Capítulo 12 - Can you forgive me again?

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California Men's Colony – San Luis Obispo, California

Respire fundo, estava nos portões da prisão, não pensei que voltaria a uma prisão tão cedo. As minhas mãos começaram a suar, uma mulher de cabelos brancos veio me encontrar, ela apertou a minha mão e dei um sorriso amarelo. Abriram os portões, meu coração começou a disparar, respirei fundo, ela perguntou se eu estava bem, menti.

Ela me levou até o hospital prisional, tinha que fingir que estava bem e forte. Chegamos até um quarto, vi que ele estava recebendo morfina, então era grave o que ele tinha. Meu pai abriu seus olhos lentamente, dei um sorriso amarelo e ele estendeu a mão para que eu segurasse. Fiquei receosa, mas segurei a sua mão.

- Oi, minha filha. – Deu um sorriso. – Como você está linda? – Estava ficando desconfortável.

- Obrigada. O que você queria falar comigo? – Queria encurtar aquela visita o mais rápido que pudesse.

- Ah... - Tossiu bastante. – Eu queria te pedir perdão por tudo que eu te causei. Por ter matado a sua irmã, juro que se pudesse voltar atrás... - Sua voz falhou e ficou rouca. – Nunca teria causado mal a vocês. – Tentou apertar a minha mão. – Eu te amo, Veronica.

- Eu te amo, papai. – Algumas lagrimas escorreram. – Eu te perdoo. – Soltei a minha mão.

- Obrigado, minha... - Ele ficou sem ar, os equipamentos começaram a apitar. Saímos do quarto.

- Vou organizar as coisas do funeral. Você vai enterra-lo ou crema-lo? – Não entendi, ele não tinha morrido ainda.

- Prefiro enterrar por aqui mesmo, ele ainda nem morreu. – Tentei ser o mais humana possível.

- Ele pediu para desligar os aparelhos quando você fosse embora, pediu para não ser ressuscitado. – Balancei a cabeça negativamente. – Foi muito bonito da sua parte perdoar seu pai.

- Obrigada, agora vou embora, esse lugar me dá arrepios, eu não quero enterra-lo, isso já é demais para mim.

XXXX

Dois dias depois, eu desliguei mais uma vez meus telefones, não queria falar com ninguém. Meu pai tinha morrido, o pior eu não tinha o perdoado de coração só disse que o perdoava para que ele morresse em paz, ainda sentia muita raiva e ressentimento por ele. Não queria sentir isso por ele, queria realmente perdoa-lo e não sentir raiva, mas era assim que as pessoas de verdade se sentem, os sentimentos ruins não passam quando as pessoas morrem.

Eu resolvi visitar Emma, já tinha uma semana que não visitava o tumulo dela. Como eu não dormi bem desde que fui a Bielorrússia, levantei cedo para ir ao cemitério. Fui até meu novo closet, peguei um vestido preto de renda justo, deixei em cima da cama, peguei uma calcinha vermelha transparente, deixei na cama ao lado do vestido e fui tomar banho.

Depois do banho, eu me sequei e me enrolei na toalha branca. Fui ao meu quarto, tirei a toalha, passei um creme corporal de frutas vermelhas no meu corpo e em seguida coloquei a minha roupa. Penteei o meu cabelo para trás, não fiz maquiagem, não estava com ânimo para nada. Coloquei uma sandália rasteira preta, peguei as chaves do meu novo carro alugado. Uma BMW preta modelo Z4 conversível.

Segurei nas mãos as chaves, olhei para meus girassóis que estava sobrevivendo a tanto tempo comigo, dei um sorriso. Senti falta de Matt naquele momento, queria um abraço, sentir o cheiro dele. Lembrei de quando Emma morreu, dormimos juntos na cama dele. Afastei aqueles pensamentos da minha cabeça, indo à cozinha, abri a geladeira, tirei uma garrafa de vinho rose aberta. Bebi um gole longo, tentei não chorar, coloquei a garrafa no mesmo local. Eu voltei ao quarto, coloquei meus óculos escuros da Rayban e saí.

Love me, hate me and cure meTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang