Love me, hate me and cure me

Capítulo 8 - Coming Home

Long Beach, Califórnia – 28 de julho de 2014

O concurso de miss Universo é ainda mais chato quando você assiste dos bastidores, as concorrentes estavam nervosas e eu rindo da cara delas. Quando finalmente a miss Venezuela venceu, entreguei a minha faixa e coroa, senti como tivesse tirado um fardo da minha cabeça, literalmente.

Claire também tinha roubado o dinheiro do meu apartamento, então eu não teria lugar para morar em Los Angeles. Tive que reservar um quarto de hotel enquanto não arrumava uma casa alugada para morar. Ainda precisava de moveis novos, ela me pagaria de alguma forma, depois do que aconteceu com Brian, acreditava em lei do retorno.

Na segunda-feira pela manhã, acordei cedo, anotei que eu deveria fazer. Por enquanto, eu teria que conhecer meus novos empresários, procurar uma casa, colocar o apartamento de Long Beach a venda e o principal, visitar o tumulo de Emma. Como o povo de Hollywood acordava depois das dez, resolvi ir primeiro visitar Emma em Long Beach.

Tomei um banho rápido, fui ao armário, peguei uma calcinha preta de renda e um vestido justo também na cor preta. Eu me vesti rapidamente, prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Coloquei sapatilhas, afinal estava indo ao cemitério e não a um desfile de moda.

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Chegando ao cemitério, andei lentamente ao tumulo de Emma, minhas pernas amoleceram, segurei com firmeza o buque de rosas azuis que havia comprado, eram as favoritas de Emma. Cheguei ao seu tumulo, mas surpreendentemente estava melhor, uma lapide nova e cheio de rosas azuis. Alguém estava cuidando dela, mesmo depois da morte. Eu me sentei na grama macia, coloquei o buque junto de outro que estava murchando.

- Oi, mana. Não sei se você está me ouvindo, mas estou aqui. – Meus olhos se encheram de lagrimas. – Desculpe por estar tão longe, prometo vir aqui mais vezes. Eu ganhei um concurso de miss Universo e fiz mestrado em gastronomia, me especializando em confeitaria e massas. – Coloquei a mão no tumulo. – Sinto tanto a sua falta, queria muito que você estivesse aqui comigo, comemorando. – Abracei o tumulo. – Espero que um dia... um dia você me perdoe.

- Claro que a Emma te perdoa, seja lá o que você fez. – Era voz de Zacky, dei um sorriso para ele, ele se sentou na grama com um bebê no colo. – Ei, Emma. Eu te amo ainda, você sempre será meu primeiro amor. – Colocou um enorme buque de rosas azuis e brancas.

- Devo imaginar que você está cuidando do tumulo da Emma. – Coloquei a mão no ombro dele, o bebê ficou me olhou. – Oi, bebê. – A criança sorriu para mim.

- Diz olá, tia Vee. – Zacky pegou a mão gordinha do bebê e acenou para mim. – Nunca achei que você voltaria a Califórnia depois de tudo que aconteceu.

- Um dia, eu teria que enfrentar meus demônios, não é? – Nós nos levantamos. – Sua esposa não tem ciúmes?

- Meaghan finge bem... - Ele colocou o menino no chão. – Ela tem que aceitar que a Emma foi meu primeiro amor, acho meio sem sentido ter ciúmes de alguém que morreu.

- Sei lá. – Apertei as bochechas do bebê. – Quanto meses ele tem?

- Daqui a uma semana, o pequeno vai fazer um ano. – Mexi no nariz dele. – Para de judiar do meu filho, Veronica. Faça o seu! – Fiquei sem jeito. – Enfim, quanto tempo você vai ficar?

- Bem, eu vim para ficar. – Dei de ombros. – Consegui um trabalho em Los Angeles.

- Interessante.

- Bem, o problema é que eu estou sem lugar para morar ainda. Vou colocar para vender o apartamento de Long Beach. – Ajeitei meu cabelo. – Se souber de algum apartamento, vou ficar agradecida.