Love me, hate me and cure me

Capítulo 2 - God only Knows

Eu coloquei o teste de gravidez dentro da minha mochila, andei até em casa e continuei a chorar pelo caminho. Estava me sentindo completamente perdida, não sabia o que fazer, ninguém poderia saber da minha gravidez, principalmente minha família e naquele momento eu não queria ver o filho da puta do Brian.

Por outro lado, eu não poderia passar por aquilo sozinha, tinha 15 anos e nenhuma vocação para ser mãe ainda. Sonhos, eu não tinha depois do acidente, eu queria ser miss universo. Era um sonho idiota, mas era meu sonho. Subi as escadas lentamente, cheguei na porta de casa, abri a porta.

Respirei profundamente, bati a cabeça na parede, pensei como eu pude ser tão idiota, de não ter me protegido, tomado uma pílula do dia seguinte, ou algo do tipo. Na Califórnia, se eu tivesse que fazer um aborto legal, meu pai teria que dar autorização por ser menor, não sei se ele faria isso.

Tirei o teste de gravidez, joguei na lixeira da sala, ninguém olharia para aquela coisa lá. Fui ao meu quarto, joguei a minha mochila preta no chão, abri meu armário, tirei uma camiseta branca e um short jeans, deixei em cima da cama enquanto pegava uma calcinha preta dentro da gaveta. Emma entrou toda saltitante no quarto, eu amava a minha irmã, mas às vezes, eu tinha inveja da beleza dela e ela enchia o saco.

- O almoço está pronto? – Balancei a cabeça positivamente.

- Só esquentar no micro-ondas... - Joguei as minhas roupas por cima do meu ombro e ela segurou meu rosto.

- Se eu pudesse fazer qualquer coisa para colocar um sorriso no seu rosto, eu faria. – Ela me abraçou e eu desabei. – Um dia esse maldito vai pagar com juros por todas as suas lagrimas.

- Você não faze-lo me amar, Emma. – Chorei mais um pouco. – Eu fui burra demais ao pensar que ele sendo tão lindo, amaria uma coisa horrenda como eu.

- Você não é horrenda, ele é um monstro por não enxergar a menina maravilhosa que você é... Por Deus, me conta quem é ele para eu poder dar uma surra que esse maldito filho da puta jamais esquecerá. – Emma me soltou. – Ele não pode ficar impune.

- Deixa para lá, ok. – Andei em direção ao banheiro. – Mas você e o Zacky?

- Ele voltou pra mim, claro. Ninguém resiste ao meu charme, só eu o faço feliz, nenhuma mulher vai ama-lo como eu amo, ele nunca seria feliz do lado da Cardenas e de mulher nenhuma. – Emma era extremamente confiante.

- Que bom que você está feliz, mana.

- Só vou ser completamente feliz quando socar a cara do infeliz que te enganou. – Emma se ajoelhou e segurou as minhas pernas. – Ah, me conta por favor. – Implorou.

- Você nunca vai saber... eu não sou a primeira e nem serei a única vítima de um conquistador. – Eu a levantei. – Vai almoçar e me deixa em paz, Emma Cullen.

Entrei no banheiro e bati a porta, tirei a minha roupa. Abri o chuveiro quente, entrei e molhei meu corpo todo, chorei muito, encostei a minha cabeça na parede. Emma tinha razão, ele não poderia ficar impune, ao mesmo tempo não queria ver seu rosto, olhar em seus olhos cor de avelã novamente. Comecei a me lavar, em meio as lagrimas, de repente ouvi um barulho de algo caindo no chão.

Fechei o chuveiro rapidamente, ouvi vidro quebrando. Eu me sequei rapidamente, me vesti mais depressa possível. Saí do banheiro, papai estava batendo a cabeça de Emma na parede, ela tentava arranhar as mãos dele para poder se soltar, mas era impossível.

Fiquei em choque por alguns segundos, então eu corri na direção deles, Emma pediu para não me meter, só que era tarde demais. Fiquei em cima, meu pai me deu um tapa tão forte que fui arremessada no chão. Senti uma tontura pelo impacto do golpe, senti o gosto de sangue na boca e cuspi no chão. Acabei ficando caída no chão, minha visão ficou um pouco turva.