Capítulo 7

662 133 63
                                    

Anastasia

Sinto os olhos do Christian sobre mim durante todo o trajeto até o meu apartamento em TriBeCa mas sempre que olho na direção dele, ele disfarça e finge prestar atenção na arqueitrtura e agitação novaiorquina.

Mia não para de falar e eu secretamente agradeço por isso. Sempre fui uma fiel defensora do silêncio e quietude, mas o clima é tão pesado entre nós que a distração que ela causa se torna algo bem vindo.

O segurança vira na rua do meu apartamento e para no meio fio do meu prédio. Franzo as sobrancelhas em confusão já que não dei a ele o meu endereço hora nenhuma mas enfim... Estamos falando de Christian Grey.

Esse idiota sabe de praticamente tudo.

E o que ele não sabe, consegue descobrir facilmente.

Rio do pensamento ofensivo e pulo para fora do carro sem esperar que abram a porta para mim. Avanço pelo lobby cumprimentando a recepcionista com um aceno de cabeça e dispenso o elevador.

É só um andar, vou conseguir sobreviver.

Chego um pouco ofegante à porta do meu apartamento, mas o som suave do outro lado acaba com qualquer cansaço ou frustração.

Giro a chave na fechadura com um sorriso e empurro a porta aberta, me ajoelhando no chão para receber o meu filho.

Carter desce do seu arranhador com um pulo e corre até mim, subindo no meu colo para lamber o meu rosto. Aperto-o num abraço e ele retribui, as unhas firmemente agarradas ao tecido do meu vestido.

Esfrego o nariz na cabeça do meu bebê e o cheirinho dele traz a paz que evaporou desde que cheguei àquele hotel. Eu sabia que trabalhar com Christian não seria fácil dado a tudo o que aconteceu e principalmente ao imbecil que ele se tornou, mas não imaginei que o pai dele fosse ser uma pedra muito maior no meu caminho.

Me lembro das reclamações do Christian várias vezes durante as nossas noites na época da faculdade, as críticas sobre o comportamento mesquinho e autoritário de Carrick Grey e como ele faria o possível para ser diferente do pai no futuro.

As palavras sarcásticas dele ecoam novamente na minha cabeça e eu aperto os braços mais firmemente ao redor do meu gatinho. Carter mia alto e eu o solto, murmurando uma série de pedidos de desculpa.

— Você quer ir para a Flórida, baby? Mamãe precisa trabalhar e não posso te deixar sozinho. — ele se senta no chão e tomba a cabeça para o lado, me olhando com curiosidade.

Abro espaço pelo meu apartamento e agarro a bolsa dele que fica no gancho atrás da porta. Coloco-a aberta no chão e recolho alguns dos brinquedos espalhados pela sala, o saco de ração na cozinha e o protetor solar no armário do banheiro. Jogo tudo lá dentro e volto correndo para o meu quarto, pegando três roupinhas para Carter estar bonito e apresentável enquanto eu trabalho.

Dispenso a gaiola já que isso o irrita e não conseguimos entrar num consenso sobre isso. Jogo a bolsa sobre o ombro, pego o meu gato nos braços e puxo a minha mala porta afora, trancando tudo. 

Aproveito o elevador parado no meu andar e entro nele, acariciando a orelha do meu bebê. Carter se mexe no meu colo e esconde a cabeça no vão do meu pescoço.

As portas se abrem novamente no lobby e a primeira coisa que vejo é um Christian visivelmente nervoso. Ele anda de um lado para o outro enquanto passa as mãos pelos cabelos e olha para o relógio.

Demorei tanto assim?

Taylor é o primeiro a me notar e corre até mim, sorrindo sutilmente antes de pegar a minha mala. Christian olha para cima logo em seguida e franze as sobrancelhas quando vê o gato no meu colo.

Mr. President Where stories live. Discover now