Capítulo 28

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Anna Smith

 Acordo e verifico as horas no relógio sobre o criado mudo. Estou um pouco atrasada, mas estou ocupada demais repassando a noite de ontem em minha mente para me preocupar com esse pequeno fato.

 Cutuco Daniel para que desperte, mas ele resmunga e volta a dormir.

– Se não levantar agora terei que ir embora antes que possa te dar uns beijos – provoco.

– Já acordei – ele rapidamente abre os olhos e rola para cima de mim.

– Bom dia, belo adormecido.

– Bom dia – deposita beijinhos em todo o meu rosto.

– Estou atrasada, amor.

– Espera só mais um pouquinho – desce para o meu pescoço e morde.

– Nem pensar. Assim não sairemos dessa cama nunca – empurro seu corpo para o lado e saio da cama.

– Chata – resmunga.

– Tenho um chefe muito rabugento que não gosta que eu me atrase – lembro.

– E eu tenho certeza que esse chefe adoraria se atrasar caso acordasse com uma mulher dessas – ele pisca um olho enquanto reviro os meus.

– Engraçadinho. Vá fazer o café da manhã enquanto me arrumo – jogo sua camiseta e acerto seu rosto.

– Também preciso me arrumar. Nós poderíamos economizar bastante tempo e água se tomássemos banho juntos!

– Tchau, Daniel!

 Ele mostra a língua e vai para a cozinha. Aproveito para admirar como ele é... Lindo.

 Tomamos café entre beijos e brincadeiras. Meu coração é preenchido por tanta felicidade que sequer consigo explicar. Tudo o que eu posso é agradecer a Deus por me permitir viver momentos tão bonitos. E agradecer também a Daniel por não me deixar tomar a decisão mais errada da minha vida.

 Todas as vezes em que chegamos juntos na empresa é a mesma história. As pessoas simplesmente param tudo que estão fazendo para olhar e isso pode ser bem irritante. Algumas me encaram como se eu estivesse com Daniel para me beneficiar, mas isso já não me afeta. Ele e eu sabemos a verdade e é só isso que importa.

– Bom dia, chefinho – uma das funcionárias cumprimenta Daniel e me ignora completamente.

– Bom dia, querida – respondo e agarro o braço de Daniel com força.

– Bom dia – ela abaixa a cabeça e sai andando sem graça enquanto Daniel dá risada.

– Amor, eu acho seu ciúme bem bonitinho, mas você está deixando meu braço dormente.

– Desculpe. Estou pensando em marcar território – reviro os olhos.

– Vou adorar se você quiser me marcar todinho.

– Daniel! – dou um tapa em seu braço.

– Vou fingir que você não gosta – ele pisca e dá risada enquanto eu coro.

 Daniel me deixa com Bruna e vai para o escritório, não sem antes me beijar como se não estivéssemos em público. O sorriso no rosto da minha amiga é enorme, do tamanho da minha curiosidade.

– Desembucha!

– O quê?!

– Vai me dizer que sua cara congelou nessa posição?

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