Capítulo 14 - Cheat on you

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- Oi, Brian. – Dei um sorriso amarelo. – Não sabia que você faz serviço comunitário.

- Sim, mas ninguém precisa saber disso, não quero minhas fãs perturbando meus pequenos alunos. – Deu aquele sorriso encantador e cafajeste.

- Esse menino é de ouro. – A senhora Willow jogou beijo para ele.

- Vamos repartir o bolo. – Desconversei. – Tchau, Brian.

Voltei ao carro, peguei o bolo e o potinho de Matt, fiquei com medo de estragar, deixaria dentro da geladeira por alguns minutos. Chegando à cozinha, a sra. Willow já estava com todas as crianças esperando pelo bolo. Coloquei o potinho dentro da geladeira, eu cortei em pedaços pequenos para dar o bolo para todos.

As crianças pegaram o bolo e comeram desesperadamente, dei um sorriso, algumas vieram me abraçar em agradecimento. Brian abriu a geladeira, resolvi olhar para as crianças, dei um sorriso, lembrei de comprar os materiais para aula de confeitaria, me despedi das crianças para ir embora. Abri a geladeira para pegar o pote com o bolo de Matt, mas só tinha o pote vazio sem o bolo dentro, cocei a minha cabeça e resolvi deixar para lá.

Saí do centro comunitário, Brian estava sentado em cima do capo do meu carro, cruzei os braços. Respirei fundo para não atirar a minha bolsa em cima dele. Então eu o empurrei, ele ficou rindo de mim, jogou um beijo no ar e levantei o dedo do meio para ele.

- Qual é a porra do seu problema? – Abri a porta do motorista e ele fechou.

- Queria pedir desculpas pelo que te fiz. – Revirei os olhos. – Sério, eu me arrependi e mudei. Não sou o mesmo cara que você conheceu há dez anos.

- Você piorou. Por que você não me deixa em paz? – Tentei abrir a porta, mas ele segurou e olhou dentro dos meus olhos.

- Eu quero saber o que você fez com nosso filho. – Arqueei a sobrancelha para ela. – Mereço saber.

- Agora você se importa, você me deu cem pratas e mandou me virar. – Abri a porta que bateu nas partes dele, se contorceu de dor. – Se depender de mim, vai morrer com a dúvida.

- Seria ótimo ter um filho com você. – Entrei e coloquei o cinto de segurança.

- Pode ser que eu tenha abortado assim que cheguei a Itália, ou não, posso ter jogado o bebê no lixo por ter a sua cara. – Fechei a porta, abri a janela. – Posso ter dado, ou o bebê morreu. – Brian continuava encurvado. – São tantas possibilidades, mas você nunca vai saber a verdade! – Acelerei com o carro.

Acabei ficando com a cabeça cheia, eu teria que aguenta-lo no centro comunitário, queria ajudar aquelas crianças e seria forte o suficiente para aturar Brian toda semana me enchendo a paciência. Por mim, ele nunca saberia o que aconteceu com o bebê, ele perdeu o direito quando me desprezou no enterro de Emma.

Eu fiz compras numa loja de confeitaria em Los Angeles, enchi o banco de trás com coisas de confeitaria. Massas de bolo, pasta americana, balde com recheios prontos, caldas industrializadas e chantili. Comprei litros de leite, dúzias de ovos, manteiga, óleo. Fiquei feliz, estava realmente empolgada de participar do curso de confeitaria. A sra. Willow mandou uma mensagem pedindo que eu ajudasse a fazer sopão para os sem-teto da cidade, aceitei. Por ser naquela noite, eu não poderia passar muito tempo com Matt, provavelmente ele também teria pressa.

Chegando ao motel, estacionei meu carro nos fundos, Matt estava me esperando de braços cruzados. Ele estava com uma camiseta preta do Black Sabbath e bermuda jeans, deu um sorriso assim que me viu e me fez sorrir de volta. Correi em sua direção, ele segurou a minha nuca, pondo seus lábios nos meus, beijando com paixão. Eu o abracei pela cintura, coloquei as minhas mãos em suas costas e parti o beijo rapidamente.

Love me, hate me and cure meWhere stories live. Discover now