Capítulo 1

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Anna Smith

– É lindo demais, vocês vão adorar! – Isa comenta sobre nosso apartamento para o qual estamos tentando levar as mais de vinte malas que trouxemos em seu carro.

– Se chegarmos ao elevador desse estacionamento já vai ser uma grande coi... Ai! – não consigo ver o quê, mas alguma coisa enorme me faz cair no chão – Socorro! Tira! Tira! Tira! – começo a me debater.

– Para! Para sua maluca! – ouço uma voz masculina e sinto braços fortes me paralisando.

Quando abro meus olhos deparo com duas esferas cor de mel me encarando. São os olhos mais lindos que já vi. Não só pela cor intensa, mas porque parecem esconder alguma coisa e eu acho que adoraria descobrir o que é, mas não tenho muito tempo para pensar porque o homem se levanta e começa a xingar.

– Você não olha por onde anda garota?! Que droga, olha o que você fez! – ele se abaixa para recolher seus papéis.

– Eu?! Eu estava parada, você que me atacou seu idiota! – resmungo enquanto me levanto e esfrego as mãos nos braços, onde o cara havia me apertado e muito, porque o cara é todo músculos e força, mesmo sob o terno caro que está usando dá para notar. Ele fica bonito vestido assim ainda que seja um idiota mal educado.

– Nem se eu estivesse muito desesperado atacaria você – ele exibe um sorrisinho debochado.

– Ah não? E o que você acabou de fazer? Me jogou no chão e ficou deitado em cima de mim contra minha vontade. Isso me parece um ataque, sabe? – ergo uma sobrancelha e coloco as mãos na cintura.

– Foi um acidente! Além disso, eu não sou pedófilo – ele se vira e sai rindo, me deixando extremamente irritada e com vontade de matá-lo.

– O QUE FOI ISSO? – Isa arregala os olhos enquanto olha de mim para ele enquanto Amélia está passando mal de tanto rir.

– Eu não estou achando a menor graça – volto a pegar as malas no chão antes que corra lá e dê uns tapas naquele maluco.

– Espera aí! O Sr Delícia, um cara lindo de viver, se joga em cima de você e te paquera na maior cara de pau e você fica assim?

– Ficou maluca? O homem me derrubou, me machucou e sequer me ajudou a levantar ou perguntou como eu estava. Ainda me chamou de PIRRALHA! – a raiva volta com força total.

– Ele não te chamou disso – Amélia intervém – Só disse que você era... Um pouco mais nova – ela diz na maior paciência.

– Tanto faz! – arrasto as malas para o elevador enquanto as outras duas ficam para trás rindo feito malucas.

Minutos depois estamos finalmente conhecendo a nossa casa. As espertinhas das minhas amigas correram logo para escolherem seus quartos e eu acabei ficando com o último do corredor, do lado direito. Ok, a única coisa sem graça mesmo é essa vista que dá para outro apartamento, fora isso o quarto é bem legal. O apartamento em geral é bonitinho e espaçoso (nem tanto assim para três bagunceiras do interior), e foi uma sorte grande consegui-lo por um preço razoável, especialmente nessa cidade onde tudo custa o olho da cara.

Algumas horas depois de chegarmos e já termos despachado nossas malas nos armários, nós três nos reunimos na sala para devorar uma pizza – que é o nosso almoço, já que acabamos de chegar e não fizemos compras ainda.

– O que vocês acharam? – Isa nos olha empolgada.

– Achei ótimo – Amélia e eu respondemos juntas. Mania de amiga.

– Eu também gostei, mas precisa muito de uma reforma para ficar com a nossa cara – Isa comenta.

– Eu sei, mas não temos dinheiro. O time não vai me pagar muito logo de cara.

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