Capítulo 1 - Perfect illusion

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Meu nome é Veronica Linda Cullen, eu nem sei por onde começar. Eu posso começar pelo início, mas seria longo e desinteressante. Uma coisa, eu sei, existe três versões de uma história: a minha, a sua e a verdade. A que você a acreditar será a verdade para você. Eu quero contar a minha versão, mas de onde realmente iniciou os meus problemas, não quando eu conheci Brian, e sim, quando eu acreditei no amor dele por mim.

Long Beach, Califórnia – 11 de maio de 2004

Era de madrugada, era aniversario de namoro de Emma com Zacky, ela passaria a noite com ele, afinal era show da banda dele. Meu pai tinha ido dirigir seu taxi, eu mais uma vez, estava sozinha em casa, dormindo. Acordaria quando Emma chegasse completamente bêbada, ou subindo pela janela de incêndio.

Meu celular tocou desesperadamente, esperava que não fosse minha irmã mais velha que tivesse presa, ou algo do gênero. Peguei o meu celular que estava no chão, não me lembro do modelo, era antigo. O número não era conhecido, cocei a minha cabeça e atendi,

- Quem é? – Resmunguei.

- Oi, docinho. – Era Brian, meu coração parou de bater naquele momento.

- Achei que você tivesse esquecido de mim. – Eu me sentei na cama, uma faísca de esperança ascendeu em mim.

- Como esqueceria uma mina tão legal quanto você. – Sorri do outro lado. – Preciso de você... - Ele sussurrou, respirei pesadamente. – Acabei de ser preso na delegacia de Santa Monica, pode me dar uma força se puder. Serei eternamente grato a você.

- Eu estou indo aí. – Desliguei a ligação.

Eu sabia que ele queria apenas que eu pagasse a fiança dele, um cara lindo como ele não queria nada comigo. Eu parecia um monstro, com o rosto cheio de cicatrizes, tirei meu pijama da Hello Kitty, abri o armário de Emma, ela tinha roupas incríveis. Peguei o vestido azul desbotado de lastex, tirei meu sutiã e joguei em cima da cama.

Vesti e era bastante curto, não cobria metade das coxas, além do elástico apertar meus seios. Fechei o armário, tive vontade de prender meu cabelo, mas as pessoas veriam o meu rosto, então tentei esconder meu rosto o máximo que pude. Passei o perfume de Emma, ela havia dito que havia comprado de uma bruxa no centro.

Coloquei uma rasteira preta de couro nos meus pés, peguei a minha bolsa, peguei meu celular jogado em cima da cama, joguei dentro da minha bolsa. Abri a fronha do meu travesseiro, peguei meus duzentos dólares de economia, contudo não daria para ir até Santa Monica e pagar a fiança.

Tive uma ideia, respirei fundo, fui até o quarto do meu pai, abri a segunda gaveta, achei 340 dólares, minha sorte que ele achava que eu era uma santa e se desconfiasse, ele culparia Emma. Peguei o dinheiro, coloquei dentro da bolsa, saí imediatamente do quarto dele. Dei uma risadinha, eu queria aprovação de Brian, se ele se sentisse agradecido, poderia me considerar uma amiga dele.

Voltei ao meu quarto, abri a janela, saí escondido pela escada de incêndio. Fechei a janela para não parecer suspeito, desci os lances de escadas rapidamente, andei até o ponto de ônibus. Não poderia ser surpreendida pelo taxi do meu pai. Não queria levar uma surra, o ônibus em direção ao metro apareceu rapidamente. Entrei, paguei ao motorista a passagem, sentei no fundo do ônibus como sempre fazia.

Quando cheguei no meu destino, peguei dois metrôs e cheguei em Santa Monica. Como meu pai nunca pegaria uma corrida até tão longe, eu peguei um taxi na estação de metrô até a delegacia. Chegando à delegacia, tentei chegar sem ser notada, entretanto como sempre, era impossível. Os policiais me olhavam como se eu fosse uma aberração. Eu me sentia, não precisa do mundo me avisando isso.

Love me, hate me and cure meWhere stories live. Discover now