.

- Sei sim, obrigada - e o abraço.

Caminho pra minha casa mas não deixo de ouvir o Eros falar baixo:

- Eu vou consertar isso.

- Cara, dá um tempo pra ela...- ouço o Paco mas não me viro ou paro simplesmente vou pra casa.

Quando estava pra fechar a porta um pé entra no caminho e eu olho pra cara de culpado do Eros.

- Posso entrar?

- Se eu não deixar você vai ficar batendo na porta ou fazendo escândalo aqui fora né?

- Eu estava pensando em entrar pela janela do seu quarto na verdade.

Eu o deixo entrar, não tenho energia para discutir com o Eros agora. Eu sigo direto pro meu quarto e me tranco no banheiro. Tomo um banho relaxante e visto um pijama confortável. Quando entro no quarto ele está sentado na minha cama com os cotovelos apoiados nos joelhos.

- Primeiro eu queria me desculpar - ele começa e eu não o interrompo - Eu sei que eu sou um imbecil na maior parte do tempo mas quando se trata de você eu bato todos os recordes... Eu vejo vermelho quando vejo você com qualquer outro cara, é mais forte que eu. Quando dou por mim já fiz merd a como hoje.

Ele dá um longo suspiro e segura na minha mão me puxando pro seu colo. E sim, eu me sento lá calada o ouvindo.

- Eu sou culpado por tudo, eu sei. Mas por favor acredita em mim quando eu digo que eu nunca, NUNCA, nem em um milhão de anos, te machucaria intencionalmente. Quando eu te machuco doí em mim pra cacete - ele fala e eu vejo seus olhos cheios de lágrimas. 

Não Eros, sem lágrimas já é difícil mas assim é impossível ficar com raiva de você...

- Por favor princesa, me perdoa - ele esconde seu rosto na curva do meu pescoço - Eu não sei lidar com todos esses sentimentos e tal... mas eu quero aprender por você. Eu quero aprender com você. Se você me der uma única chance de mer da eu...

- Ta.

- O que você falou? - Ele pergunta se afastando de mim para me olhar nos olhos.

- Ta certo, eu te dou uma chance.

- T-tipo uma chance real? - ele me pergunta parecendo surpreso e até eu estou surpresa comigo - Uma chance sendo a minha garota?

- Acho que sim, se é o que você quer...

- É o que eu mais quero - ele fala me dá um beijo suave - Eu juro por tudo que eu não vou fazer mer da, ok? Eu vou ser digno de você, princesa.

- Vamos começar isso com você parando de me chamar de princesa então.

- Mas você é a minha princesa - ele fala sem parar de depositar pequenos beijos pelo meu rosto e pescoço - você é a minha soberana. Posso te beijar de verdade agora?

- Pode mas...

Ele não me deixa terminar de falar e já está me dando um beijo que eu só posso descrever como desesperado. Como se eu fosse fugir a qualquer momento. E isso só me faz retribuir o beijo com a mesma intensidade.

Eu sinto a cama nas minhas costa. O Eros nos virou e continuou me beijando. 

Ok... ele ta animado demais.

- Eros... - eu o afasto mas ele continua beijando meu pescoço - é melhor você ir agora. Não quero que minha irmã chegue e veja você aqui.

- Não tem problema princesa - ele me fala sorrindo - Eu saiu pela janela quando ouvir ela chegando - e continua me beijando

Cafajeste!

- Não Eros, sério - eu falo o empurrando - Não é porque nós estamos namorando agora que vamos logo fazendo isso... Não tem pressa ok?

Ele me olha e dá um longo suspiro.

- Ok. Mas deixa eu dormir aqui como naquele dia? Quando sua irmã chegar eu saiu, juro.

- Ta, então vamos logo dormir.

- Unhum, eu só tenho que ir no banheiro antes tá? - ele me dá um beijo e saiu andando engraçado pro banheiro.

Eu me acomodo na minha cama de solteiro e começo a me perguntar se eu fiz a coisa certa... Bom, só o tempo dirá. E como o Rafa me falou, eu só vou saber dando uma chance e é isso que eu estou fazendo.

Um tempo depois o Eros sai do banheiro só de boxer vermelha. Oi?

- Você acha que vai dormir assim comigo?

- Ah, qual é princesa. A gente já dormiu assim - ele fala se deitando e me puxando pra perto - Você ta com medo é de não resistir a esse meu corpo maravilhoso né? Pode abusar de mim princesa, eu deixo - ele diz debochado.

- Vamos só dormir ta certo? - eu digo me acomodando melhor em seus braços.

- Ta certo NAMORADA. Tudo pela minha princesa.

É, eu posso me acostumar com o apelido irritante.

EROSWhere stories live. Discover now