Vendida ao Cowboy [ANDAMENTO]

34: Detalhes Lembrados!

Gisele Narrando...

Passamos pela sala, e saímos pela porta principal dando de frente com á entrada. Enlaço o meu braço no de Helena, e caminho lado á lado dela. Havia uma estradinha que se passava pela floresta depois da entrada. As enormes árvores, as flores de multicores, e os cantos dos pássaros me traziam paz. Parecia tão novo aquilo pra mim, como se em meu coração não tivesse aquele sentimento!

- Eu já fui uma jovem como você, Gisele! Já fui oprimida pelos desejos dos meus pais. Eu tentei muito ir contra á tradição, Mas não funcionou! Nada adiantava! Ela suspirou buscando em suas memórias alguma história para contar. - ...Em minha casa havia muitos empregados, e um deles tinha um filho chamado Luís. Todos os dias Luís se sentava na grama do meu jardim debaixo de uma mangueira, e me observava pela janela. Ele esperava sua mãe, e aproveitava pra me espionar. Sua forma de me encarar, me irritava bastante! Ela rir ao se lembrar em detalhes. - ...Aconteceu que um dia ele parou de ir porque sua mãe adoeceu, e foi demitida em seguida. Eu estava chateada, ou preocupada?! Eu não sei! Olhou para nossos pés andando. - ...O que eu sabia era que algo aqui dentro me incomodava muito. Bateu em seu peito.
- Você se apaixonou por ele? Indaguei pela primeira vez.
- A princípio não! Porém chegou um tempo que eu tive que encontrar uma maneira de vê-lo, mesmo que usasse a desculpa de ver sua mãe só para tê-lo por perto. Os anos passaram, e a gente cresceu. Nos apaixonamos, planejamos o nosso futuro juntos, e pretendíamos nos casar assim que possível. Alguns meses depois minha família descobriu sobre o nosso namoro, e noivado secreto, o que não foi muito bem recebido por eles que se importavam mais com o status da família do que tudo no mundo. Meus pais queriam mais do que um marinheiro para sua preciosa filha. Era dinheiro, e um sobrenome que acabava sendo mais importante do que a minha vontade, e a minha honra. Ela parou de caminhar, e olhou para mim. - ...Foi assim que acabei casada com Ernani Lombardo. Fui entregue ao homem que eu mais odiava, e deixei que o meu verdadeiro amor se fosse como areia entre minhas mãos. Helena segurou nas minhas duas mãos. - ...Luís nunca saiu do meu coração, e nem foi apagado das minhas memórias. Porém eu também tive que apreender á amar Ernani. De pouco á pouco ele conseguiu um lugar em meu coração, por mais que tenha feito tantas coisas que me fizessem odia-lo pra sempre. Eu precisei ama-lo! Dizia como se tivesse vivido a mesma coisa que eu estava passando.
- Onde a senhora quer chegar? Perguntei cheia de indagações, e dúvidas.
- O quê eu quero dizer é que não importa as tentativas de odia-lo. Será como remar contra a maré. Seu coração logo será tomado pelo oceano! Ela dizia sábiamente.
- Eu entendo o quê quer dizer, Mas eu não posso morrer afogada sem ao menos tentar remar contra aquilo que quer me matar. Eu preciso sobreviver! Digo firme, e me viro para á frente notando uma beleza sem igual.

Uma enorme cachoeira jorrava águas cristalinas, e caia diretamente no lago que se estendia pela floresta. Eu nunca havia visto um lugar tão lindo, e único assim!

- Talvez você não se afogue! Helena tirou as sandálias as deixando de lado, e se jogou no lago. - ...É melhor não esperar! Vem! A água está geladinha! Me convidava á nadar.

Não pensei duas vezes antes de tirar os meus chinelos, deixá-los perto de uma pedra, e entrar no lago.

Nos abraçamos á uma canoa que estava lá, flutuando. De repente ela começou a jogar água em mim, e gargalhar enquanto eu tentava fugia dela. Nos divertirmos muito assim! Em pouco tempo ela parecia ser mais que uma sogra pra mim. Talvez á mãe que eu nunca tive!

Gael Narrando...

Após o que houve no quarto de Gisele, resolvi dá uma cavalgada pela fazenda. Fazia alguns dias que eu não havia visitado á roça desdo tempo que fui para Costa Rica, e retornar casado.

Alguns piões me cumprimentavam, E outros apenas ignoravam minha presença ali como se eu não existisse. Eles ainda não estavam acustumados á me ver como o "Senhor" daquelas terras.

- Senhor! Zé surgi com as botas cheias de lama.
- Zé! Como anda as coisas nos cafezais? Você já foi lá? Perguntei para meu capataz.
- Fui sim, senhor! Anda como ordenou! Tá todo mundo animado pra colheita esse ano, e também há bastante gente para comprar! Contou-me.
- Ainda há conflito entre os piões? Indaguei ainda em cima do cavalo.
- Você sabe, eles custumam se estranhar feito animais. Mas logo tomam rumo quando o assunto é colheita! Ajeitou o seu chapéu.
- Tudo bem! Obrigado por ser os meus olhos enquanto estive fora! Agradeço.
- Soube que se casou, Parabéns pelo casamento, senhor! Logo a senhorita estará conosco na colheita! Ele acenou com a cabeça.
- Eu espero que sim, Zé! Eu espero! Digo isso, e me retiro.

Voltei para o casarão após dar mais algumas voltas. Na sala de estar tenho á surpresa inesperada de meu primo, Luan, e uma belíssima mulher. Eles estavam sentados no sofá á minha espera!

- Luan! O quê houve pra você aparecer tão repentinamente aqui? Perguntei desconfiado assim que ele notou a minha presença.

...

Publicado no dia 15 de Janeiro!!!

Luan APARECENDO aqui pra vocês!!! O quê será que vai ACONTECER???💖🗨️🌻