Capítulo 4 - Pretty Woman

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- Estou melhor obrigada, Matt. – Dei um sorriso para ele que estava com um copo com água nas mãos.

- Bem, perguntaram se você poderia entrar... - Ele deu um sorriso, mostrando as covinhas nas bochechas e eu peguei o copo de água. – Eu te acompanho. – Sorriu mais uma vez, bebi a água. – Acho que você precisa de algo salgado.

- Deve ter sido uma queda de pressão, acontece o tempo todo desde que comecei essa dieta maluca. – Olhei para Claire que deu de ombros. – Só comi dois biscoitos. – Ele segurou as minhas duas mãos, me fazendo olhar diretamente em seus olhos verdes.

- Se cuida, senão ninguém vai cuidar de você. – Deu um longo beijo na minha bochecha.

Soltei as minhas mãos, dei um sorriso, Matt me acompanhou até o estúdio novamente. A minha sorte que aquele programa não era ao vivo, eles editariam o meu desmaio, apesar que alguém já poderia ter postado na internet, era um mico de qualquer jeito. Eu me sentei ao lado do cozinheiro vegano, ele me comeu com os olhos. Ajeitou seu dreadlock num coque alto, me deu sorriso, fingi que não o via.

Respondi as perguntas sem me estender muito, sem indiretas, apenas fingi que estava tudo bem. Olhei de relance a banda, todos sem exceção, me encaravam, como se eu fosse a oitava maravilha do mundo. O mundo dava voltas com certeza, Brian me desejava e não fazia questão de esconder isso. Nona tinha razão, ele se arrependeria por ter me desprezado, nem precisaria me vingar, o tempo seria a melhor vingança.

Quando acabou o programa, tirei meus saltos, andei descalça até o camarim. Chegando lá, tirei a coroa, a faixa e entreguei nas mãos de Claire. Ela estava conversando com o maquiador sobre alguma coisa. Eles me ajudaram a tirar o vestido, peguei a minha roupa comum e me vesti rapidamente. Sentei na cadeira, o maquiador tirou a minha maquiagem de miss.

- Querida, como foi o programa? – Ela estava curiosa.

- As perguntas foram estranhas, mas sobrevivi. – Dei um sorriso falso.

- Veronique e a banda? – Deu uma piscadela, um sorriso de lado.

- Ah, ficaram me olhando como se eu fosse uma pintura do Louvre. – Claire levou as mãos a boca. – Até ele, principalmente ele. – Para Claire entender de quem eu me referia.

- Imagina se ele souber...

- Não tem que saber de nada, porque eu não vou falar, ele teve a chance dele. – Estava começando a me irritar. – Graças a Deus, eu não vou vê-lo por um...

- Se você diz... eu adoraria uma vendeta. – Suspirou, maquiador balançou a cabeça negativamente, era a vez da cabelereira desfazer a sua mágica. – Poderia escrever um livro e ajudar milhões de mulheres.

- Só está pensando no dinheiro. – Bateram na porta, não queria ver meu namorado no momento. – Pode entrar. – Disse em francês.

- Vou entender como sim. – Era a voz de Brian, Ele entrou, tentei não ficar nervosa, mas meu coração acelerou desesperadamente. – Como você está? – Deu aquele sorriso.

- Estou bem. – Meu cabelo estava solto, Claire pegou as minhas coisas e peguei a minha bolsa.

- Posso tirar uma selfie com a miss universo? – Meu celular tocou antes que eu respondesse, peguei dentro da bolsa e era Henry, desliguei. – Então, você é a garota mais linda que eu já vi. – Revirei meus olhos e balancei a cabeça negativamente.

- Para quantas você disse isso hoje? – Fingi pensar. – Qual é o seu nome mesmo?

- Meu nome é Brian Haner, mas pode me chamar de meu amor. – Caí na gargalhada. – Fiz você rir.

Love me, hate me and cure meWhere stories live. Discover now