Capítulo 18

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Christian

Eu fiz isso.

Finalmente tive coragem. 

Propus casamento para a garota que sou apaixonado desde a época da faculdade.

Coloquei o meu futuro e expectativas nas mãos de Anastasia Rose Steele.

Agora só resta ela aceitar o meu pedido.

Eu fico parado na frente dela, esperando. Segundos, minutos, não sei quanto tempo, mas não me atrevo a fazer qualquer movimento.

Anastasia olha para mim pelo o que parece uma eternidade até começar a rir, os olhos se enchendo de lágrimas.

Ela vai aceitar, porra.

— É brincadeira, certo? Só pode ser brincadeira. Você não seria tão estúpido ao ponto de me propor casamento. Nós mal nos suportamos. — Anastasia seca os cantos dos olhos e arqueia uma sobrancelha.

Ela não vai aceitar, porra.

O sorriso dela escorrega quando permaneço em silêncio, a caixinha do anel de repente pesando uma tonelada.

Onde eu estava com a cabeça?

Sou o cara que dormiu com ela e fugiu na manhã seguinte, por que um pedido de casamento da minha parte deveria ser levado a sério?

— Você não está brincando, não é? — balanço a cabeça em negação e Anastasia arfa, tropeçando nos próprios pés.

Ela cai sentada na cadeira com um suspiro aterrorizado e eu me ajoelho na frente dela, tentando encontrar as melhores palavras para não criar ainda mais confusão entre nós dois.

— Anastasia, olha... — ela ri sem humor e gesticula freneticamente com as mãos.

— Eu acho que já entendi, Christian. Você quer um casamento por conveniência. Precisa assumir uma postura de homem casado e de família para conseguir impressionar as pessoas. — ela dispara de uma vez, as palavras saindo atropeladas.

— Anastasia, não é isso que eu quero dizer.

— É claro que é, Christian. Não precisa fingir que isso tem alguma importância ou que é algo sincero. — ela faz uma careta e aponta para o anel.

— Se você me deixar explicar...

— Então explica, estou aqui para te ouvir, Christian. Me dê um bom motivo para aceitar esse pedido de casamento. Mas por favor, seja sincero.

— Estou te pedindo para ser a minha esposa, Anastasia. Por que precisaria haver alguma motivação por trás disso? — minha voz denuncia o meu desespero e ela suspira.

— Porque eu não confio em você, Christian. Me desculpe falar isso assim mas essa é a minha verdade. Já te dei a minha confiança e me fodi no final, não quero passar por isso novamente.

E é como se ela tivesse me dado um tapa.

Me levanto do chão com as pernas um pouco trêmulas, meus pensamentos confusos e embaralhados.

Nós estávamos nos aproximando novamente, pelo menos eu acreditei nisso. Conversamos mais, o clima pesado parecia estar se dissipando conforme o tempo passava. Ela deixa que eu pegue o seu gato de estimação, me apresentou a algo importante na vida dela, me deixou tocá-la em público.

Caralho, nós dormimos juntos.

Eu realmente acreditei que estávamos caminhando para um futuro onde poderíamos falar abertamente sobre o passado, resolvê-lo e seguir em frente rumo a algo melhor.

Mr. President Where stories live. Discover now