32: Mágoas sem Rastros!

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Gael Narrando...

Após o que houve no quarto de Gisele fui para fora do casarão, e me sentei debaixo de uma enorme árvore. Ela era tão antiga que até suas raízes estavam expostas. Acendi um cigarro com o esqueiro, e fumei! A fumaça saia da minha boca, e se espalhava pelo ar até se tornar invisível. Nem mesmo um rastro se via.
Raramente eu fumava, Mas quando isso acontecia era porquê eu me sentia frustrado, e desesperado por algo. De alguma forma isso me acalmava como se fosse um calmante. Apenas Jade sabia disso, e ela sempre me aconselhava a parar quando parecia que eu tinha chegado no fim da linha.

- Aconteceu algo? Jade me tira dos meus devaneios.
- Não houve nada! Minto jogando a bituca no chão, e espalhando com o pé.
- Mentiroso! Você sempre fuma quando está sobre pressão. Disse se sentando ao meu lado. - ...É a sua esposa? É ela, não é?! Indagava curiosa.
- Sabe Jade, Eu fui golpeado no meu momento mais bonito! Veio pra mim como um encanto, Mas era tudo uma farsa. Então eu dei mais motivos para que essa farsa continuasse. Eu devo ter ficado maluco. Explico metaforicamente.
- Você de fato ficou louco! Como pode casar com uma mulherzinha da cidade grande tendo tantas aqui?! Falava em tom de desapontamento.
- Fui eu quem deu o primeiro passo! Fui muito precipitado! Confesso, e baixo a cabeça olhando para o chão.
- Então, eu posso ser precipitada agora? Perguntou, e eu levantei a cabeça a encarando.

Jade estava se aproximando de mim de maneira perigosa. Ela me queria de uma forma diferente! Me afastei logo quando notei suas intenções!

- Pode me deixar sozinho? Indaguei de uma forma ríspida.
- Cla...Claro! Como você quiser! Ela piscou algumas vezes, e se levantou para saí.

Encostei minha cabeça no tronco da árvore, e fechei os olhos sentindo a brisa do campo bater no meu rosto. Um rio de lembranças passava por minha mente, algumas boas, e outras ruins. Havia de tudo um pouco!

[...]

Abrir os olhos, e o sol já estava no poente. A escuridão da lua estava tomando conta do céu junto com as estrelas brilantes. Me levantei, limpei a calça que estava suja na parte de trás, e entrei para dentro de casa.

- Vocês limparam o quarto onde minha esposa estar? Perguntei a uma das empregadas que passava com uma bandeja nas mãos.
- Sim, senhor! Nós limpamos mais cedo! Respondeu, e depois se retirou da minha frente.

Subir pelas escadas para o quarto de cima sem muita pressa. Passei pela porta do quarto de Gisele, Mas retornei quando tive um mal pressentimento, Então quis saber se meu sexto sentido estava certo ou não.
Abrir a porta que estava trancada, e tive uma surpresa no mesmo instante. Ela havia sumido! Entrei no quarto desesperado reparando no lençol que se estendia pela janela. Como ela teve coragem de fugir assim? Desci correndo pelos degraus, e vou em direção a mata.

- GISELE...GISELE...GISELE...Grito por seu nome.

Estava ficando escuro, então dificultava á minha visão de uma forma, e tanto. Eu podia sentir um aperto no fundo do meu coração, e por mais que eu andasse, e olhasse por todos os cantos não conseguia sequer uma pista dela. Até que eu cheguei á frente de um buraco cavado no chão bem no meio da floresta. Ela estava lá! Desmaiada, Descalça, e com a cabeça sangrando. Deve ter sido pega de surpresa. Eu fiquei mais tranquilo, e aliviado depois de tê-la encontrado.
Rapidamente desci para dentro do buraco. Toquei no seu rosto, e ela queimava de febre, Porém seu corpo estava frio. Puxei ela, e a coloquei para fora dali. Saí, e a peguei nos braços.

 Saí, e a peguei nos braços

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Vendida ao Cowboy [ANDAMENTO]Where stories live. Discover now